Existem muitos cristãos que são como Tomé, o apóstolo de Jesus: imaginam que é necessário ver para crer, buscando nos fenômenos mediúnicos a comprovação de sua fé. Porém, inúmeros deles, embora possam vir a presenciar manifestações mediúnicas, continuarão envoltos em nuvens de hesitação e ceticismo.
Pensam como Judas aqueles que acreditam que o Reino de Deus pode ser construído à força, através de uma revolução, com a imposição de uma crença sobre as demais, olvidando que o Reino a que se referia Jesus está no interior de cada um; assim, envolvidos em ilusões terrenas, perdem preciosas oportunidades de divulgação da causa do Mestre através de seu exemplo de fé e abnegação.
Alguns agem como Marta, possuem fé, mas estão extremamente preocupados e ocupados com a realidade material, esquecendo-se de que reencarnaram para aprender e evoluir. Ao retornarem ao Plano Espiritual, arrepender-se-ão da escala de valores vivenciada, clamando por nova oportunidade reencarnatória.
Também há os que possuem receio de se declararem cristãos, por medo de serem excluídos do grupo, ridicularizados ou incompreendidos. Pedro, porém, arrependeu-se de ter negado o seu Mestre, e dedicou-se à divulgação do Evangelho em exemplar labor na Casa do Caminho. Além desses, muitos são os Espíritos que, ao enfrentarem dificuldades, duvidam da Justiça Divina, demonstrando uma fé frágil e sem alicerce na razão.
Embora incompreendido e perseguido, Paulo de Tarso perdoou-se pelos erros cometidos, venceu o orgulho, dominou suas más inclinações, superou as dificuldades e tornou-se um exemplo de amor e dedicação ao próximo e à causa do Mestre Jesus.
Que tipo de seguidores do Cristo somos? Como espíritas, como agimos? Jesus é o caminho para a verdade e a vida; sejamos, pois, verdadeiros apóstolos do bem, exercitando nossa crença através de atitudes diárias de amor, caridade, perdão e paz. Somente assim seguiremos os passos do Mestre Galileu, indo ao encontro do Criador.