Se acompanharmos as manchetes diárias dos jornais veremos que o Brasil e o mundo estão em permanentes crises. Sejam elas políticas, ético-morais, educacionais, sendo as crises econômicas, a maioria: cambial, balança comercial, déficit público, salários, desempregos, inflação…, superdimensionando, muitas vezes, as dificuldades que as pessoas, governos ou países passam, influenciando, negativamente, no ânimo das pessoas.
Dificuldades existem e sempre existirão. Há uma frase conhecida que diz, “em época de CRISE, CRIE”, que vem ao encontro de alguns conceitos Espíritas. As dificuldades, pessoais ou coletivas, têm objetivos: retirar os envolvidos de um período de estagnação e acomodamento, estimulando-os nos seus aspectos criativos, no refazimento de valores morais, redirecionando suas trajetórias e os valores que dão à vida.
Após as crises passarem, pois elas não são eternas, poderemos sair mais fortalecidos ou não, dependendo da maneira como as enfrentarmos.
Uma das crises que mais provoca desespero é a financeira. Pessoas que veem seu patrimônio material se diluir em dívidas e falências são atingidas, principalmente, no seu ORGULHO pois, não podendo mais manter o padrão social de antes, sentem se esvair tudo aquilo que era seu objetivo de vida até então. Não podendo mais satisfazer aos seus gozos materiais, conforto e comodidade, o EGOÍSMO é trabalhado. Se as pessoas não possuem bons valores morais que as sustentem nas dificuldades, poderão sucumbir ao alcoolismo, às drogas, à desestruturação familiar e até ao suicídio.
“Onde está o seu tesouro, aí estará o seu coração”, disse Jesus. Colocar nossa felicidade nos bens materiais ou nas alegrias fulgazes dos festejos sociais é torná-la finita: quando se acabam os flashes, as comodidades materiais, ela se acaba. Ao valorizarmos os bens perenes do espírito: a moral, a educação, as boas ações, a caridade, a família, os bons amigos, estaremos iniciando um processo pelo qual, seja qual forem as dificuldades que estejamos passando, jamais perderemos a alegria de viver e a esperança de dias melhores, tornando a felicidade algo duradouro.
No entendimento que, nós como espíritos, somos imortais, alteraremos o nosso conceito de felicidade. Através da reencarnação e da lei de causa e efeito, compreenderemos que nada do que nos acontece é por acaso, tudo é resultado de planejamento e de ações anteriores. Se olharmos para trás e não acharmos, nas nossas atitudes, causas para o “revés da fortuna”, certamente as encontraremos em uma vida anterior de abusos e equívocos, devendo a reparação acontecer agora. Deus sendo justo, não colocaria nenhum de seus filhos em dificuldades que não necessitassem passar e que, às vezes, nos vêm como provas, para testar a nossa firmeza moral.
Utilizar a prece, a inspiração dos bons Espíritos e a meditação é de fundamental importância para superarmos a crise. Na Doutrina Espírita é recomendado o passe, a água magnetizada, o estudo, pois a compreensão da vida espiritual e das leis divinas facilitam o entendimento das dificuldades e a conseqüente transformação moral, necessária, inadiável e útil a todos nós.