Em toda situação de dor, sofrimento ou dificuldade, estamos reparando erros, corrigindo falhas ou sendo provados.
Devido às nossas imperfeições morais, sempre trazemos junto de nós algo a ser corrigido. Às vezes são tantas coisas que Deus, na sua misericórdia, “parcela” a reparação em várias reencarnações, pois só em uma ou em poucas vidas, não teríamos condições físicas de suportá-las. Em espíritos missionários, sem falhas morais, os sofrimentos físicos não servem como expiação a erros inexistentes, mas como exemplos para toda a humanidade.
Com certeza na reencarnação está a explicação para a bondade divina. Como se justificariam tantas diferenças, tantas doenças congênitas e genéticas, se não fosse o resgate de espíritos devedores de vidas passadas? No Novo Testamento há uma passagem (Jo 9, 1-2) onde os discípulos perguntam a Jesus: “Mestre, quem pecou para este homem nascer cego, foi ele ou seus pais?” – Se eles questionaram que a causa poderia ser de seus próprios erros, ao nascer cego, é porque já havia a crença da preexistência da alma e a justiça nas aflições humanas.
São necessários bom senso e coragem no enfrentamento das situações adversas. Quando não é possível modificá-las, devemos ter resignação perante a vontade do Criador. A oração é de enorme valia para vencermos as nossas mazelas.
E o mais importante: agirmos corretamente, procurando só fazer o bem, para não adquirirmos novos débitos que, com certeza, deverão ser reparados num futuro próximo ou distante.