Leis Morais

Parte Terceira de O Livro dos Espíritos Lei de adoração 

Adoração a Deus é a elevação do pensamento ao Criador, um sentimento inato a todo ser humano, e que se manifesta conforme o esclarecimento e a evolução de cada espírito.


A Doutrina Espírita não adota rituais de adoração a Deus, a Jesus, a santos ou a desencarnados. Não cultua imagens, não utiliza altares, andores, velas, incensos, talismãs, cristais, sacramentos, procissões, não faz premonições, não tem sacerdotes, nem adota a prática de qualquer forma de culto exterior.

As preces podem ser dirigidas a Deus, a Jesus ou ao espírito protetor, sem a utilização de intermediários, sejam eles santos ou não. Também não são necessárias promessas, pois não é possível, através de sacrifícios ou oferendas, alterar a Lei de Causa e Efeito e a Justiça Divina.

Somente entramos em sintonia com Deus pelas portas do coração, ou seja, pelo sentimento, pelo amor a Ele, que se manifesta no amor ao próximo, pois Deus abençoa sempre os que fazem o bem. O melhor meio de honrá-lo consiste em minorar os sofrimentos dos pobres e aflitos1.

Assim, compreendemos que não basta não fazer o mal, é necessário realizar o bem em palavras, pensamentos e atitudes e que, no lugar do culto externo, podemos transformar nossa admiração a Deus em preces e auxílio espiritual e também em remédio, agasalho e alimento aos que necessitam de auxílio material.

Adorar a Deus é ser um bom exemplo em todas as situações do cotidiano: bom pai, mãe ou filho, esposo, colega, irmão, amigo; é ser um homem de bem2, pois é assim que agradamos ao Pai Maior.

Claudia Schmidt
1KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 84 ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, questão 673.
2_ _ _ _ _ _. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 121 ed. Rio [de Janeiro]: FEB, capítulo XVII, item 3.