Senhor Jesus:
Uma sementeira tão grande, uma tão escassa colheita de luz!
A gleba fértil e a plantação danificada.
O solo ubérrimo e o verdor fenecendo.
Dois mil anos de Cristianismo e tão pouca manifestação de bênçãos.
Até quando Te requereremos ajuda, por quanto tempo Te suplicaremos socorro rogando a Tua misericórdia?
Convidaste-nos, Senhor, para o aprisco da fraternidade.
Chamaste-nos para o dever da solidariedade humana.
Penosamente detemo-nos a rés-do-chão, negando-nos a ascender na direção dos rumos felizes.
Apieda-te de nós, Amigo Bem-aventurado de todas as horas, e enriquece os vazios depósitos do nosso espírito com as messes fecundas da tua paz!
Não somos outros, Senhor, senão aqueles atormentados, que volvemos ao Teu coração magnânimo a rogar.
Ainda repetimos a experiência sem êxito, de pedir sem doar, de rogar sem oferecer, de suplicar sem ajudar.
Apieda-te de nós e favorece-nos com os tesouros apreciáveis das tuas mercês, para que Te possamos honrar os títulos de enobrecimento e de amor.
Neste momento de comunhão, em que confraternizamos, encarnados e desencarnados, em atitude reverente, nós Te pedimos, Amigo Divino, que nos abençoes, que mitigues a nossa sede de paz, que socorras as nossas necessidades, que amenizes as nossas aflições.
Despede-nos em paz, neste breve momento, Senhor, concedendo-nos a fortuna da harmonia íntima, neste hora de tanta tecnologia e de tanta amargura, de tanto poder e de quanta mesquinhez!
No excesso de glórias e no acume de misérias, sê Tua a força que nos comande.
Seja a Tua a presença que nos harmonize.
Permaneça em nós, Amigo de todos, a Tua paz, a Tua bênção e a Tua caridade.
Francisco Spinelli
Psicografia de Divaldo Pereira Franco