Quase todos já ouviram falar do Passe. Muitos dos freqüentadores dos centros espíritas já se utilizaram dessa forma de terapia. Mas será que realmente sabemos o que acontece quando recorremos a esse auxílio? Como pode nos beneficiar? Como obter melhor proveito da Fluidoterapia (Passe)?
Neste artigo buscamos esclarecer alguns pontos fundamentais para o melhor entendimento e aproveitamento do Passe.
Para o Passe ter efeito, é necessário que estejamos em harmonia com a espiritualidade superior, sendo uma questão de sintonia e vibração.
Como conseguimos essa sintonia?
O nosso pensamento é emitido em forma de ondas e conduzido pelo fluido cósmico universal, assim como o ar conduz o som. Criamos em nossa volta um campo energético de acordo com o nosso pensamento, tanto positivo como negativo. É através desse campo energético que sintonizamos com espíritos.
Como o Passe pode ajudar?
A manipulação dos fluidos benéficos é feita pelos espíritos e não pelos médiuns, pois estes doam apenas parte de suas energias. O Passe não atua diretamente no corpo físico, mas sim no corpo fluídico (perispírito) que é um corpo intermediário entre o físico e o espírito. A melhora física se dá indiretamente, pois reequilibrando o perispírito, que está ligado molécula a molécula ao corpo material, este também melhora. O Passe pode e deve ser utilizado em paralelo ao tratamento médico ou psicoterapêutico.
Devo receber Passe sempre que vou à Casa Espírita?
Não é necessário. Devemos utilizar essa forma de auxílio espiritual quando realmente necessitamos, pois do contrário estaremos sobrecarregando o trabalho dos médiuns e dos espíritos e ocupando o lugar de quem verdadeiramente precisa. É importante saber que durante a palestra nos harmonizamos com os bons espíritos, o que é fundamental para a receptividade do Passe. Durante a exposição doutrinária, além das informações que serão úteis para nossa melhora moral, recebemos também o Passe Espiritual, sem a presença do trabalhador passista, onde os espíritos depositam sobre nós as energias salutares que necessitamos e merecemos. Ao término da palestra, todos já estaremos fortalecidos, na maioria das vezes não necessitando do Passe Misto (com a presença do passista). Se, porventura, ainda assim não nos sentirmos bem, podemos receber o passe com a presença dos médiuns.
Como me preparar para receber o Passe?
A preparação ocorre com uma conduta evangélica constante, através da determinação e esforço em seguir os ensinamentos de Jesus, diariamente e não somente no dia em que iremos à Casa Espírita. Também não devemos, após o Passe, entrar em discussão, atritos ou conversas fúteis, baixando o nosso padrão mental, pois assim estaremos minimizando os efeitos das energias recebidas.
Posso levar fotos, roupas ou objetos pessoais de alguém para receber o Passe?
Não é necessário, pois para auxiliar as pessoas que desejamos, basta emitir bons pensamentos, que ela esteja em sintonia e queira ser ajudada. Os objetos não assimilam as energias curadoras, com exceção da água, por ter propriedades de reter e transmitir tais energias. O Passe à distância, irradiado pelo pensamento torna-se efetivo no caso do enfermo não poder se deslocar à Casa Espírita, do contrário, sua presença é importante.
Melhoraremos das enfermidades e angústias moralizando-nos. Através do conhecimento doutrinário contido nas obras codificadas por Allan Kardec, encontramos as respostas e orientações necessárias para o nosso crescimento espiritual.
Você sabia?
– Jesus, pela sua ascensão moral e conhecimento das leis naturais, utilizou-se do Passe (imposição das mãos) para a cura e o alívio dos enfermos.
– O Passe não foi criado pela Doutrina Espírita. Mesmo antes de Jesus, os antigos já utilizavam o recurso da imposição das mãos, da troca energética, na busca da saúde física e espiritual. O Espiritismo somente trouxe luzes e esclarecimentos sobre esta terapia milenar.
– Na dimensão espiritual, o Passe é a principal terapia utilizada na recuperação dos desencarnados necessitados.
Letícia Müller
1KARDEC, Allan.O Evangelho Segundo o Espiritismo. 99. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1988. cap. 11. item 9