Objetivo: relatar como e quem fez o primeiro Evangelho no Lar. Explicar sua importância, bem como o modo de realização desde momento de prece e estudo em família.
Primeiro momento: música de acolhida e prece inicial.
Segundo momento: introdução - através da música Encontro marcado (César Tucci) - Cancioneiro Espírita volume 1, descobrir o título do encontro: Evangelho no Lar.
Terceiro momento: vamos contar para vocês, sabemos que alguns já sabem, como surgiu o Evangelho no Lar. Contar, resumidamente, a história O culto cristão no lar – do livro Jesus no Lar, pelo Espírito de Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB. Ressaltar que não é uma criação do Espiritismo, foi Jesus quem realizou o primeiro culto cristão no lar.
Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:
- Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?
O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu hesitante:
- Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.
Jesus sorriu e perguntou, de novo:
- E o oleiro? Que faz para atender à tarefa a que se propõe?
- Certamente, Senhor - redarguiu o pescador, intrigado -, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.
O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
- E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?
O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
- Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:
- Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se nos não habituamos a amar o irmão pais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
- Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:
- Mestre, seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, O PRIMEIRO CULTO CRISTÃO NO LAR.
Fonte: Jesus no Lar, pelo Espírito de Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.
Vamos aprender juntos, de uma maneira simples, como realizar o Evangelho no Lar. Sabemos que muitas famílias já realizam. Que este momento sirva para fortalecer as famílias que já realizam e incentivar a implantação do Evangelho no Lar naquelas famílias que ainda não realizam.
Quarto momento: rodada de conversa.
*Quem já realiza o Evangelho no Lar?
*Por que realizar o Evangelho no Lar? Traz proteção para o nosso lar e para as pessoas que ali estão. Assim como colocamos sistemas de alarmes, grades e cerca elétrica para nos protegermos de irmãos infelizes, o Evangelho no Lar é a proteção espiritual de nossa casa. A medida que vamos realizando o Evangelho no Lar – e com a consequente evangelização de seus membros - só Espíritos convidados pelos Espíritos guardiães da casa entrarão em nosso lar e será com o objetivo de aprenderem os ensinamentos de Jesus e assim modificarem suas atitudes para melhor.
Também porque nos tornamos mais receptivos à mensagem educativa e consoladora de Jesus. Recebemos vibrações amorosas de estímulo e carinho à nossa jornada evolutiva.
*Com a ajuda dos evangelizandos que já realizam o Evangelho no Lar, explicar com desenhos coloridos e de maneira simples o roteiro de realização. Na medida que for explicando os passos, ir colando os desenhos no quadro verde. Sugestões de desenhos na aula Evangelho no Lar III.
A - Escolha, na semana, um dia e horário em que a família possa se reunir de 15 a 30 minutos. Crianças também podem participar. O Evangelho no Lar poderá ser realizado por uma só pessoa - o roteiro a ser seguido é o mesmo.
B - Recomenda-se colocar um recipiente com água para ser magnetizada pelos Espíritos e ser ingerida por todos após a atividade.
Obs.: é a água normal acrescida de fluidos curadores. Para a Doutrina Espírita, entende-se por água em que fluidos medicamentosos são adicionados à água pelos Espíritos. É água magnetizado por fluidos.
1. Início do Evangelho no Lar - com uma prece simples e espontânea. Podemos, também, fazer a oração do Pai Nosso ou outra prece, de maneira que o coração fale mais alto do que as palavras.
2. Leitura de um pequeno trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo – começar desde o prefácio, lendo um item ou dois em sequência ou fazer uma leitura aleatória. Na presença de crianças, pode-se fazer a leitura de história com fundo moral cristão elevado. LEVAR ALGUNS LIVROS E MOSTRAR
3. Comentários sobre o texto lido – devem ser breves e contando com a participação dos presentes, evidenciando o ensino moral aplicado às situações do dia-a-dia, evitando discórdia ou "cobranças" de atitudes dos familiares.
4. Vibrações – O próximo passo é fazer as "Vibrações". Vibração é o momento em que mandamos/emitimos bons pensamentos/sentimentos.
Podemos vibrar, por exemplo, pela fraternidade, paz e equilíbrio de toda a Humanidade, por todos os governantes e por aqueles que têm sob a sua responsabilidade crianças, jovens, adultos e idosos; pela implantação e vivência do Evangelho em todos os lares; pelo próprio lar dos participantes, mentalizando paz, harmonia e saúde para o corpo e para o espírito. Também podemos mandar boas vibrações para que as pessoas não briguem, não maltratem as crianças e os animais, que tenham emprego e saúde.
5. Pedidos – Pode-se pedir pelos parentes, amigos, por pessoas que não participem do círculo de amizades e por toda humanidade.
6. Prece de encerramento – Simples, sincera e espontânea, agradecendo a Deus, a Jesus e aos bons Espíritos.
7. Servir a água magnetizada aos presentes, mantendo o clima de respeito e recolhimento, evitando atitudes ruidosas ou de alardes.
Quinto momento: informar que, se alguém quiser saber mais sobre como implantar O Evangelho no Lar, o Seara tem uma equipe de trabalhadores que dá orientações, e os evangelizadores podemos encaminhar.
Sexto momento: convidar a todos para fazermos o Evangelho no Lar. Na parte da leitura de O Evangelho segundo o Espiritismo, substituir pela história A sabedoria do ministro, com desenhos.
Sugestões de desenhos na aula Amor e sabedoria de Deus II.
Existia, em uma terra distante, um rei e seu primeiro ministro.
O rei era justo e bondoso. O primeiro ministro era um homem bom e sábio, e sempre dizia que a felicidade reinava porque existia um Deus bom e justo, que sempre fazia o que era melhor para todos. O rei seguia os passos de sabedoria do seu primeiro ministro que sempre dizia: "Tudo que Deus faz é bom..."
Essas eram sempre as palavras que faziam com que o rei fosse sensato e bondoso para com os seus súditos.
O rei tinha dois passatempos diários. Um deles era trabalhar com madeira, fazendo talhas e esculturas e o outro era cavalgar pela floresta todas as manhãs, em companhia de seu primeiro ministro.
Enquanto cavalgavam, os dois conversavam sobre os mistérios da vida. O rei sempre procurava explicações para suas aflições e nessas saídas diárias, em companhia de seu sábio primeiro ministro, ele encontrava conforto para seu coração, muitas vezes cheio de dúvidas e preocupações.
Um dia, o rei estava trabalhando em sua oficina, serrando madeira, quando, inesperadamente, a serra decepou seu dedo indicador. Desesperado e aflito, mandou chamar seu primeiro ministro. Tinha esperança de que ele pudesse explicar o motivo pelo qual Deus havia permitido que o acidente acontecesse com ele, uma pessoa boa, justa e honesta.
Porém, para surpresa do rei, o primeiro ministro, em vez de confortá-lo com palavras de alento e consolo, limitou-se a repetir o que sempre dizia "Tudo que Deus faz é bom!"
Ao ouvir tamanha afronta (ofensa), o rei, irado e desconsolado, mandou que os guardas o levassem para a prisão.
Depois do acidente, a vida do rei ficou diferente. Não tinha ninguém para conversar e confidenciar pensamentos, mas continuava com seus passatempos diários, trabalhando a madeira e cavalgando todas as manhãs, só que agora ia sozinho.
Um belo dia, enquanto cavalgava por um recanto mais distante da floresta, foi aprisionado por índios selvagens. Levado para a tribo, amarrado e assustado, a única coisa que o rei poderia fazer era rezar e pedir a Deus que lhe desse proteção e paz.
Chegando à tribo, o rei foi surpreendido por uma grande festa. Tambores e chocalhos soavam, índios pintados dançavam em volta de um altar, onde um sacerdote permanecia sentado em completo transe...tudo estava preparado para a grandiosa festa de sacrifício aos Deuses dos índios.
A um pequeno movimento do sacerdote, alguns índios aproximaram-se do rei, desamarraram suas mãos e começaram a pintá-lo com cores fortes e berrantes. O sacerdote então aproximou-se e começou a dizer palavras que o rei não compreendia.
Enquanto dançava ao redor do altar, o sacerdote observou que o rei não possuía um dos dedos da mão. Irado e frustrado, ordenou que o rei fosse libertado, pois um ser incompleto não poderia ser oferecido em sacrifício para os deuses.
Após ser libertado, o rei voltou ao castelo. Enquanto caminhava pela floresta, pensava sobre o que havia acontecido: "Realmente, tudo que Deus faz é bom!" Se não tivesse perdido um dedo, teria perdido a vida.
Uma questão, porém, ainda perturbava o rei. O que explicaria a permanência do seu fiel primeiro ministro na prisão, durante todo aquele tempo?
Seria este Deus justo apenas para o rei e não para seus súditos/empregados?
Chegando ao castelo, o rei ordenou que o primeiro ministro fosse solto e trazido a sua presença. Afinal, era impossível para ele entender o motivo pelo qual Deus havia sido tão injusto com um homem tão bondoso.
Ao vê-lo, o rei contou o que havia acontecido pela manhã e falou: "Agora compreendo que perdi um dedo, mas em compensação não perdi a minha vida. No entanto, não entendo porque Deus não foi benevolente com você. Como isso pode ter sido bom para você?"
O sábio e paciente amigo então lhe respondeu: "Vossa alteza se esqueceu que tínhamos o costume de cavalgar juntos todas as manhãs? O que teria acontecido comigo se eu estivesse em sua companhia na floresta hoje?
Afinal, eu tenho todos os meus dedos..."
Deus faz coisas que, em determinados momentos, não podemos compreender e as julgamos erradas, mas no futuro entenderemos que foram em nosso próprio benefício.
E por fim concluiu: "Tudo que Deus faz é bom..."
(História de autor desconhecido)
Comentários: Deus, em sua infinita bondade jamais nos desampara. Mesmo que, em um primeiro momento, não compreendamos o que nos ocorre, tudo tem um motivo justo e aconteceu para o nosso bem.
Servir a água magnetizada aos presentes, mantendo o clima de respeito e harmonia.
Sétimo momento: distribuir os panfletos (ou livretos) sobre Evangelho no Lar.
Oitavo momento: leitura de um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. XXVIII - coletânea de preces espíritas) e Prece de Encerramento. Sugestão cap. XI, item 9, primeira linha.