Um homem chamado José, andando pelo campo, chegou à margem de um riacho. Embora não fosse fundo, era largo.
Fonte: livro Novamente Juntos, romance de Antônio Carlos,
Viu um senhor idoso e tudo indicava que queria atravessar.
José aproximou-se e ofereceu:
- Precisa de ajuda, senhor?
- Bom jovem, queria atravessar este rio, porém estou doente e não posso me molhar.
- Sou forte, se o senhor quiser posso carregá-lo até o outro lado.
O senhor aceitou sorrindo e José o colocou nos ombros e o levou ao outro lado.
- Obrigado, meu caro! Agradeceu o velho.
- Você acaba de ser testado por mim, um Gênio, “o senhor do destino dos homens”.
José se assustou ao ver aquele velho se transformar e teve diante de si um homem bem vestido, alto e forte.
- José, não se assuste. Por ter me prestado um favor, lhe farei outro. Levarei você até a gruta onde está o livro do destino. Vou deixá-lo lá por três minutos e poderá escrever nele o que quiser.
E José foi transportado rapidamente pelo gênio até a gruta.
Foi tão rápido que não deu tempo de saber onde ficava tão famoso lugar.
- Aqui está o livro e uma caneta, mas lembre-se: tem três minutos! Disse o Gênio e se retirou, deixando José sozinho.
E abriu o enorme livro e logo achou a página em que estava escrito o seu nome, mas pensou:
- Tenho uma ótima oportunidade de me vingar dos meus inimigos!
Eram três os seus desafetos. Rápido, procurou o nome do primeiro, achou a página dele e escreveu:
- Vai ficar cego!
Procurou o segundo e, achando, anotou:
- Vai ficar na miséria!
E assim fez com o terceiro, e determinou:
- Vai morrer só e abandonado!
Quando ia procurar seu nome novamente, surgiu o gênio e lhe disse: - Seu tempo acabou!
E José se viu transportado como um raio para a margem do rio.
E sabem o que aconteceu com José dessa singular história?
Foi abandonado pela esposa e filhos, ficou só, na miséria e cego. E pior, se lastimando, por que se ele não tivesse perdido tempo com seus inimigos, certamente teria uma vida diferente.
Certamente que o livro do destino não existe, mas existe o que fazemos; as nossas ações.
Se José tivesse prestado atenção nos seus afetos em vez dos desafetos, teria vibrado melhor no amor, e não teria adoecido.
Deveria ter feito amigos e prestado mais atenção neles, porque possuir amigos é nunca estar só ou se sentir abandonado.
“Atraímos para nós, o que desejamos aos outros”.
psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho,
baseado no capítulo 'No Centro Espírita'.
Luzes Editora e Distribuidora de Livros Espíritas.