“É melhor ser um otimista que se engana do que um pessimista com razão.” J. Penn
O pensamento otimista é confundido, muitas vezes, com confiança cega. Na realidade, atingir uma vida com otimismo é resultado de muito esforço e trabalho mental, sendo uma habilidade que se pode dominar.
O poder do pensamento positivo é impressionante sobre a vida das pessoas. O otimista se dá melhor em praticamente todos os aspectos da vida, quase sempre conquistando mais e obtendo resultados melhores. Tem tendências menores à depressão, à ansiedade e às doenças.
Enquanto que o pessimista acredita que as suas desgraças derivam de condições permanentes (eu fui mal no vestibular porque sou um “burro”), o otimista atribui seus fracassos a causas circunstanciais (não passei no vestibular porque não me esforcei o suficiente, mas da próxima vez estarei mais bem preparado).
O pessimista permite que uma decepção em um aspecto de sua vida influencie todo o resto (se eu for demitido do emprego, não teremos dinheiro para o colégio dos filhos, eles não poderão se formar, ficarão para sempre empregados subalternos, não teremos dinheiro para comer, vamos ficar doentes, sem dinheiro para os remédios, o casamento irá por água abaixo…); o otimista não permite que a infelicidade o contamine (eu posso estar demitido, mas minha família continua unida, tenho saúde para ir em busca de outro trabalho, tenho capacidade, etc).
Quando as coisas dão errado, o pessimista sempre se recrimina (porque eu fui investir na bolsa de valores nesta época tão ruim? Por que eu comprei este produto que não era como eu pensava?) e raramente tira lições dos fatos negativos; o otimista encara os problemas como mais um fato que deve ser superado e procura aprender a não cometer de novo o mesmo equívoco (se encontra um carro amassado no estacionamento, procura ver se estacionou em local inadequado e, da próxima vez, escolhe um lugar menos movimentado).
A idéia de que não adianta fazer algo impede o pessimista de procurar a melhor situação. Quando enfrenta dificuldades, desiste. Normalmente esse pensamento leva os indivíduos negativistas a serem mais amargos e tristes.
O otimista não pode ser confundido com um sonhador, pois ele é bem realista e é desta realidade que tira a boa vontade e seus pensamentos positivos.
Como Espíritos reencarnantes, trazemos dentro de nós tendências a sermos mais otimistas ou pessimistas, resultado das experiências em existências passadas. Quando se tem a disposição de pender para os aspectos negativos da vida não se deve desanimar, mas sim, empenhar-se mais na direção da positividade.
A lei de causa e efeito, tão bem clareada pela Doutrina Espírita, coloca o destino sob nossa responsabilidade: basta fazer o melhor, desejar o bem e espalhar a felicidade que está ao nosso alcance para termos como resultado um futuro de paz e felicidade. Quem sabe que a vida (do Espírito) é eterna, que todo o sofrimento é passageiro, que tudo caminha para a perfeição, que não há injustiças, que todos estamos sob o amparo divino, será necessariamente uma pessoa alegre, serena e no controle de si mesma. A compreensão desses princípios deve trazer como conseqüência uma natural irradiação de otimismo, disposição e energia.
Se desejar ser mais otimista, alguns passos podem ajudar: testar os pensamentos imaginando alguma situação negativa, procurando sempre uma solução prática e positiva para os fatos; ensaios mentais para vencer: agir e pensar como um vitorioso; valorizar as próprias conquistas e o que acontece de bom; estabelecer objetivos – esperança e sucesso requerem força de vontade, senso de direção e propósitos claros.
Depois de cada pequena conquista, você conseguirá perceber o seu progresso e se sentirá mais cheio de energia, animado com o que está por vir. Essa é a marca e o poder de um otimista.
Nilton S. Andrade – Presidente da FERGS