Objetivos da aula: levar os evangelizandos a entenderem que livre-arbítrio significa liberdade de escolha e que toda ação resulta em uma consequência. Deus criou todos os Espíritos simples e em ignorância, com aptidão tanto para o bem como para o mal, e que através de nossas escolhas podemos ir para o lado do bem ou do mal e que, portanto, cada um poderá ser feliz ou infeliz, conforme as escolhas feitas por si mesmo. Também levá-los a observar que não há fatalidade nos menores acontecimentos da vida e que somos os responsáveis quando algo sai errado por causa de uma atitude nossa. O preço da liberdade é a responsabilidade, ou seja, podemos agir livremente, mas seremos responsáveis por nossos atos.
Prece inicial
Primeiro momento - aplicar a seguinte dinâmica: entregar balões para a metade dos evangelizandos. A outra metade deverá tentar estourar o balão do adversário, depois se invertem os papeis.
Em seguida questionar:
Como se sentiram quando tinham que proteger o balão?
Como se sentiram quando tinham como tarefa estourar o balão?
Como vocês se sentem quando alguém os atinge com alguma coisa negativa como brigas com xingamentos, brigas físicas (soco, chute, tapas...).
Como vocês se sentem quando são vocês que insultam com palavras, provocam brigas fisicamente ou demonstram atitudes negativas?
Vocês acham que humilhar os outros com palavras ou atacar fisicamente traz algum benefício ou recompensa para si próprio?
Sugestão para análise:
Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa: diante da mais leve contrariedade, já se sentem humilhadas.
Procure ver as pessoas além das aparências. Imagine que por trás de uma atitude, existe uma história, um motivo que leva a pessoa a agir de determinada forma.
Ficamos tristes e magoados quando alguém nos ofende, mas, com certeza, ficaríamos mais tristes se fossemos nós o ofensor. Magoar alguém é terrível!
Quando você não tiver uma palavra que auxilie, procure não abrir a boca. Muitas vezes, o silêncio é a resposta que nos compromete menos em um momento difícil.
A boca fala do que o coração esta cheio. O que fazemos aos outros e o modo que expressamos revela como somos por dentro.
Devemos fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem. Essa é a regra áurea para todos os relacionamentos, em todas as situações.
Segundo momento: oportunizar um minuto para reflexão, a fim de que pensem sobre os sentimentos que os envolvem quando brigam fisicamente ou com palavras com o seu próximo.
Terceiro momento: o evangelizador deverá observar que as crianças, adolescentes e os jovens se encontram com muitas atividades além das atividades da escola, são atividades esportivas, aulas extras de línguas, música, dança, e que isso acarreta muitas vezes, estresse e sensações de irritabilidade, ansiedade, medo, insegurança, raiva... Mas que tudo isso é normal, mas não é normal o jeito como muitas vezes algumas crianças, adolescentes ou jovens expressam isso.
Vocês podem estar se perguntando: Então, o que eu faço quando me sinto agoniado (a) com todos esses sentimentos, resultando, muitas vezes, em raiva?
Às vezes sentimos raiva ou ficamos zangados, isto faz parte do nosso processo evolutivo, porém devemos nos esforçar para não expressar nossa ira de modo a magoar as pessoas, incluindo nós mesmos, pois quando estamos nervosos nós somos os primeiros a sermos prejudicados.
Ao querermos atingir os outros com nossos sentimentos negativos, seremos os primeiros a ser atingidos, podendo até mesmo prejudicar nosso corpo, provocando algum tipo de doença, porque a raiva é um sentimento negativo que intoxica nosso corpo físico.
Então, como transformar nossos sentimentos negativos, em sentimentos positivos?
As crianças de todas as idades podem aprender técnicas simples para ajudar a manter seus sentimentos sob controle e buscar uma solução pacífica. Por exemplo: bater a porta com toda a força ou xingar os outros não contribui em nada para nossos relacionamentos, mas um diálogo aberto sobre a causa do conflito pode ajudar a todos. O diálogo pode esclarecer muitas coisas e ajudar a não guardarmos ressentimentos das pessoas. Participar das aulas de evangelização, ler e assistir filmes educativos (com mensagem positivas), orar.
William Shakespeare dizia que “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.”
Lembrar que temos livre-arbítrio para decidirmos como agir, mas as nossas escolhas dão origem a consequências (sempre inerentes a cada escolha).
Deus ao criar os Espíritos não disse que alguns seriam bons outros ruins, mas sim deu disposição tanto para o bem como para o mal e através de nossas escolhas podemos ir para o lado do bem ou do mal e assim seremos felizes ou infelizes, conforme nossas escolhas.
Observação para o evangelizador
Quarto momento: aplicação de uma segunda dinâmica, para que os evangelizandos entendam melhor o diálogo apresentado pelo evangelizador no momento acima. O evangelizador deverá encher uma bexiga com água (não muito), pedir para que os evangelizandos fiquem em pé e em círculo. Explicar que cada evangelizando de posse da bexiga deverá jogá-la para cima dizendo: Fico zangado (a) quando:... (tenho que cuidar de meu irmão (a)... tenho que desligar a TV para fazer minhas atividades da escola...). Em seguida passa a bexiga para o colega do lado.
Se a dinâmica for concluída por todos os evangelizandos sem que a bexiga estoure, perguntar: o que acontece se eu estourar esta bexiga? Ela explodirá, molhará a si própria, o chão e até as pessoas que estão por perto.
O que isso tem de semelhante com as pessoas que demonstram seus sentimentos negativos? Ao expressarem seus sentimentos negativos, de forma explosiva, em seu dia a dia, elas atingem e contagiam as pessoas que estão por perto.
Isso já aconteceu com algum de vocês? Demonstrar seus sentimentos de forma negativa torna as coisas melhores? Vocês se sentem melhores? Nunca vale a pena explodir. É muito mais inteligente aprender a lidar com os conflitos e discussões para que as coisas fiquem melhore e não piores.
Quinto momento: se a bexiga não tiver sido estourada, o evangelizador pode lembrar que, quando temos boa vontade e tomamos muito cuidado, não estouramos tão facilmente, e então podemos sair ilesos de muitas situações. Em seguida, ele deverá pegar uma das bexigas que estouraram na primeira dinâmica e perguntar quem a bexiga estava representando na dinâmica.
Pedir para observarem o estado da bexiga após ser estourada. Concluir que é assim que fica nosso corpo físico e espiritual quando tomamos atitudes menos acertadas, somos os mais prejudicados com a situação. Toda a causa tem uma conseqüência e nós colheremos os frutos do nosso próprio plantio e isso se chama Lei de Causa e Efeito.
Sexto momento: contar a história O Livro do Destino
Sétimo momento: análise da história, refletindo sobre as atitudes de seu protagonista. Complementar os comentários dos evangelizandos, lembrando que se ele tivesse ocupado o tempo dele escrevendo coisas boas para acontecer para as outras pessoas, ele teria se saído bem, porque voltaria o bem para ele.
Oitavo momento - concluir:
Através do esforço em transformar os nossos sentimentos e atitudes negativas no nosso dia a dia: na família, na escola, no trabalho, no convívio com os outros irmãos, vamos aos poucos transformando defeitos em virtudes, assim é que evoluímos.
Nosso maior desafio na Terra é aprender a conviver pacificamente uns com os outros, pois é através dos relacionamentos que aprendemos e nos transformamos em seres humanos melhores.
Durante nosso percurso na Terra, seremos sempre levados a fazer escolhas. Os caminhos que percorrermos será o resultado das nossas escolhas.
Mas se a dúvida lhe invadir, lembre-se que temos um poderoso auxilio: a prece, que nos coloca em sintonia com a espiritualidade superior.
Se perceber que tomou o caminho errado, não se desespere, Deus sempre nos dá uma nova oportunidade, desde que estejamos dispostos a nos melhorar. Nossas escolhas do passado nos colocaram onde estamos no presente, nossas escolhas de hoje determinarão onde estaremos no futuro.
E se sentir sozinho no meio do caminho, tenha certeza de que Deus nunca abandona seus filhos. As dificuldades fazem parte do nosso crescimento espiritual.
Prece de encerramento
Sugestão: terceiro ciclo.
Sugestão de aula enviada pela evangelizadora Sandra Ramos Medeiros, Centro Espírita Fé, Amor e Caridade - Campo Grande/MS.