No Egito antigo encontramos a crença na chamada “metempsicose”, que pressupõe a possibilidade de virmos a reencarnar em corpos de animais. E, ainda hoje, há lugares (como o Oriente) onde persiste essa ideia.
Analisando sob a ótica espírita, que se orienta pelo raciocínio lógico e pela análise dos fatos, constatamos que, tanto a raça humana como o universo estão regidos pela lei natural de evolução. De tal forma, renascer como animal seria uma evidente regressão e temos para nós que o espírito não regride (Livro dos Espíritos, questões 612 e 778).
Tendo em vista que tudo na criação evolui, poderíamos supor que o princípio espiritual que atualmente dá vida a um organismo animal virá, em um futuro distante, tornar-se um ser humano.
Mas será que, em nosso passado longínquo, teríamos sido animais? Acreditar que tenhamos sido gatos, cães, galinhas, pássaros ou cavalos trata-se de ingenuidade ou falta de informação. Esses seres são atuais e não existiam há milhões de anos atrás, quando nosso espírito estagiava na animalidade.
Os animais, como hoje os conhecemos, são seres que também evoluíram e ainda evoluirão, mas nada têm em comum com o nosso passado.
O processo como se dá a evolução do Princípio Inteligente (nos seres vivos irracionais – princípio individualizador do ser) ao espírito (que habita o ser humano) não é do conhecimento do homem, pelo menos no seu atual estágio de entendimento. Mas, compreendendo a infinita justiça amorosa de Deus, não seria aceitável que fossem criados seres para viverem servindo exclusivamente a outros privilegiados, sem a possibilidade de sua própria evolução.