Pensar é criar. E toda criação tem vida e movimento, ainda que ligeiros, impondo responsabilidade à consciência que a manifesta. E como a vida e o movimento se vinculam aos princípios de permuta, é indispensável analisar o que damos, a fim de ajuizar quanto àquilo que devamos receber(1). Desse modo, nossos pensamentos geram nossos atos e nossos atos geram pensamentos nos outros(2).
O pensamento é o alicerce de todas as realizações no plano físico e extrafísico, pois todo corpo que possui propriedades eletromagnéticas pode transmiti-las a outro corpo sem contato visível.
A sintonia entre as energias espirituais baseia-se na semelhança moral, na qual o pensamento se irradia e transita por faixas específicas de níveis morais.
Desse modo, a obsessão ocorre da sintonia entre espíritos que estão na mesma faixa vibratória. E ela pode ocorrer de desencarnados para encarnados, de encarnados para desencarnados, entre desencarnados, entre encarnados e também na forma de auto-obsessão, quando o espírito, encarnado ou desencarnado, permanece em uma fixação mental inferior.
É bastante comum, também, a contaminação fluídica, que é a obsessão por fluidos deletérios do ambiente, fenômeno que ocorre em uma atmosfera com fatores que exercem forte influência sobre o espírito (música, imagens, atitudes,etc).
O fenômeno da obsessão pode ser intencional (ativo) ou inconsciente (passivo, sem intenção). Porém, ninguém é vítima, pois não há no mundo, material ou espiritual, injustiças. Outrossim, o processo obsessivo está sujeito à Lei de Causa e Efeito: a obsessão de hoje tem causa na afinidade moral ou em situações no passado que ligam obsessor e obsediado.
Todo espírito é responsável pela energia que emana. Urgente, pois, a autodisciplina de pensamentos e atitudes, bem como a renovação moral, a fim de que não sejamos nem o objeto, nem a fonte de um processo obsessivo.
(1) (2)Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz/Chico Xavier-FEB