O Homem na sociedade II

Nesta aula você encontrará várias sugestões para trabalhar o tema proposto

         Objetivos da aula: subentende-se que a sociedade é a extensão da família, assim deduz-se que tudo que se aprende no lar, será aplicado na sociedade ou demais lugares.

         É na família que se consolida os princípios fundamentais para um bom relacionamento, seja na própria família, na sociedade, em toda parte. A família é a base, o alicerce para a construção de um mundo melhor, mas, para isso, todos devem estar suscetíveis a uma reconstrução pessoal.

         Nesta aula, a proposta é fazer uma autoanálise, proporcionando um autoconhecimento por parte de todos para renovação de atitudes e burilamento das virtudes.

         O evangelizador poderá também, fazer uma pesquisa com algumas pessoas de seu relacionamento para saber quais imperfeições humanas mais afligem essas pessoas em seus relacionamentos e os que não foram tratados nesta aula, poderá agregá-los a este estudo, como contribuição para futuras aulas.

         Prece inicial

         Primeiro momento: iniciar a aula dizendo: Hoje nossa aula será muito GOSTOOOSA, vamos iniciá-la, saboreando alguns tipos de bombons, quero saber a opinião de cada um sobre os sabores que experimentarem, pois vamos falar sobre isso durante a aula. Explicar acerca da dinâmica: “Desejo em Dobro”. O evangelizador deverá trazer para sala de aula uma caixa com vários tipos de bombons, estes deverão ser diversificados em tamanho, qualidade e sabor e mostrar seu conteúdo aos evangelizandos, sendo que de cada bombom deverá ter três iguais. Pedir aos evangelizandos que se organizem em duplas prometendo conceder a ambos qualquer bombom que escolherem, sob a condição de que aquele que escolher primeiro, receberá o que pediu, e o companheiro receberá o mesmo, só que em dobro. Antes de iniciar as escolhas dos bombons, pedir para que as duplas se organizem em fila para iniciarem os pedidos. O evangelizador não deverá interferir na organização da fila, só em última circunstancia. Assim, se isso for necessário, deverá dizer para entrarem em acordo, caso contrário iniciará a aula sem a brincadeira.

         Se quiser, poderá usar como recurso, a frase: “Os últimos serão os primeiros”. A dupla que demorar para fazer o pedido, deverá ir para o final da fila.

         O evangelizador deve estar atento às atitudes para comentários posteriores. Poderá se apresentar nesse momento alguns dos temas que iremos tratar logo abaixo, no terceiro momento.

         Segundo momento: reflexão das atitudes apresentadas pelos evangelizandos durante a dinâmica, concluindo: Pior que cobiçar o que o outro tem, é desejar que o outro não tenha o que lhe é de direito. O melhor caminho é focalizar-se em seu objetivo. É a tomada de decisão por estabelecer um objetivo e persegui-lo, até alcançá-lo, esforçando-se sem cessar e sem prejudicar ninguém.

         Mas nunca é demais reafirmar: os bens materiais não são as coisas mais importantes na nossa jornada terrestre. Nem tudo que desejamos possuir somos merecedores, ou estamos preparados para ter. Muitas das nossas ambições materiais poderão nos precipitar a enormes abismos, dificílimos de sair. Contentar-se com aquilo que temos é esforço no treinamento de valorizar adequadamente o que antes desperdiçamos. Onde há boa vontade e interesse por um contentamento comunitário, há de haver harmonia.

         Terceiro momento: conversar a partir de alguns temas que dificultam o bom relacionamento com nosso semelhante.

         Se observarmos o ser humano, veremos um universo em funcionamento, um microcosmo. Cada órgão de nosso corpo funciona de forma autônoma, mas interdependente dos demais. Se, por qualquer motivo, um órgão sofre algum mal, afetará também os outros órgãos, comprometendo o funcionamento do todo. Mesmo que agentes imunológicos tentem resolver o problema, se não forem fortes o suficiente, pouco a pouco todo o sistema orgânico do indivíduo sucumbirá.

         Podemos perceber o mesmo processo dentro do universo no qual o homem está inserido - a sociedade humana - numa escala de tempo e consequências proporcionais, com suas atitudes sendo agentes ativos da qualidade da própria vida e da vida dos outros, e, consequentemente, de suas relações. O que vamos aprender nesse momento, poderá não ser muito, perante os diversos temas que aqui ainda não estão inseridos, mas se cada um se autoavaliar e a mudar algumas de suas atitudes errôneas, a partir do entendimento de algumas imperfeições, com certeza já estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais harmônica e feliz. Atenção e empenho devem estar redobrados para melhor absorção e aplicação dos ensinamentos, e nossas atitudes é que irão demonstrar isso.

         Entregar para cada evangelizador um número de 01 a 10 e pedir para cada um, de acordo com a numeração, faça uma explicação sobre o seu tema. Após cada explanação, o evangelizador deverá complementar com os comentários respectivos aos temas.

         Clique aqui para ver sugestões de temas.

         Quarto momento: entregar aos evangelizandos lápis e papel para que escreva dentre os temas acima mencionados, ou até mesmo outros: Qual ou quais mais lhes incomodam nas pessoas? Qual características mais apreciam nos outros? Quais atitudes eles acham que os outros não gostam neles? Dizer que não precisam escrever seus nomes.

         Clique aqui para ver sugestão de questionamento que deverá ser feita aos evangelizandos, neste momento.

         Quinto momento: analisar, conversando sobre os tópicos:

          Só podemos reconhecer o que já conhecemos, ou seja, o que já existe dentro de nós mesmos. Por isso, irritamo-nos perante certas atitudes das pessoas, reconhecendo nelas nossas próprias atitudes. Daí, a importância do autoconhecimento. De qualquer ângulo que observemos, para que nosso olhar seja fidedigno, precisamos saber quem somos, pois somente assim poderemos nos aperfeiçoar.

          Precisamos antes de qualquer coisa “conhecermos a nós mesmo”. Se não nos conhecemos como progredir? Como nos transformar? Para mudarmos precisamos saber onde estamos e para onde queremos ir. E caminhar em sintonia com o nosso sentido de vida faz toda a diferença! Nossa sugestão é de reconstrução. Reconstrução de nós mesmos e para isso devemos tomar conhecimento de que para tudo ser construído, deve-se primeiramente construir uma “base”, um alicerce resistente e consistente, pois sua construção, resultará em resultados bons ou ruins. Qual será o material apropriado para essa base?

          Os Espíritos amigos sempre mostram disposição em nos auxiliar, mas é preciso que, pelo menos, lhes ofereçamos uma base: disposição, perseverança, esforço... Muitos ficam na expectativa do socorro do alto, mas não querem nada com o esforço de renovação; querem que os Espíritos se intrometam na sua vida e resolvam seus problemas... Jesus Cristo, quando veio à Terra, ensinou o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmos.”

          Exigimos muito das pessoas e muito pouco de nós, mas lembremos: “Ninguém pode dar o que não tem”.

          Jesus, em sua passagem pela Terra, não tinha sequer um travesseiro para repousar sua cabeça nas horas de cansaço, mas tinha todos os tesouros da alma. Dentro de si, havia somente virtudes, por esse motivo observava somente o lado bom das pessoas.

          Nossos olhos são seletivos, focalizamos o que queremos ver e deixamos de ver o restante. Escolha, então, focalizar o lado melhor, mais bonito, mais vibrante, das coisas, das pessoas, assim como um girassol escolhe sempre estar virado para o sol! Nossa atitude deve ser a de uma antena que tenta, ao máximo, pegar o lado bom da vida, das pessoas. Na natureza, nós temos uma antena que é assim: o girassol. O girassol se volta para onde o sol estiver. Mesmo que o sol esteja escondido atrás de uma nuvem. Nós temos de aprender a realçar o que de bom recebemos, mas também o que de ruim recebemos, porque “O mal é o bem mal compreendido”.

          O maior desafio da humanidade é saber conviver com as diferenças do nosso próximo, seja em gosto, crença, ponto de vista...Importante saber respeitar a individualidade de cada um, entendendo que cada ser se encontra em um degrau da escala evolutiva.

          O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.

          O mundo nos devolve tudo o que damos para ele, então vamos prestar atenção no que estamos dando para ele. Se algumas pessoas não corresponderem positivamente, não deixe que as atitudes dessas pessoas determinem as suas. Persevere sempre nas boas atitudes!

          Ao ajudar nosso próximo, auxiliando-o em suas necessidades, atraímos para nós a ajuda dos bons Espíritos, mas só angariamos “méritos” quando modificamos nossas atitudes para melhor, visto que só conquistamos alguns, quando vencemos nossos pontos fracos.

          Todos desejam a paz, uma sociedade mais justa... Mas qual será a contribuição que estamos dando para que a paz e a justiça se realizem? Pensemos nisso!

         Sexto momento - teatro: Renovando Atitudes.

         Sétimo momento: reescrever as atitudes adequadas dos personagens da peça teatral Renovando Atitudes, dando oportunidade para outros evangelizandos fazerem a nova apresentação.

         Obs.: após reencenação da primeira peça, pode-se escrever outras peças, enfatizando a renovação de atitudes em outras situações do dia-a-dia, noutros seguimentos da vida.

         Clique aqui para ver sugestão de questionamentos ao término do teatro.

         Prece de encerramento

         Sugestão: terceiro ciclo e juventude I.

         Contribuição enviada pela evangelizadora Sandra Ramos Medeiros, do CEFAC – Centro Espírita Fé, Amor e Caridade, da cidade de Campo Grande/MS.




                  

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