15 - Bem-aventurados os Pobres de Espírito: Humildade – cap. VII

         1º momento: música e prece inicial. Sugestões de músicas, no link Músicas.

         2º momento: história.

         Vocês lembram da dona Laura, aquela vovozinha que tem dificuldades financeiras e que o Miguel e o Seu Henrique ajudam? O Miguel adorava escutar as histórias que ela contava sobre o tempo que ela era criança, quando morava no interior, e de vez em quando ele ia passear na casa dela para escutar essas histórias.

         Naquela tarde de sábado Miguel cortou um pedaço do bolo que a Vovó Beta tinha feito e foi levar para a dona Laura, com a intenção de ouvi-la contar as histórias da sua infância. Miguel chegou devagar e quando chegou na varanda da casa percebeu que a dona Laura estava fazendo uma prece e ficou escutando as suas palavras: - Obrigada meu Deus pela casa que tenho, pelo alimento que sacia a minha fome, pela família que tive a oportunidade de conviver, e pelos vizinhos que posso chamar de amigos e que tanto me ajudam. Obrigada pela minha vida e por tudo de bom que tenho.

         Miguel ouviu tudo e ficou pensando que ela tinha apenas o estritamente necessário e no quanto era feliz. Assim que percebeu que a dona Laura tinha terminado a sua prece, Miguel entrou e os dois, como de costume, ficaram conversando sobre os tempos antigos.

         Passado o final de semana, Miguel chegou segunda-feira na escola e percebeu que havia um grupo de colegas conversando, era Orlandinho, Julio, Juca, Mariana e Bruna.

         Julio estava contando muito feliz que o primo dele, Bernardo, de outra cidade veio passar o final de semana na sua casa e lhe trouxe tênis:

         - Olhem que bonito o tênis que ganhei do meu primo. Além do tênis o Bê me trouxe um monte de roupa bonita, moletons, calça jeans....

         O Orlandinho olhou para ele com olhar de superioridade e disse:

         - Mas esse teu tênis não parece novo.

         Julio respondeu:

         - Ele não é novo da loja, mas está em ótimo estado, era do meu primo e ele me deu com carinho.

         - Bonito mesmo é o meu, o meu pai o comprou na loja, pagou caro. Tenho certeza que você gostaria de ter um igualzinho. Falou Orlandinho.

         - É muito bonito o seu tênis, mas eu gosto do meu, afinal é o que minha família pode me proporcionar. Replicou Julio.

         As outras crianças do grupo ficaram espantadas com a forma de agir de Orlandinho, o qual parecia claramente estar tentando humilhar o colega que não tinha tantas condições financeiras, e ao mesmo tempo ficaram admirados com a humildade de Julio que em nenhum momento negou que o tênis era usado, pelo contrário reafirmava que o tênis e as outras roupas que o primo lhe deu eram usadas, mas que foram doadas com carinho.

         Miguel se lembrou da cena que viu no sábado, quando a dona Laura, uma pessoa com poucos recursos, mas que agradecia por tudo que Deus lhe havia concedido. Inspirado Miguel falou:

         - Julio o seu tênis é muito bonito, você tem razão, deve ser grato ao teu primo e a tua tia por eles terem te dado o tênis e as roupas, e a Deus por ter colocado pessoas generosas no teu caminho.

         Nesses mesmo instante as outras crianças começaram a contar sobre as roupas e calçados que ganham dos primos ou dos irmãos mais velhos, de um modo que demonstrava gratidão e humildade de contar para os outros que nem todas as roupas que eles usavam era novas.

         Miguel percebeu o quanto as pessoas que eram gratas pelo que têm e não procuravam aparentar o que não são, eram mais felizes, tal como a dona Laura e o Julio, os quais não tinham muitas condições financeiras, mas eram agradecidos pelo que tinham e não tinham vergonha das condições que tinham.

         Do contrário, Orlando demonstrava um tom orgulhoso, tentando parecer o que não era, e com raiva nos olhos, o que transparecia um certo ar de tristeza e vazio.

         Ser humilde nem sempre é fácil, porque precisamos entrar pela “porta estreita”. Ser orgulhoso e tentar aparentar o que não somos na frente dos outros às vezes é mais fácil, é a “porta larga”, mas no futuro traz conseqüências nefastas para a nossa existência.

         3º momento: vivência.
         A porta estreita e porta larga. A porta estreita será um túnel com dificuldade para entrar, mas ao final guarda uma linda paisagem que recompensará quem a escolheu. A porta larga será um caminho fácil com algumas balas e que no final terá uma paisagem não muito agradável. Chamar os evangelizandos de dois em dois para fazer o caminho. Depois que todos fizerem a vivência, perguntar o que sentiram e o que compensou mais ao final da jornada.

         4º momento: momento do evangelho (leitura de um trecho pequeno, uma linha ou parágrafo de O Evangelho segundo o Espiritismo, com música instrumental ao fundo) e prece de encerramento. Preferencialmente uma parte do Evangelho referente ao tema estudado.




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