Objetivo: esclarecer que devemos viver no grupo familiar, respeitando as individualidades, os direitos de cada pessoa e observando, acima de tudo, a responsabilidade que nos cabe para a alegria e felicidade desse grupo. Que todos somos irmãos, constituindo uma só família perante o Deus. Porém, até alcançarmos a fraternidade suprema, estagiaremos, através de grupos diversos, de aprendizado em aprendizado, de reencarnação em reencarnação.
Primeiro momento: música de acolhida e prece inicial.
Segundo momento: recapitulação:
A família é uma reunião de Espíritos que renascem juntos para trabalhar, aprender e progredir. A família é a nossa primeira escola, onde temos a oportunidade de aprendermos a desenvolver as virtudes que necessitamos para evoluirmos e sermos felizes, como o amor, respeito, paciência, perdão, humildade, cooperação. Os indivíduos de uma família têm o dever de se auxiliarem mutuamente.
A harmonia no lar é o resultado do esforço individual dos seus membros em vivenciar a Lei de amor ensinada por Jesus e confirmada pelos Espíritos superiores. Os verdadeiros laços familiares não começam com o nascimento e não são destruídos com a morte do corpo físico.
Assim, devemos viver no grupo familiar, respeitando as individualidades, os direitos de cada pessoa e observando, acima de tudo, a responsabilidade que nos cabe na alegria e felicidade desse grupo.
Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. Para que possamos bem viver em família, em qualquer grupo social, é necessário saber que existem limites nas relações entre os seres humanos e que a liberdade deve ser usada com responsabilidade.
Terceiro momento: questionar:
* O que é a liberdade? Somos livres para fazermos tudo o que desejamos?
Liberdade é o estado daquele que é livre, a ausência de constrangimentos físicos ou morais. Nosso grau de liberdade é limitado. A partir do momento em que dois seres humanos convivem, há direitos recíprocos a respeitar, logo não existe liberdade completa de ação.
Somente vivendo como eremita o homem pode aspirar a uma completa liberdade de agir. No estágio atual do planeta, dar aos homens liberdade completa de ação seria instaurar o caos. (questão 826 de O Livro dos Espíritos)
*O que é ter limites?
É ter consciência que existem outras pessoas no mundo e que os direitos são iguais para todos e desta forma algumas coisas podem ser feitas e outras não, para que todos possam conviver em harmonia.
Quarto momento: trabalho em grupos: dividir os evangelizandos em grupos. Pedir que cada grupo retire de uma caixinha uma pergunta. Os grupos terão 10min para conversar sobre a situação e apresentarem uma solução/atitude, tendo como referência os conceitos de liberdade e limites. Obs.: nas apresentações o evangelizador poderá auxiliar se necessário, perguntando ao grupo todo, ao final de cada apresentação, qual a virtude que foi utilizada para resolver a situação. Ex.: perdão, paciência, respeito, amizade, amor, empatia.
Abaixo as situações/problemas que usaremos:
a) Meu pai e minha mãe são separados. Gostaria muito que eles voltassem a viver juntos, mas eles têm outro namorado (a), esposa/marido. O que devo fazer?
b) Minha família é uma bagunça, pois todos brigam o tempo todo. Às vezes tenho vontade de sumir. Será que essa é uma boa atitude?
c) Amo muito meus pais, mas às vezes fico com raiva deles. Devo me sentir culpado?
d) Eu moro com minha mãe e meu padrasto. Não gosto dele, pois acho que ele quer o lugar do meu pai. Porém, certa vez minha mãe brigou comigo por causa de uma besteira e ele me defendeu, pois sabia que eu tinha razão. O que posso fazer para melhorar a relação com ele?
e) O meu melhor amigo ganhou um tênis lindo. Pedi a minha mãe um tênis igual, mas ela disse que era muito caro e não podia comprar. Fiquei furioso, chorei, briguei e gritei com minha mãe. Mais tarde percebi que ela estava chorando por minha causa. O que poderia ter feito para isso não ocorrer?
f) Meus pais me obrigam a ir na evangelização. Eu gostaria de ficar jogando no computador, por isso sempre chego no Grupo Espírita de mau humor. Qual a conduta para melhorar a situação?
g) Meus pais adoram interferir nos filmes que assisto e nos jogos que eu gosto de jogar, pois eles não querem que eu assista filmes de terror e jogue games de violência. Eles estão certos?
h) Ontem quebrei um vaso de minha mãe, mas ela não viu e achou que foi o meu irmão, que ficou de castigo por conta do vaso quebrado. O que devo fazer?
i) Às vezes acho minha família muito chata! Sempre acho que a família dos meus amigos é melhor. Por que isso acontece?
Subsídio ao evangelizador: aspectos que podem ser abordados pelos evangelizadores. Lembre-se que, dentro do possível, não devemos deixar as crianças sem respostas. Também é importante aproveitar a realidade e as dúvidas delas para que pensem a respeito de suas atitudes e dos seus familiares, auxiliando-as em suas dificuldades.
a) Meu pai e minha mãe são separados. Gostaria muito que eles voltassem a viver juntos, mas eles tem outro namorado (a), esposa/marido. O que devo fazer?
A melhor coisa é aceitar e respeitar o novo namorado (a), esposa/marido, esforçando-se para terem uma boa convivência. Lembrar que o fato de os pais se separarem não significa que eles não gostem mais (ou que deixaram de gostar) dos filhos. Os pais se separam porque eram infelizes juntos, e é melhor viverem separados, de preferência como amigos, que juntos brigando e com grandes dificuldades de relacionamento.
b) Minha família é uma bagunça, pois todos brigam o tempo todo. Às vezes tenho vontade de sumir. Será que essa é uma boa atitude?
Todas as famílias têm dificuldades, algumas tem mais, outras menos situações conflitantes. Podemos fazer a nossa parte como filhos, tentando evitar situações que possam trazer brigar. Sumir não resolve, pois estamos na família certa para aprender e evoluir. Se sumirmos, nossos pais vão ficar preocupados e procurando por nós e nos tornaremos mais um problema. Quando formos encontrados “do sumiço” ficaremos de castigo. Com certeza a conversa ou reuniões com os membros da família é a melhor maneira de resolver os conflitos.
c) Amo muito meus pais, mas às vezes fico com raiva deles. Devo me sentir culpado?
Muitas vezes as atitudes de nossos pais despertam em nós sentimentos negativos, como exemplo podemos citar quando eles nos proíbem algo que queremos muito, como ir a uma festa ou ficar toda a noite no computador. Devemos lembrar nessas horas que aquilo que eles decidem é sempre para o nosso bem, porque eles nos amam muito. Por isso devemos nos esforçar para superar esses sentimentos e se a culpa aparecer a melhor coisa a fazer é pedir perdão. Com o tempo vamos perceber que a decisão de nossos pais foi a melhor para nós naquele momento. Nossos pais também são Espíritos em evolução e estão aprendendo, não são perfeitos, mas sempre tomam suas decisões pensando no melhor para os filhos.
d) Eu moro com minha mãe e meu padrasto. Não gosto dele, pois acho que ele quer o lugar do meu pai. Porém certa vez minha mãe brigou comigo por causa de uma besteira e ele me defendeu, pois sabia que eu tinha razão.
O novo namorado (marido) da mãe não vai tirar o lugar do pai na família. É importante demonstrar respeito e amizade por ele, para o bom convívio em família. Quando alguém resolve namorar (morar) com uma pessoa que já tem filhos, é sinal que ela está disposta a aceitar e gostar de toda a família. Problemas vão acontecer, mas com diálogo e boa vontade é possível conviver em paz e harmonia.
e) O meu melhor amigo ganhou um tênis lindo. Pedi a minha mãe um tênis igual, mas ela disse que era muito caro e não podia comprar. Fiquei furioso, chorei, briguei e gritei com minha mãe. Mais tarde percebi que ela estava chorando por minha causa. O que poderia ter feito para isso não ocorrer?
Entender que, às vezes, os pais não podem comprar tudo aquilo que queremos. Se estivesse mesmo precisando de um tênis poderia pedir um modelo mais barato. Compreender que nossos pais trabalham muito para ter dinheiro para comprar as coisas e pagar as contas e dar conforto para a família. E que assim como nossa mesada não chega para comprar tudo o que queremos também o salário deles muitas vezes não é suficiente.
f) Meus pais me obrigam a ir na evangelização. Eu gostaria de ficar jogando no computador, por isso sempre chego no Grupo Espírita de mau humor. Qual a melhor conduta para melhorar a situação?
O mau humor não vai mudar a situação, só torna mais difícil o convívio. Nossos pais sabem o que é melhor para nós por isso desejam que aprendamos coisas importantes na evangelização. As lições que aprendemos quando crianças na evangelização vão nos auxiliar a fazer boas escolhas, a sermos pessoas de bem e evoluirmos, e assim construirmos o reino de Deus em nosso coração.
g) Meus pais adoram interferir nos filmes que assisto e nos jogos que eu gosto de jogar, pois eles não querem que eu assista filmes de terror e jogue games de violência. Eles estão certos?
Com essas atitudes os pais não querem que os filhos se envolvam em vibrações pesadas, que podem prejudicá-los, pois muitos ficam com medo e perdem o sono depois de assistir a filmes violentos e de terror. Os pais também, muitas vezes, não têm certeza que os filhos já saibam separar a ficção da realidade e temem que cresçam achando que dar tiros e matar seja normal e divertido.
h) Ontem quebrei um vaso de minha mãe, mas ela não viu e achou que foi o meu irmão, que ficou de castigo por conta do vaso quebrado. O que devo fazer?
Contar a verdade, assumir o erro, pedir desculpas pelo ocorrido. Não é justo, nem correto que outra pessoa pague pelos nossos erros.
i) Às vezes acho minha família muito chata! Sempre acho que a família dos meus amigos é melhor. Por que isso acontece?
Às vezes as famílias têm problemas de relacionamento. Se os pais proíbem algumas coisas e colocam limites é porque amam seus filhos e querem o melhor para eles. É um erro achar que a família dos amigos nunca tem problemas, pois quando visitamos um amigo podemos não perceber a realidade do convívio naquele lar. Se nos esforçarmos para viver sem brigas e sem reclamações vamos achar nossa família bem mais legal. Escolhemos a família que melhores condições nos oferece de aprendermos aquilo que necessitamos nesta reencarnação.
Quinto momento: conclusão - devemos viver no grupo familiar, respeitando as individualidades, os direitos de cada pessoa e observando, acima de tudo, a responsabilidade que nos cabe para harmonia e alegria familiar. Todos somos irmãos, constituindo uma só família, perante o Senhor; mas, até alcançarmos a fraternidade suprema, estagiaremos, através de grupos diversos, de aprendizado em aprendizado, de reencarnação em reencarnação até aprendermos a amar a humanidade inteira, assim como Jesus, que nos ama a todos. Começamos a aprender a amar na família, junto a esses Espíritos que estão conosco para aprender, assim como nós.
Sexto momento: momento do Evangelho (leitura de um trecho pequeno, uma linha ou parágrafo de O Evangelho segundo o Espiritismo) e prece de encerramento. Sugestão: cap. XIV, item 9.
Fonte: O Livro dos Espíritos
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