Diga não aos preconceitos

         Prece Inicial

         Primeiro momento: contar a história (vide abaixo) AS MAÇÃS, do livro. A Vida Ensinou, de Maria Ida Bachega Bolçone, EME Editora. Podem ser utilizadas, para encenação, bonecas ou fantoches de raças diferentes (uma branca e uma negra), conforme relata a narração. Também é interessante usar duas maçãs, uma vermelha e outra verde que serão cortadas ao meio pelo evangelizador durante a narração. Ao final da história, permitir que as crianças comparem as bonecas, mostrando que a diferença entre elas é apenas a cor.

      


         Segundo momento: conversar com os evangelizandos acerca dos diversos tipos de preconceito:
         Raça (somos todos iguais, ninguém é melhor do que ninguém);
         Situação econômica (valorização das pessoas, independente dos bens materiais que elas possuam);
         Profissional (todas as profissões são importantes);
         Religião (respeitar a religião que cada um escolhe para si);
         Pessoas portadoras de necessidades especiais (deficiências físicas e mentais - espíritos corajosos, em aprendizado de amor).

         Lembrar às crianças que todos somos filhos de Deus e que Ele ama igualmente a todos; que não devemos julgar as pessoas pela sua profissão ou pelas suas posses terrenas; que todos somos iguais, possuímos um espírito imortal e estamos evoluindo; que o importante é termos amor no coração, respeitar as pessoas e fazer o bem. Explicar, também, conforme a Doutrina dos Espíritos nos elucida, por que motivo há diferentes religiões no mundo, diferenças econômicas, bem como por que algumas pessoas possuem deficiências físicas ou mentais, sempre em linguagem simples, de acordo com a idade das crianças. Perguntar, ao final, aos evangelizandos o que é ser um "homem de bem" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17).

         Terceiro momento: distribuir revistas a fim de que os evangelizandos recortem pessoas de diferentes raças, profissões, religiões (um bispo, um espírita conhecido), ricos, pobres, deficientes físicos. Distribuir, também, corações previamente desenhados, onde cada criança poderá escrever o seu nome ou o próprio evangelizador poderá levar os corações, já prontos, que serão utilizados para fazer o acabamento do cartaz.


         Quarto momento: montar um cartaz, colando os recortes de pessoas e colando em volta os corações, a fim de formar a figura de um grande coração. Escrever a frase: DEUS AMA A TODOS IGUALMENTE E DESEJA QUE SEJAMOS "HOMENS DE BEM."

         Clique para ver o resultado final.

         Quinto momento: distribuir um pedaço de maçã para cada evangelizando e fazer a prece de encerramento.

Prece de encerramento


Sugestão de texto para as crianças colarem no caderno:

Somos todos iguais

         Somos todos espíritos em evolução. Deus ama todos seus filhos igualmente, independente de qual religião escolhemos, ou se somos altos, baixos, gordos, magros, bonitos, feios, negros, brancos, ricos, pobres, com deficiência física ou mental. Devemos dizer "NÃO AOS PRECONCEITOS."



As maçãs

          


         Carolina era uma criança negra. Durante alguns anos ela foi minha amiga na escola. Era uma garota bastante inteligente e estudiosa. A maior dificuldade que encontrava era a rejeição por parte de alguns colegas. Carolina quase nunca era convidada para participar das brincadeiras na hora do recreio, e poucas crianças conversavam com ela.
         Um dia, vi Carolina chorando em um dos corredores da escola. Fui ao seu encontro. Entre soluços, ela contou o motivo de sua tristeza: tinha ouvido comentários de desprezo, relacionados à sua cor.
         Seu sofrimento tocou-me profundamente.
         Ao chegar em casa, durante o almoço, comentei com minha família o fato que acontecera com Carolina e disse que gostaria de ajuda-la, mas não sabia como.
         Mamãe pegou duas maças da fruteira e chamou nossa atenção para as cores. Depois, com uma faca, partiu-as ao meio e perguntou:
         - Como são por dentro?
         - Iguais. Respondemos em coro.
         - Pois bem, disse ela, na natureza existem substâncias chamadas pigmentos que dão cores aos frutos, às flores, e às outras partes da planta. Também os pigmentos dão cor aos animais e às pessoas.
         "O pigmento que dá cor à nossa pele chama-se melanina. As pessoas da raça branca têm menos melanina e as da raça negra têm mais.
         "Assim como estas duas maças são iguais por dentro, sem terem a mesma cor da casca, você e a Carolina também são idênticas, sendo diferentes apenas na cor da pele, isto é, na quantidade de melanina que possuem.
         "O que está acontecendo em sua classe é que as crianças estão manifestando o preconceito de cor, que há muito tempo existe no mundo.
         "Tenho certeza de que suas amigas agem dessa maneira com Carolina porque apenas estão repetindo um comportamento social, sem analisar se está certo ou não, se tem fundamento ou não.
         "As crianças não devem estar percebendo o sofrimento de Carolina"- concluiu mamãe.
         Refleti muito e procurei, nos dias seguintes, passar para meus colegas tudo aquilo que mamãe havia explicado.
         Aos poucos, Carolina foi sendo convidada a participar das brincadeiras. A triste barreira do preconceito foi se desfazendo e todos se tornaram seus amigos. Descobrimos que ela tinha uma voz muito bonita e nas festinhas gostávamos muito de ouvi-la cantar.

BOLÇONE, Maria Ida Bachega. A Vida Ensinou, EME Editora



         

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