Prece

         Objetivo: levar o evangelizando a refletir que a prece é um recurso valioso para o Espírito imortal, nos dois planos da vida. Que é agradável a Deus quando ditada pelo coração, pois para Deus o que importa são os nossos sentimentos e intenções. Assim, Deus envia os bons Espíritos para nos ajudar e proteger.

         Primeiro momento: música de acolhida e prece inicial.

         Segundo momento: recapitulação:
         Jesus nos ensinou a orar. A oração do Pai Nosso é a mais bela oração de simplicidade, que resume os nossos deveres para com Deus, para conosco mesmo e para com o nosso próximo, mas para isso ela deverá estar acompanhada de sentimento, ou seja, deve ser sincera, realizada com o coração. A prece é um recurso valioso para o Espírito imortal, nos dois planos da vida, isto é, no Mundo Espiritual também fazemos preces. Hoje vamos dar continuidade ao estudo desse tema tão importante, que nos conecta aos planos superiores da vida.

         Terceiro momento: mostrar O Evangelho segundo o Espiritismo, e explicar que este livro contém a essência do ensino moral de Jesus, que é igual em todas as religiões e mesmo para quem não tem religião. É o roteiro seguro para a nossa reforma íntima, isto é, para vivenciarmos as virtudes que Jesus ensinou e, assim, construirmos o Reino de Deus em nosso coração.
         Selecionamos algumas partes do Evangelho que se referem à prece, para o nosso encontro de hoje. Vamos iniciar contando uma parábola que está no cap. XXVII, item 3.
         Para que possamos entender essa parábola, é importante saber o significado de algumas palavras na época de Jesus.
         *Fariseus: eram religiosos, estudavam a Lei Mosaica, que era a religião na época de Jesus. Essas pessoas achavam que a sua maneira de interpretar a religião era a única certa; eram pessoas vaidosas, faziam pregações/palestras, mas não se esforçavam para vivenciar aquilo que estudavam e pregavam.
         *Publicanos: eram funcionários do governo, cobravam impostos (como um funcionário da Receita Federal ou Estadual) e alguns cobravam de maneira exagerada, ficando uma parte para si, roubando do povo. Eram pessoas que o povo não gostava, não tinham uma fama boa. Jesus tinha entre seus apóstolos, um cobrador de impostos - Mateus.
         *Jejum: não se alimentar ou se alimentar muito pouco. Era costume na época de Jesus.
         *Dízimo: na época de Jesus e ainda hoje algumas religiões tem como regra que o adepto destine dez por cento (10%) do seu salário à Igreja, ao Templo.

         Quarto momento: contar a parábola do Fariseu e do Publicano. Usar como recurso dois bonecos.
         Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu (mostrar o boneco) e o outro publicano (mostrar o boneco).
        - O fariseu, em pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, agradeço por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros. Agradeço-te porque não sou como este publicano indigno que está ali adiante (o boneco olha para o lado, em direção ao publicano). Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo.
       - O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao Céu (publicano de cabeça baixa), pois estava profundamente arrependido dos roubos que cometia ao cobrar os impostos. Batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador.

         Quinto momento: rodada de conversa.
        *Qual dos dois personagens orou de maneira correta? O fariseu ou o publicano? O publicano. Por que orou com humildade e sinceridade a Deus; reconheceu, diante de Deus, que era um pecador e pediu perdão de seus erros. Já o fariseu se achava superior, melhor que os outros, e orou com orgulho. Só falou do publicano e ficou se engrandecendo para Deus. O fariseu não enxergava nem mesmo seu próprio coração pecador, achando que, orando daquela forma, iria ser atendido em suas preces.
         *Qual das preces foi ouvida por Deus? A do publicano, pois foi com o coração, com os sentimentos. Em preces assim, Deus envia forças para mudar o comportamento de quem ora.
         *Mas afinal o que é prece? Uma conversa com Deus ou com o ser a que nos dirigimos. A oração pode ser entendida como uma aproximação com Deus, por meio de palavras ou do pensamento. Quando dirigida a Deus, Ele nos envia seus mensageiros, os Bons Espíritos.
         *Pela prece podemos fazer três coisas (quais os tipos de prece): louvar, pedir e agradecer.
         *Precisa de um lugar determinado, horário certo ou vestimenta especial? Podemos conversar com Deus em qualquer hora e lugar, não precisando de uma posição específica (juntar as mãos, se ajoelhar), nem de imagens ou palavras difíceis, nem vestimenta especial. Jesus não usava rituais, ele fez preces em vários lugares: na cruz, no alto do morro, na última ceia, com os apóstolos.
         Lembrar que devemos respeitar as crenças que são diferentes das nossas – as pessoas oram de diferentes formas e algumas religiões usam rituais, roupas, lugares específicos para orar. Para Deus o que importa são os nossos sentimentos e intenções. Deve haver uma posição de respeito e recolhimento íntimo.
         *Por que precisamos orar? Para nos colocar em sintonia com Deus, para sermos auxiliados; para mais facilmente receber coragem, intuição ou ajuda de nosso Espírito protetor e de outros amigos espirituais.
        *Quanto mais comprida a prece mais rapidamente vai ser atendida? Uma prece não precisa ser comprida ou ter palavras difíceis para ser atendida, o importante é que ela expresse os nossos sentimentos e intenções. Deus sempre ouve nossas preces e nos atende conforme nossas necessidades.

         Sexto momento: levar papeis com os tipo de prece e distribuir aos evangelizandos. Dividir em grupo por tipo de prece: louvor, agradecimento e pedido. Dar cinco minutos para os grupos escreverem uma prece, de acordo com o tipo de prece que o grupo recebeu.
         *Cada grupo deverá ler ou fazer a prece com sentimento.
         Louvar significa “elogiar, enaltecer; bendizer, exaltar, glorificar".
       E forçoso é reconhecer que louvar não é apenas pronunciar votos brilhantes. É também alegrar-se em pleno combate para a vitória do bem, agradecendo ao Senhor os motivos de sacrifício e sofrimento, buscando as vantagens que a adversidade e o trabalho nos trouxeram ao espírito. EMMANUEL (espírito), psicografia de Chico Xavier.

         Sétimo momento: conclusão - se não limparmos o nosso quintal, a sujeira vai se acumulando, o mato vai crescendo, e vai proliferando/multiplicando os mosquitos, os pernilongos e outros bichos. E se não cuidarmos do nosso campo espiritual, se não cuidarmos os nossos sentimentos e pensamentos, os Espíritos bons não conseguem nos ajudar.
         Ao realizarmos uma prece, atraímos os bons Espíritos que vem nos auxiliar, inspirar boas ideias, nos proteger. Assim vamos adquirindo a força moral necessária para vencer as dificuldades que aparecerão no nosso caminho, nos levando sempre na direção do bem.

         Oitavo momento: momento do Evangelho (leitura de um trecho pequeno, uma linha ou parágrafo de O Evangelho segundo o Espiritismo) e prece de encerramento. Sugestão: cap. XXVIII, item 15.




[Terceiro Ciclo]