O personalismo é o grande adversário da causa do amor.
Consideremo-lo em uma metáfora como a lupa do orgulho voltada na direção do eu, ampliando, exageradamente, o valor pessoal. (…)
Alguns exercícios poderão auxiliar-nos na sua identificação, o que será o primeiro passo para um programa reeducativo. Eis uma pequena lista:
* Emitir opiniões sem fixar-se obstinadamente na idéia de serem as melhores.
* Aprender a discernir os limites entre convicção e irredutibilidade nos pontos de vista.
* Ouvir a discordância alheia acerca de nossas ações sem sentimento de perda ou melindre.
* Cultivar abnegação na apresentação dos projetos nascidos no esforço pessoal, expondo-os para análise grupal.
* Evitar difundir a “folha de serviço” das realizações pessoais já concretizadas.
* Disciplinar e enobrecer o hábito de fazer comparações.
* Acreditar que a colaboração pessoal sempre poderá ser aperfeiçoada.
* Pedir desculpas quando errar.
* Ter metas sem agigantá-las na sua importância frente às incertezas do futuro.
* Aprender a ouvir opiniões para melhor discernir.
* Admitir para si os sentimentos de mágoa e inveja.
* Ser simples.
* Ter como única expectativa nas participações individuais o desejo de aprender e ser útil.
* Esforçar-se para sair do “personalismo silencioso”, o isolacionismo e a timidez.
* Delegar tarefas mesmo que acredite que o outro não dará conta de fazê-la tão bem quanto nós.
OLIVEIRA, Wanderley S. Mereça ser feliz. Pelo Espírito Ermance Dufaux. 6. ed.
Belo Horizonte, MG: INEDE, 2004. cap XIII. p. 74 -75.