Objetivo: apresentar a oração do Pai Nosso (também conhecida como Oração Dominical ou Oração do Senhor), como a mais bela oração de simplicidade, que resume os nossos deveres para com Deus, para consigo mesmo e para com o nosso próximo, que foi ensinada por Jesus, quando aqui esteve.
Prece inicial
Primeiro momento: recapitulação:
Deus é o nosso Pai e Criador, no Seu infinito amor e sabedoria criou, com perfeita harmonia, todo o Universo, que é enorme, infinito. “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”. Apenas Deus possui todos os atributos (qualidades que caracterizam um ser) em perfeição absoluta.
Jesus nosso mestre e amigo querido, também foi criado por Deus, assim como todos nós.
Jesus recebeu de Deus a missão de cuidar e construir o nosso planeta. A posição de Jesus é a do Governador Espiritual do Planeta.
Jesus é o guia e modelo da humanidade, veio nos ensinar o caminho para evoluirmos, isto é, para aprendermos a amar e para isso temos que desenvolver as virtudes que trazemos como sementinhas, desde que fomos criados por Deus.
Jesus deixou vários ensinamentos que são verdadeiros presentes para a humanidade, entre esses ensinamentos está a oração. E tem uma oração que Ele nos deixou de presente.
Alguém sabe de qual oração estamos falando? Pai Nosso, também conhecida como Oração Dominical (Senhor). Esse é o tema do nosso encontro de hoje.
Segundo momento: vamos contar para vocês em qual momento da história Jesus nos ensinou essa bela oração. Está nesse livro (mostrar o livro Boa Nova, de Chico Xavier, pelo Espírito Humberto de Campos, cap. XVIII).
Curada pelo Mestre Divino, a sogra de Simão Pedro (um dos apóstolos de Jesus), ficara maravilhada com os poderes ocultos de Jesus, que falava em nome de Deus, tocando os corações com a sua fé profunda e intensa.
Restabelecida em sua saúde, a sogra ficou pensando a respeito dos poderes de Jesus, o amigo de Simão Pedro, o seu genro.
Ela, então, resolveu conversar com o genro...
- Simão Pedro nossa família é uma das primeiras colaboradoras de Jesus, você sabe que nós passamos por muitas necessidades, pouco dinheiro, muito serviço doméstico, a casa pobre..., quem sabe se Jesus não poderá nos ajudar com os seus poderes?...
Simão Pedro, um homem simples e generoso, ficou pensando no que a sogra disse...como ele poderia abordar aquele assunto com Jesus?
Decorridos alguns dias, estando o Mestre a ensinar aos companheiros uma nova lição referente a prece, Simão Pedro lhe disse:
- Mestre será que Deus ouve todas as nossas orações?
- Como não, Pedro? Respondeu Jesus.
- Não tenhas dúvida: todas as nossas orações são ouvidas!...
- No entanto, exclamou o discípulo, se Deus ouve as orações de todos os seres, por que tamanhas diferenças no mundo?
(Perguntar: que diferenças o apóstolo Pedro se refere? Diferenças materiais)
- Por que razão eu sou obrigado a pescar para sustentar a família? E o Levi ganha bom salário cobrando impostos? Minha mulher é obrigada a cuidar da horta e da casa? Enquanto outras têm muitas servas?
Jesus ouviu com atenção e falou:
- Pedro, precisamos lembrar que o mundo pertence a Deus e que todos somos seus servidores. Os trabalhos variam. Hoje pescas, amanhã pregarás a palavra Divina do Evangelho. Todo trabalho honesto é de Deus.
Os seres humanos não se lembram de Deus, senão nos dias de incerteza e angustia do coração. Diante das doenças, desastres, morte do corpo.
Pedro ouvia o Mestre com uma compreensão nova.
Passado alguns dias, estando o Mestre a ensinar os apóstolos uma nova lição, referente ao impulso natural da oração, Simão Pedro disse:
- Senhor, tenho procurado, por todos os modos, manter inalterável a minha comunhão/harmonia com Deus, mas não tenho alcançado o objetivo de minhas súplicas/orações.
- E que tens pedido a Deus? - interrogou o Mestre, sem se perturbar.
- Tenho implorado à sua bondade que me solucione certos problemas materiais.
Jesus contemplou longamente o discípulo, como se examinasse a sua alma e falou com profundo amor e boa-vontade:
- Pedro, enquanto orares pedindo ao Pai a satisfação de teus desejos e caprichos, é possível que te retires da prece inquieto e triste. Mas, sempre que solicitares as bênçãos de Deus, a fim de compreenderes a sua vontade justa e sábia, a teu respeito, receberás pela oração os bens divinos do consolo e da paz.
Pedro, o apóstolo, guardou silêncio, demonstrando finalmente ter compreendido a lição. Um dos apóstolos, porém, reconhecendo que o assunto interessava a todos que ali se encontravam, fez um pedido a Jesus:
- Senhor, ensina-nos a orar!...
Formando um círculo e como se mergulhasse o pensamento num invisível oceano de luz, Jesus pronunciou, pela primeira vez, a oração que legaria à humanidade e, a oração singela se espalhou como um perfume dos céus pelo mundo inteiro.
Terceiro momento: agora nós vamos conhecer uma pouco mais sobre a oração do Pai Nosso, que nos foi ensinada por Jesus. Dividir a Prece do Pai Nosso em oito partes. Formar oito grupos e, solicitar que conversem alguns minutos sobre o que entenderam, da parte do Pai Nosso que receberam.
*As partes deverão estar numeradas.
*A medida que for sendo comentada cada parte, colar em um cartaz.
*Ao final solicitar que escrevam o nome no cartaz.
*Se sobrar tempo poderão enfeitar o cartaz.
Subsídio ao evangelizador:
1 - Pai nosso, que estás no Céu.
Deus é nosso Pai, Criador do Universo. Todos somos irmãos, filhos do Criador. Deus é Pai amoroso, e podemos nos dirigir diretamente a Ele em nossas preces. Em todas as obras da criação, desde a erva minúscula e o pequenino inseto, até os astros que se movem no Espaço, podemos observar a sabedoria e justiça de Deus.
2 - Santificado seja o Teu nome.
Se sintonizamos com Deus, podemos sentir Sua presença, pois em todos os lugares há provas da sabedoria e do amor Divinos. Devemos louvar a Deus e agradecer a Ele a vida, a família e as experiências, alegrias e tristezas que vivenciamos, a fim de evoluirmos espiritualmente.
*Santificado: sinônimo de santo.
3 - Venha a nós o Teu Reino.
Cada um deve colocar os ensinamentos de Jesus em prática, a fim de que se instale o Reino de Deus em nós, que é o reino da paz, da justiça e do amor; as Leis Divinas estão gravadas na consciência de cada ser humano. Devemos sempre nos esforçar para realizar o bem, pois só assim alcançaremos a verdadeira felicidade.
4 - Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu.
A vontade de Deus está expressa na Lei de Causa e Efeito, na Lei de Amor. Devemos vigiar nossos atos, pensamentos e palavras, pois tudo de bom e de ruim que fazemos gera consequências. A vontade de Deus, amorosa e justa, deve cumprir-se em todas as circunstâncias. Devemos aceitar com resignação, isto é, aceitar a vontade de Deus.
5 - O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Pedir apenas o necessário. Pedir o pão que alimenta o corpo físico e o pão da alma que é a fé, a confiança em Deus; Dai-nos o pão de cada dia, ou seja, os meios de adquirir, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida material e espiritual, pois não devemos pedir o supérfluo, o desnecessário.
*Supérfluo: aquilo que ultrapassa a necessidade, que é mais do que se necessita.
6 - Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
Assumimos o compromisso de perdoar o nosso irmão, sem mágoa, sem rancor, esquecendo a ofensa e sem querer se vingar ou desejar o mal a quem nos ofendeu. Somos Espíritos ainda imperfeitos, erramos muitas vezes, mas nos comprometemos a esforçarmo-nos para sermos caridosos, perdoando e esquecendo as ofensas contra nós proferidas. Assim como queremos que Deus também nos perdoe quando erramos.
7 - Não nos deixes cair em tentação e livra-nos de todo o mal.
Analisar as situações, aprender com os erros, procurar fazer sempre o bem, o correto. Não basta não fazer o mal, é necessário fazer o bem. Estar atento às influências espirituais de encarnados e desencarnados. Importante que combatamos nossas más inclinações e vícios, porque nossas imperfeições são portas abertas às influências de outros Espíritos que desejam nos prejudicar. Que possamos nos esforçar sempre para merecermos o auxílio e a inspiração do nosso anjo da guarda.
8 - Assim seja.
Compreender que Deus é justo e só faz o bem. Que, às vezes, algumas coisas escapam à nossa compreensão, mas elas ocorrem com a permissão de Deus, pois sabemos que Deus somente quer o nosso bem e sabe o que é melhor para nós. Se passarmos por sofrimentos, é necessário aproveitar o sofrimento para crescer moral e espiritualmente, sendo resignado, mas sem acomodação ou revolta.
Quarto momento: se forem muitos evangelizandos, a turma pode ter sido dividida em duas – então reunir as duas turmas, colar o(s) cartaz(es) e fazer a Oração do Pai Nosso em conjunto.
Quinto momento: conclusão - Jesus nos ensinou a orar. A oração do Pai Nosso é a mais bela oração de simplicidade, que resume os nossos deveres para com Deus, para conosco mesmo e para com o nosso próximo, mas para isso ela deverá estar acompanhada de sentimento, ou seja, deve ser sincera, realizada com o coração.
Sexto momento: leitura do Evangelho (leitura de um trecho pequeno, uma linha ou parágrafo de O Evangelho segundo o Espiritismo) e Prece de encerramento. Sugestão: cap. Cap. XXVIII, item 2.