Quando Kardec perguntou aos Espíritos Superiores como era visto o sacrifício físico de pessoas que procuravam assim atingir graus mais elevados nos seus próprios conceitos religiosos, os Espíritos sabiamente responderam que o sacrifício útil, que realmente auxilia na elevação espiritual, é aquele que proporciona algo de positivo, que alivia o sofrimento de seu semelhante.
Abster-se de algum alimento ou de alimentar-se por um certo período, privando o próprio organismo de nutrientes, com o objetivo de agradar a Deus, não possui um sentido prático e efetivo. Determinadas religiões do Planeta ainda utilizam a martirização do corpo para o “pagamento dos pecados”, como se fosse a matéria (o corpo) culpada pelos maus procedimentos do espírito ainda imperfeito que habita e comanda esse corpo. O autoflagelo contraria as leis do Criador. Conforme o ensino dos espíritos, devemos cuidar do organismo físico, bem como do espírito, pois o corpo é um empréstimo Divino, nosso instrumento de evolução na matéria.
O sacrifício agradável a Deus, é o que fazemos quando nos privamos de algo que nos seria útil e necessário e doamos as pessoas em necessidade. Seja essa doação material, espiritual, consoladora, ou de dedicação de tempo e carinho.
A perfeição moral que tanto almejamos, certamente não será atingida flagelando o corpo físico. A nossa perfeição consiste nas reformas que submetemos o nosso espírito, dominando as suas fraquezas, os seus defeitos, tornando-o mais dócil à vontade de Deus.
Não percamos tempo praticando sacrifícios inúteis e sem finalidades objetivas.
Voltemos as nossas forças, orações e ações aos nossos companheiros de caminhada mais carentes a fim de trabalharmos como Jesus exemplificou: com uma fé viva, dinâmica e de resultados.