As guerras, convulsões sociais e crimes têm preocupado a humanidade terrena em quase todas as épocas. No entanto, há uma outra violência para a qual ainda não despertamos: aquela que, silenciosamente, destrói lares, sonhos e vidas.
É a violência contra o meio-ambiente, poluindo e destruindo. É a agressão contra o Criador, pela revolta diante de acontecimentos inevitáveis. É a opressão através do domínio econômico. É a escravidão que oprime os analfabetos e os ignorantes. É a exploração e o autoritarismo dos patrões. É falta de ética e honestidade dos empregados. É a violência no lar; pais contra filhos, filhos contra pais, irmãos contra irmãos e entre os cônjuges. É o preconceito racial, religioso e econômico. É a fome que mata e o desemprego que desespera. É o religioso que amedronta com falsas profecias e crenças que não libertam. É a falta de diálogo, de afeto, de gratidão e amor entre as pessoas. É o orgulho ou egoísmo que permanece no pensamento, nos sentimentos e nas ações das pessoas. É a mágoa alimentada pelo desejo de vingança. É a culpa que impede o acerto.
Também é a violência que chega pelos meios de comunicação invadindo lares com vibrações e energias negativas, agredindo com notícias sobre fatos que não se pode interferir. É a música cheia de apelos eróticos e violentos poluindo a psicosfera doméstica. É o filme que nada acrescenta e a página na Internet que não deve ser visitada. São os boateiros que espalham falsas notícias criando descabidos temores. É a injúria, a calúnia e a palavra agressiva oriunda de seres doentes da alma. É o pensamento desarmonizado dirigido a outro filho de Deus.
É a palavra de esperança que não foi dita, a prece que poderia ter sido feita em proveito de alguém e o ato caridoso que faria a diferença. É a ausência de religiosidade, expressada na vivência da humildade, do perdão, da caridade e do amor ao próximo.
A educação, somente ela, poderá despertar a humanidade para essa realidade ainda não percebida. Não somente pela educação que visa o intelecto, mas através da educação moral que privilegia os sentimentos. Até hoje privilegiamos o progresso científico, mas é tempo de valorizar o ser humano, propiciando o despertar de virtudes eternas que precisam ser cultivadas para que o homem novo predomine.
Cada um pode fazer a sua parte, evitando exteriorizar o lado violento que ainda se demora nas criaturas; não estimulando o mal que chega das mais variadas fontes; multiplicando as boas ações e propagando o bem, a violência, nas suas múltiplas faces, irá gradativamente desaparecendo do nosso meio.
Tudo depende de nós. Mesmo diante de todas as adversidades, lembremos: temos o pensamento, como veículo maior das potencialidades do espírito, para irradiar a luz e iluminar as mentes que ainda não se permitiram libertar do jugo dos sentimentos contrários à Lei de Amor exemplificada por Jesus.