É possível viver feliz, em paz de consciência, em um mundo violento, onde impera a corrupção e a sensualidade?
Uma mensagem contida n’O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. XVII, item 10), assinada por “um Espírito Protetor”, auxilia-nos a entender como podemos nos comportar no mundo, procurando agir conscientemente no Bem.
Sentimentos de piedade, tolerância e paciência devem se fazer presentes em nosso cotidiano. Quando partirmos para as nossas atividades, peçamos a assistência dos bons espíritos, purifiquemos os nossos corações através da oração, impedindo, com a ação da vontade, a penetração de qualquer sentimento mundano ou inferior. Elevemos o nosso pensamento a quem gostaríamos que nos acompanhasse, nos tornando mais um instrumento das forças luminosas do Criador a serviço da harmonia do Universo.
Não somos cidadãos DO mundo, pois a nossa passagem por essas terras é provisória. Mas isso não nos exime das responsabilidades que temos como cidadãos NO mundo. Viver segundo as leis de sociedade, com responsabilidades e deveres perante a comunidade, jamais isolando-se, e nunca nos comprometendo moralmente perante qualquer situação, é como devemos agir.
Ao sacrificar necessidades e frivolidades, com um sentimento de pureza no coração, o espírito demonstra ter certa elevação moral. As facilidades como a corrupção, a libertinagem, os vícios, são provas colocadas perante o indivíduo para testar a sua tenacidade em relação ao Bem.
Devemos participar das alegrias sadias, compartilhar com as amizades sinceras, que são alentos que servem ao espírito em renovação. Nas palavras desse espírito superior: “Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa(…).
A perfeição está toda, como disse o Cristo, na pratica da caridade absoluta(…). Unicamente no contato com os seus semelhantes, nas lutas árduas é que encontramos o ensejo de praticá-la(…).”
Se nós estamos aqui, nesse planeta de provas e expiações é porque merecemos e necessitamos estar. É esse o local, é essa a situação, é essa a família, o ideal para o nosso crescimento e aprendizado. Se já houve o despertamento para as coisas do espírito, procuremos agir com serenidade, pacificando os corações que estão ao nosso alcance, começando pelo nosso. Somente assim, fazendo o que nos é possível, é que seremos felizes e contribuiremos para a que paz reine entre os homens.