– “A vida perdeu a graça…”
– “Não vejo mais motivo para continuar vivendo…”
– “…melhor seria tudo terminar!”
– “Por que Deus não me leva de uma vez?”
– “Não espero mais nada da vida….”
Esses são alguns dos desabafos que ouvimos. O que leva as pessoas a pensarem assim? A desejar a morte? A querer terminar a vida?
Se analisarmos as situações, veremos que é o vazio existencial, desconhecimento do sentido da vida, a falta de objetivos nobres, que levam o indivíduo a perder a esperança e desejar o ilusório ‘fim’.
Com os esclarecimentos lúcidos e racionais ofertados pela Doutrina Espírita, que vem resgatar a pureza e o verdadeiro sentido da mensagem de Jesus, começamos a enxergar de maneira diferente as dificuldades da vida, as perdas, os sofrimentos que nos chegam, compreendendo que são frutos de escolhas inadequadas que fizemos no passado, ou provas programadas para nos acionar à evolução. Assim, entendemos Deus não mais como aquele que castiga ou pune alguns e privilegia outros, e sim como o Pai que ama a cada um de nós, mas que coloca em nossas mãos a responsabilidade das conquistas obtidas, tanto os êxitos como os fracassos, o que propicia novos horizontes de esperança, pela possibilidade de reabilitarmo-nos.
Deste modo, SAIBAMOS ESPERAR… A esperança é a virtude daqueles que sabem esperar dias melhores, acontecimentos positivos; que se esforçam para que estes aconteçam; que não ficam de braços cruzados aguardando que alguém faça por eles; que vão à luta em busca do melhor.
A esperança deve ser a companheira de nossos dias. Juntamente com a fé, é a luz que nos orienta os passos e nos faz chegar ao destino final que é a felicidade, após vencer todas as vicissitudes e imperfeições.
Se estamos enfrentando momentos difíceis, e parece que vamos sucumbir ao peso das provações, deixemos emergir as forças que estão escondidas; não nos desesperemos, confiemos em nós e no amparo divino, acendendo a LUZ da ESPERANÇA.
Amor, trabalho, perdão e esperança foram as recomendações dadas por Abigail (espírito) a Paulo de Tarso1, em momentos de grande desilusão e desânimo pelos quais passava o apóstolo do Cristianismo. E elas são, também para nós, as ferramentas para não sucumbir às dificuldades que enfrentamos na vida.
Cláudia J. Scholl
1XAVIER, Francisco C. Paulo e Estêvão. Pelo Espírito Emmanuel.15. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1945.