O Ser Humano, antes de ser corpo físico, matéria, é Espírito, consciência, energia. O Espírito, quando encarnado, utiliza-se do corpo material no seu aprendizado, nos relacionamentos interpessoais, nas trocas de energia. Mas, além do uso dos recursos físicos nessas relações, sabe-se que a comunicação também é feita, com muito mais intensidade, de alma para alma.
Toda criatura humana possui um potencial energético que produz cargas magnéticas específicas. Dentro desse manancial de energias, há a energia sexual, individualizada em cada ser, criativa e quando bem direcionada revitalizadora das forças espirituais.
O Espírito, que comanda todas as atividades orgânicas, tem a mente como geradora de energias eletromagnéticas, sendo as vontades e os desejos do corpo reflexos dos sentimentos do Espírito.
O sexo não deve estar circunscrito simplesmente nos seus aspectos físicos, na troca de carícias, na conjunção de células reprodutoras ou no simples prazer da união de corpos. As almas, que animam esses corpos, também estão em permuta de recursos mentais imperceptíveis e que, dependendo do bom ou mau direcionamento que se dá às energias sexuais, poderá ser algo positivo e edificante ou negativo e comprometedor.
Os estados íntimos dos parceiros, originados de uma comunhão mental harmoniosa, baseados no respeito, na tranqüilidade, no amor são trocas energéticas benéficas, engrandecedoras dos sentimentos e revitalizadoras do Espírito.
Os encontros fortuitos, os adultérios, o ¨ficar¨, as poligamias, os exageros sexuais, são atitudes equivocadas ligadas às imperfeições dos Espíritos, ainda muito materializados e que não compreendem o comprometimento espiritual que estão assumindo, provocando desequilíbrios energéticos que deverão ser revistos no futuro.
Uma busca sexual satisfatória e bem sucedida se baseia no enriquecimento dos valores espirituais. A união feliz é onde cada ser passa a emitir correntes mentais harmoniosas, vibrações positivas de carinho e amor, criando um circuito de forças psíquicas equilibradas.
Segundo Walter Barcelos, no livro Sexo e Evolução (Ed. FEB), “A sexualidade entre os cônjuges é muito mais de ordem psíquica do que simplesmente de união orgânica. O que está havendo é muita ignorância e pobreza espiritual nesta parte e, conseqüentemente, muita invigilância(…)”.
Quando o ser humano compreender a importância da sexualidade equilibrada, fortalecendo os laços de simpatia que une os seres, enriquecendo os valores do coração, certamente a alegria reinará na vida conjugal, não havendo mais lugar para os desequilíbrios familiares, destruidores de lares, nem jovens e adultos sem responsabilidade, perturbados ou desorientados.