O amor de Deus

          O amor divino se expressa em todo o Universo.

          Sua presença está na leve brisa que acaricia as pétalas de uma flor, e nos vendavais que agitam ondas imensas nos oceanos.

          Está no tênue sussurro da criança e também nas estrondosas explosões solares.

          Está presente na luz singela do vaga-lume, que quebra a escuridão das noites silenciosas do sertão, e nas estrelas de primeira grandeza, engastadas na imensidão dos espaços siderais.

          O amor divino está na florzinha singela, que espalha aroma em pequenos canteiros, e nas miríades de mundos que enfeitam galáxias nos jardins dos céus...

          Os passarinhos que saltitam nos prados, cantam nos ramos e alimentam seus filhotes, dão mostras do amor de Deus.

          As ondas agitadas que arrebentam nas praias, tanto quanto o filete de água cristalina que canta por entre as rochas, falam do amor de Deus.

          A fera que ruge na selva e os astros que giram na amplidão enaltecem o amor divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas no universo infinito.

          No andar pesado do elefante e no vôo leve e gracioso do beija-flor, expressa-se o amor de Deus.

          Da ferocidade da leoa em busca do alimento, à dedicação do pingüim chocando os ovos, percebe-se o amor divino.

          Da leviandade do chupim, que bota seus ovos em ninho alheio, à operosidade e engenharia do joão-de-barro, notamos a presença do amor de Deus.

          Nos insetos nocivos tanto quanto no exemplo de trabalho comunitário das abelhas, cupins e formigas, percebemos o amor divino.

          No instinto de sobrevivência de homens, animais e plantas, está presente o amor de Deus.

          Na minúscula semente que traz no íntimo o código genético de sua espécie, está contemplado o amor do Criador.

          A destreza instintiva do pássaro tecelão, a graciosidade da borboleta, a habilidade inconteste dos reflorestadores alados, falam do amor de Deus.

          A criança que sorri, inocente e feliz no regaço materno, e a que chora triste, sem rumo e sem lar, são a presença do Criador no mundo, com acenos de esperança.

          O homem sábio, que emprega seus conhecimentos nos serviços do bem, e aquele que se enobrece no trabalho rude da lavoura, apresentam o amor de Deus, elevando a vida.

          Até mesmo nas tempestades que destroem nossas flores de ilusão, vemos o convite do Criador para que plantemos em solo firme de felicidade perene.

          O ar que respiramos é dádiva do amor celeste...

          O amor que trazemos na alma, é herança do Criador da vida...

          A esperança que alimentamos é ânfora de luz nutrindo a vida com a chama do amor de Deus.

          Por fim, não há espaço algum no universo, onde não pulse o amor de Deus.

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          Na inquietude dos delinqüentes, o amor divino se faz atento...

          Na dor dos aflitos, o amor de Deus é afago...

          Na inocência da criança, o amor divino se mostra...

          Na mansuetude dos sábios, o amor de Deus é quietude.

          Na harmonia do universo, o amor do Criador repousa...

          No coração de quem ama, o amor de Deus se realiza.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita. www.momento.com.br.