Divaldo Franco usa a oração a serviço do bem. Um dia, um homem se atirou embaixo do trem que Divaldo viajava. Sem saber o nome desse homem, Divaldo apenas acrescentou à lista: homem do trem. E orou por ele por anos.

         Muito tempo depois em um momento delicado, Divaldo sentiu a mão de uma pessoa em seu ombro, virou-se e viu um homem a lhe sorrir e dizer que iria ajudá-lo. Divaldo agradeceu e respondeu que não o conhecia. O homem então lhe disse:

         "Lembra-se do acidente de trem que vc presenciou? Eu sou o homem do trem. Graças às suas orações eu sofri muito menos do que sofreria por minha ação. Você foi a única pessoa que intercedeu por mim durante anos aqui na Terra. Eu já não agüentava mais tanto sofrimento. Achei que iria enlouquecer. Em espaços de segundos a cena se repetia em minha mente, via o trem se aproximar de mim, sentia as dores, a agonia. Quando achava que tinha acabado lá vinha o trem de novo. Foram meses revendo o acidente, sentindo dores e remorso. Muito obrigada irmão. Agora sou eu quem irá lhe ajudar."

         Esta e outras histórias sobre a vida de Divaldo Pereira Franco poderão ser encontradas no livro O Semeador de Estrelas, de Suely Caldas Schubert, editora Alvorada.


         Raul Teixeira destina o dinheiro da venda de seus livros para o Remanso Fraterno, que é parte da Sociedade Espírita Fraternidade, cujas atividades tiveram início no ano de 1988.

         O Remanso Fraterno se localiza na Rua Jean V. Mouliac, 123, bairro de Várzea das Moças, que se situa acerca de 25 km do centro de Niterói, município a que pertence. O bairro não dispõe de serviços de água e esgoto, havendo, como conseqüência, inúmeros poços, geralmente em condições precárias de higiene, enquanto que o esgoto é lançado em fossas impróprias ou valas a céu aberto. As ruas são desprovidas de calçamento. A iluminação pública e o serviço telefônico são precários. O posto médico mais próximo fica em bairro vizinho aproximadamente a 4 km.

         Essas são as condições do bairro onde se situa o Remanso Fraterno. Seu trabalho tem como objetivo a formação de cidadãos e cidadãs para a vida social, considerando primordial o investimento na criança e no adolescente, não só em termos materiais (alimentação, vestuário, tratamento médico e odontológico, etc.) mas, principalmente, sob os aspectos moral e intelectual, entendendo, por outro lado, que a família deve ser assistida integradamente, a fim de que a criança e o adolescente se desenvolvam de forma sadia e equilibrada.


         Bezerra de Menezes era estudante de medicina e estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.

         Desesperado -- uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida -- e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.

         Poucos dias após bateram-lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática.

         Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando-se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.

         O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou-lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu-se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu

         Explicar que deve ter sido um Espírito amigo que veio auxiliar Bezerra. Se as crianças perguntarem de onde veio o dinheiro, explicar que o dinheiro pode ter sido transportado de algum lugar, mas que não devia ter dono. Como de um tesouro perdido no fundo do mar, onde ninguém daria falta, por exemplo.


         Chico Xavier foi morar com a madrinha, depois do enterro de Maria João de Deus, sua mãe. Apanhou muito da madrinha, durante os dois anos em que viveu com ela.

         Ela costumava enfiar garfos em seu peito, até sangrar. As feridas demoravam para cicatrizar.

         Numa das ausências de Rita, Chico correu para o quintal e se ajoelhou embaixo de uma bananeira. Repetia o pai-nosso quando, de repente, viu na sua frente sua mãe, Maria João de Deus. Chico se agarrou à mãe e pediu socorro.

         - Carregue-me com a senhora, não me deixe aqui, eu estou apanhando muito.

         - Tenha paciência. Quem não sofre não aprende a lutar. Se você parar de reclamar e tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.

         Em seguida, desapareceu. Chico ficou ali, no quintal, sozinho, gritando pela mãe.

         Assim, toda vez que suportava as surras em silêncio, com paciência, via sua mãe. A vara de marmelo zunia, Chico engolia o choro e depois se refugiava no quintal para ouvir os surrados conselhos maternos: era preciso sofrer resignado, era fundamental obedecer sempre, porque logo um anjo bom apareceria para ajudá-lo. O menino ficava esperando.

         Foi então que Moacir, primo de Chico, apareceu com uma ferida na perna esquerda que não cicatrizava. A madrinha, preocupada com o sobrinho, mandou chamar uma benzedeira, que examinou o ferimento e deu a receita: uma criança deve lamber a ferida três sextas-feiras seguidas, pela manhã, em jejum.

         - Chico serve? Perguntou a madrinha.

         O garoto ficou em pânico. Correu para debaixo das bananeiras e ouviu o repetido conselho materno:

         - Você deve obedecer. Mais vale lamber feridas que aborrecer os outros. Você é uma criança e não deve contrariar sua madrinha.

         - E isso vai curar o Moacir?

         - Não, porque não é remédio. Mas dará bom resultado para você, porque a obediência acalmará sua madrinha. Seja humilde. Se você lamber a ferida, faremos o remédio para curá-la.

         No dia seguinte, pela manhã e em jejum, Chico iniciou a missão. Fechava os olhos, pedia forças à mãe e lambia a perna do garoto. Na terceira sexta-feira, o ferimento estava cicatrizado.

         Esta e outras histórias sobre a vida de Chico Xavier poderão ser encontradas no livro Lindos Casos de Chico Xavier de Ramiro Gama, editora Lake.


         Izaias Claro realiza trabalho com crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais na Comunidade Espírita Joanna de Angelis. Lá há um abrigo para crianças e adolescentes e um centro espírita bem organizado. Também há uma editora, gravação de CD's e distribuição de mensagens. A Comunidade possui um trabalho de pronto-socorro onde é realizado um trabalho de consultas e cirurgias espirituais, que nos últimos anos vêm ajudando centenas de pessoas com resultados excelentes. São cirurgias sem cortes, tratamento emocional e espiritual, e as pessoas melhoram muito.