Parábola do Bom Samaritano

          Certo dia, um homem descia da cidade de Jerusalém para outra cidade, Jericó. A estrada era cheia de curvas. Nela havia muitos penhascos, precipícios, e também grutas onde era comum se esconderem ladrões, que naquele tempo eram muitos e perigosos. Adivinhem o que aconteceu? Pois aquele pobre viajante foi assaltado pelos ladrões. E eles foram muito violentos, além de roubarem tudo o que o pobre homem trazia, ainda bateram tanto nele que ele ficou caído, quase morto no caminho. Logo depois do assalto, passou por aquele mesmo lugar um sacerdote judeu, homem que ensinava sobre religião e Deus, pregando, fazendo palestras no Templo. Ele vinha de Jerusalém, e estava indo para Jericó. Viu o pobre viajante caído na estrada, ferido, meio morto. Vocês acham que ele parou pra ajudar? Jesus disse na história que ele não parou para socorrer. Apesar dos seus conhecimentos da Lei de Deus não teve compaixão do pobre ferido, abandonado no chão da estrada e continuou sua viagem, descendo a montanha, indiferente aos sofrimentos do infeliz. Pouco tempo depois, passa também pelo mesmo lugar um levita. Os levitas eram auxiliares do culto religioso do Templo, ajudavam os sacerdotes. Será que ele parou? Esse levita, também conhecia a Lei de Deus, mas fez o mesmo que o sacerdote, pois na sua alma não havia bondade. Viu o ferido e passou reto. Em seguida eis que outra pessoa passa pelo mesmo lugar. Era um samaritano, que também vinha de Jerusalém. Os samaritanos não eram bem vistos pelos outros povos da época, eram odiados pelos judeus porque discordavam em algumas questões religiosas. Esse samaritano viu o homem caído na estrada e o que será que ele fez? Ele aproximou-se do pobre homem caído, olhou de perto e viu que estava ferido, com as roupas rasgadas e se encheu de grande compaixão. Imediatamente, ele retirou do seu saco de viagem duas pequenas vasilhas. Uma com vinho, outra, de azeite e ele desinfetou as feridas do pobre homem, aliviou as dores, e fez curativos. Em seguida levantou o desconhecido e o colocou sobre o lombo do seu animal e levou para uma hospedaria que ficava ali perto. Cuidou dele durante toda a noite, com muito carinho. Na manhã seguinte, tinha que continuar sua viagem, chamou o dono do pequeno hotel, entregou-lhe dois denários (uma moeda romana, no tempo de Jesus, equivalia a um dia de salário) e pediu que cuidasse bem do pobre ferido. Disse também que caso gastasse além daquele dinheiro, ele iria pagar o restante na volta.