No primeiro momento logo no primeiro questionamento, todas as crianças afirmaram que “Sim”. Perguntei se eles tinham certeza disso e eles disseram que “SIM”. Disse então que iríamos fazer um pequeno passeio, pedi para que todos dessem as mãos, formando assim uma pequena corrente. Que ao sair da sala, todos deveriam observar se não havia nenhum tipo de lixo jogado no chão. Se estivesse tudo limpo, a resposta deles estava correta, se encontrássemos algum tipo de lixo no chão, a resposta deles estaria equivocada. Saímos da sala e logo no pátio da casa espírita encontramos papeis jogados no chão, fomos até a frente da casa espírita e deparamos com muito lixo, inclusive com algumas árvores cortadas e jogadas no chão. Fomos dialogando e analisando quem deveria ter jogado aquelas coisas no chão. Seriam crianças? Seriam adultos? Analisávamos pelo tipo de embalagens que estavam jogadas. Questionei: - Será que por serem crianças, tinham o direito de jogar coisas no chão? Eles afirmaram que não. Participaram ativamente, relacionando fatos do seu dia-a-dia. Perguntei se sabiam o que acontecia com o lixo que algumas pessoas jogam no chão. Não souberam responder. Expliquei que quando chovia, a enxurrada levava para os bueiros e eles ficavam entupidos, inundando as ruas das cidades, sem falar que muitas dessas coisas vão para os rios, mares, etc., poluindo-os e matando alguns animais. Retornamos para sala e perguntei se ainda achavam que a natureza estava sendo bem cuidada.

          Todos afirmaram que NÃO. Prossegui com o restante das demais perguntas.

          Todos participaram ativamente.

          Neste momento surgiram alguns questionamentos que eu não havia programado, mas com certeza a espiritualidade sim.

          Perguntei para eles, pegando uma folha de sulfite da aula, se eles sabiam de onde vinha o papel. Uma evangelizanda disse que vinha do computador, outra disse que vinha da folha do caderno.

          Expliquei que vinha das árvores. Perguntei de onde vinha o lápis (madeira). Uma evangelizanda disse que vinha do mercado. Esclareci que parte dele também vinha da árvore. Perguntei de onde vinha a borracha escolar. Não souberam responder. Disse também que vinha da árvore. Perguntei então se usássemos bastante papel, lápis e borracha, o que tinham que fazer com as árvores. Não souberam responder. Disse que teríamos que cortar muitas árvores para fabricar mais. Perguntei de onde vinha o ar que respiramos. Não souberam responder. Disse que vinha das árvores. Perguntei: - Se não tiver mais árvores para produzir o ar que respiramos o que vai acontecer conosco? Responderam que ficariam tristes. Pedi para fecharem a boca e tapar o nariz com as mãos por alguns segundos, quando soltaram o nariz, perguntei por que soltaram. Responderam que queriam respirar. Disse então que se ficamos sem ar, morremos.

          Disse para eles, que tem pessoas que deixam a luz ligada quando não tem ninguém no local e isso é desperdício de energia. Que tem pessoas que deixam a televisão ligada quando não tem ninguém assistindo e que isso também é desperdício de energia.

          Falamos sobre o desperdiço de água, de pessoas que em vez de varrer a calçada, lavam a frente da casa usando a mangueira com água, desperdiçando assim muita água. Expliquei que a água é fonte de vida e necessitávamos muito dela para viver. Pedi para que dessem exemplos de utilização da água e citaram vários.

          Esclareci que grande parte de nossa energia vem da água e que, portanto era fundamental, usar somente o necessário, fazendo o possível para economizá-la.

          Perguntei: - Quem gosta de chiclete? Todos levantaram as mãos. Perguntei o que ele fazia com os dentes. Responderam: - Fazem cáries. Perguntei o que acontecia quando alguém ao chupar chiclete, joga ele no chão. Ninguém soube responder. Perguntei então se os chicletes eram coloridos. Todos disseram que sim. Perguntei se todos os chicletes tinham cheiro bom. Todos afirmaram que sim.

          Encenei um passarinho voando e sentindo no ar o cheirinho gostoso do chiclete e ele observa que vinha de algo colorido no chão. Pousa e pega o chiclete com o bico, este por sua vez fica com o biquinho grudado, tenta soltar o chiclete, mas não consegue e depois de muitas tentativas morre! No começo da encenação, acharam engraçado quando o pássaro sente o cheiro e vê algo colorido no chão, mas no final, ficaram todos calados e muito sérios.

          Trabalhamos os restantes dos questionamentos do momento e todos se envolveram muito, de tal forma que tive que dividir esta aula em duas.

          Na primeira parte da aula trabalhamos até o terceiro momento, ficando os outros momentos para o próximo dia de aula. Na segunda parte da aula, pergunte se lembravam do que havíamos conversado na aula anterior. Foram muitas as lembranças e contribuições.

          No segundo momento usei a palavra “amiguinhos”, se o evangelizador quiser e achar que a turma tem entendimento poderá usar a palavra “irmãozinhos”.

          Coloquei todos os desenhos juntos e pedi que um a um fosse escolhendo os amiguinhos do reino animal para colocarmos em lugar separado. Depois os do reino vegetal e por último os minerais. Sempre nessa ordem, facilitando a separação (tipo eliminação, sobrando os minerais, assim entenderiam melhor minhas explicações). Quando selecionavam errado, eu dizia que tinha algo que não estava correto, dava alguma dica e então observavam e corrigiam.

          Para representar os minerais não levei figuras, levei: pedras, areia, um cano de plástico, uma peça de ferro e um copo com água, que no final pedi para que jogassem em um pé de árvore que fica no pátio do centro.

          Obs.: o desenho da casa e da cachoeira não participaram nesse momento. Coloquei-os somente no sexto momento.

          No terceiro momento foi uma festa, todos queriam adivinhar antes dos outros os sons que emitia. Comecei pelos animais, mar... Depois comecei a assoprar e todos responderam: vento... Por ultimo o barulho da moto-serra (tive que assistir a um vídeo com o barulho de uma moto-serra), mesmo assim nunca iriam acertar, minha moto serra mais se parecia com as coisas que eles citaram do que ela própria: trator, avião, metralhadora, moto, caminhão...

          Tive que revelar o que era para encerrar a brincadeira.

          No quarto momento convidei-os para sentarmos no chão e iniciei a história perguntando: É o fim do Mundo? Será que nosso mundo vai mesmo acabar? Alguns disseram que sim, outros disseram que não, questionei as respostas, após escutar a todos, fui perguntando sobre os animais que faziam parte da história. Como eram eles fisicamente, todos participaram e logo em seguida comecei a contar a história, todos ouviram atentamente e até contribuíram com algum aprendizado da aula até então.

          Quando terminei de contar a história, perguntei se alguém ainda achava que o mundo iria acabar. Todos foram unânimes em dizer que NÃO, não iria acabar. Perguntei então o que deveria ser feito? Responderam: - Devemos cuidar; citando vários exemplos.

          No quinto momento expliquei o proposto da atividade e fechei os olhos, pedindo para que fizessem o mesmo, começamos o passeio, no começo só eu falava, em seguida comecei a perguntar alguma coisa relacionada ao que estava descrevendo, aos poucos cada um foi dando sua contribuição. Comecei a observar que estavam realmente evolvidos, uma hora muito calados, outra hora muito participativos. Arrisquei abrir os olhos e para a minha surpresa, TODOS estavam de olhos bem abertos, focalizados em mim. Não liguei, fechei novamente meus olhos e continuamos a viagem. No final enveredamos por uma pequena trilha e chegamos em uma linda casinha, perguntei quem será que morava lá? Disseram: - Os anões. Perguntei: - Porque será que eles moram na floresta. Um evangelizando disse que eles trabalhavam na mina. Complementei dizendo que eles moravam na floresta para também cuidar dela.

          Eles AMARAM esta atividade, o envolvimento, a empolgação e as contribuições foram muitas.

          No sexto momento as figuras foram disputadíssimas para serem pintadas. Quando terminavam de pintar alguma figura e me mostravam, eu dizia que havia visto aquele bichinho, florzinha... exatamente daquele jeito, perguntava se eles sabiam aonde e eu respondia que foi no passeio que fizemos. Dali a pouco quando terminavam de pintar outra, diziam o mesmo. Ah, durante a pintura cantamos também a musica: “Amor a Deus”.