O Espírito André Luiz, missionário junto à psicografia de Francisco Cândido Xavier, desvendou alguns aspectos da existência na dimensão espiritual. Muitos de seus livros analisam a vida dos espíritos após o desencarne, na erraticidade, demonstrando que a situação de cada um, pela lei de causa e efeito, está em consonância com as suas ações na Terra. Descreve particularmente uma zona espiritual inferior, chamada de Umbral, localizada nas imediações da crosta terrestre, habitat de espíritos pouco evoluídos, que ainda não despertaram para os deveres sagrados do ser, comprometidos com o mal, o materialismo e a ociosidade.
O ódio, o egoísmo, as paixões e o desejo de vingança perduram e dificultam a progressão desses espíritos e a sua conseqüente passagem para colônias mais evoluídas e felizes.
Sendo um local de estágio temporário, na medida em que há o despertamento consciente do dever a cumprir, o indivíduo estará se habilitando a novas provações, reencarnando na Terra na condição que será mais favorável ao seu progresso. Nas suas escolhas, ele novamente estará semeando a sua posição futura, tanto na dimensão espiritual, como na dimensão material.
A progressão infinita do espírito é lei natural e passará pelas “muitas moradas na casa do Pai” e pelas diversas reencarnações até atingir a perfeição relativa, destino de todos.
A teoria das penas eternas não persiste quando vemos Deus como um Pai justo e bondoso; pois não é numa única e pequena existência, onde muitos erros são cometidos, que selamos a nossa destinação eterna: paraíso ou inferno. A pluralidade das existências nos remete a um Deus amoroso e sábio que dá tantas oportunidades quanto necessitamos para evoluir. O trabalho de cada um é dedicar-se ao bem e fazer as opções corretas para que os estágios que porventura tivermos que passar, seja nas regiões umbralinas ou na Terra, tornem-se o mais breve possível, galgando sempre mundos melhores e mais felizes, tanto quando desencarnados como encarnados.