Maledicência

Espinho cruel a ferir indistintamente é a palavra de quem acusa;
cáustico e corrosivo é o verbo na boca de quem relaciona defeitos;
veneno perigoso é a expressão condenatória a vibrar nos lábios de quem malsina;
borralho escuro, ocultando a verdade, é a maledicência destrutiva.

A MALEDICÊNCIA É CULTURA DE INUTILIDADE EM SOLO APODRECIDO.
MALDIZER SIGNIFICA DESTRUIR.

A VERDADE É COMO CLARO SOL.
A MALEDICÊNCIA É NUVEM ESCURA.

NÃO HÁ DESEJO DE AJUDAR QUANDO SE CENSURA.
NINGUÉM AJUDA CONDENANDO.

Quanto possível, extingue esse monstro da paz alheia e da sua serenidade, que tenta dominar-te a vida.
Caridade é benção sublime a desdobrar-se em silencioso socorro.
Volta as armas da tua oração e vigilância contra a praga da maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região por onde prolifera.
Recusa a taça venenosa que a observação da impiedade coloca à tua frente.
Desculpa os erros dos outros.
As aparências não expressam realidades.

Quando vier a tentação de acusar e apontar defeitos, lembra-te das próprias necessidades e limitações e, fazendo todo o bem possível ao teu alcance, avança na firme resolução de Amar, e despertarás, além das sombras da carne por onde segues, num roteiro abençoado onde os corações felizes e livres buscam a vida verdadeira.

Joanna de Ângelis
Livro: Lampadário Espírita
Psicografia: Divaldo Pereira Franco