Aula 36 - Amor ao Próximo

         Objetivos específicos: esclarecer quem é o nosso próximo e que Deus criou o nosso próximo; realçar a importância de desenvolvermos o respeito e o amor pelo nosso próximo.

         Música de acolhida

Boa tarde crianças do meu coração
Vocês estão na Evangelização!
Chegou a hora de brilhar a luz
Vamos estudar o evangelho de Jesus!


         1º momento: prece inicial.

         Vamos cantar mais um pouquinho?

      Deus
(Música extraída do Movimento Espírita do Estado do RS)

Nas conchinhas lá do mar
Nas estrelinhas do céu
No universo infinito
E comigo Deus está

Quem quiser pode escutá-Lo
No cantar de um sabiá
No sussurro lá do vento
No chuá das ondas do mar

Churuá, churuá...
Churuá, churuá...



         Momento das novidades: enquanto o(s) evangelizador(es) organiza(m) o material de contação, os evangelizadores conversam sobre a semana.

         2º momento: história.

         Lembram que Deus criou o planeta Terra lá no Universo, e entregou para Jesus cuidar? Jesus encarnou, cresceu e foi dando muitos exemplos de bondade e de amor e depois de cumprir sua missão aqui na Terra, ele desencarnou e voltou lá para o Mundo Espiritual. (mostrar perispírito de Jesus).

         Agora Jesus continua nos cuidando lá do Mundo Espiritual... Mas Ele nos deixou muitas lições importantes, uma delas é a de amar e respeitar o nosso próximo, vocês sabem quem é o nosso próximo? O nosso próximo é a nossa família, a nossa professora, os nossos coleguinhas, o motorista de ônibus, o varredor de rua, o lixeiro, o vendedor de sorvete, os nossos vizinhos. O próximo é o nosso semelhante, a pessoa que se encontra mais perto de nós. Todas as pessoas foram criadas por Deus, portanto são o nosso próximo. A profe é o nosso próximo? Os coleguinhas são o nosso próximo? Simmmm... Quem criou o nosso próximo? Deus.

         Vocês lembram do Gilberto, aquele menino que não sabia quais eram as palavras mágicas, agora acho que ele sabe né? Eu fiquei sabendo que ele ganhou um bolo muito gostoso... Quem sabe dizer para a prof quais são as palavras mágicas? Será que é Abracadabra, Salabim!! Nãoooo!! As palavras são: com licença, por favor, desculpe, muito obrigado.

         O Gilberto tem uma priminha chamada Rebeca, ela é filha da tia Paula, aquela que fez aquele bolo gostoso lembram? Pois é a Rebeca adora histórias, ela ainda não aprendeu a ler, mas gosta muito de escutar a sua mãe contando histórias, ela tem muitos livros e cada noite pede para sua mãe ler uma história para ela. E naquele dia ela foi até sua estante, onde guarda seus livrinhos, pegou um e entregou para sua mãe ler, deitou-se na cama e se acomodou no travesseiro fofinho.

         E sabem qual história era? A história dos Três porquinhos, vocês já conhecem? Será? Vamos ver...

         Paula, a mãe de Rebeca abriu o livrinho e começou a contar: Era uma vez...

         Será que o lobo é mau?
         Era uma vez três porquinhos chamados, Juca, Pipo e Lilo, eles já eram porquinhos adultos e resolveram cada um construir a sua própria casa, que seria o lar de sua família, no futuro.

         Juca construiu uma casa de palha e assim que terminou foi dormir, que é o que ele mais gosta de fazer. E Juca pretende dormir bastante, agora que não tem sua mãe por perto para lhe alertar sobre a preguiça.

         Pipo é um pouco mais organizado e resolveu fazer sua casa de madeira e galhos de árvores, para suportar ventos e chuvas. Assim que terminou a casa foi descansar, pois estava muito cansado.

         O porquinho Lilo trabalhou por várias semanas para construir uma casa forte, com um bom alicerce, paredes de tijolos e janelas e portas com fechaduras, tudo muito seguro. Sua nova casa é bonita e segura como seu antigo lar e Lilo, quando terminou de construí-la convidou sua mãe para lhe fazer uma visita.

         Perto de onde foram morar Juca, Pipo e Lilo mora um lobo, que eles pensavam que era mau. Mas estavam enganados, pois o lobo já estava idoso, tinha orelhas e nariz muito grandes e apesar da aparência de mau era, na verdade, um lobo bom, quieto e sem muitos amigos.

         Tudo ia muito bem, até que chegou a primavera, a mais bela das estações. Qual o problema? O problema é que Zoé, esse é o nome do lobo, é alérgico a pólen de flores. Ele costuma espirrar muito, tossir sem parar, ficar com os olhos vermelhos e ter coceiras no nariz e, às vezes, coçar todo o corpo sem conseguir parar.

         Aos primeiros sinais da alergia, Zoé foi ao médico, Sr. Orestes, que lhe tratava há muitos anos. Na volta para casa, passou na farmácia, que estava lotada, e comprou o remédio.

         Espirrou por todo o trajeto, seu nariz estava vermelho como um pimentão e seu corpo todo coçava. Quem o observou pelo caminho achou o lobo muito esquisito: parecia muito feio e bravo, principalmente quando tossia e se coçava sem parar.

         Chegando em casa, o lobo imediatamente pegou um copo d’água e o remédio para tomar. Pegou a caixa e logo percebeu que haviam lhe dado o remédio errado na farmácia. O remédio de Zoé para alergia foi trocado por outro parecido, porém para dor de barriga.

         Entre espirros, tossidas e coceiras, o lobo resolveu pedir ajuda aos porquinhos, seus novos vizinhos, pois se tivesse que ir até a farmácia iria piorar muito, pois o caminho era cheio de flores nesta época.

         Quando chegou na casa de Juca para perguntar se ele poderia destrocar o remédio, Zoé bateu na porta e enquanto aguardava que o porquinho atendesse, sentiu uma enorme vontade de espirrar e deu um enorme espirro, e mais outro, e outro e outro... Quando conseguiu parar de espirrar viu que havia derrubado a frágil casinha do porquinho.

         O lobo não conseguiu sequer pedi desculpas ao porquinho, muito menos explicar que precisava de ajuda, pois Juca fugiu apavorado e foi se esconder na casa de seu irmão Pipo.

         Como continuava se sentindo muito mal, tossindo e espirrando, mas certo de que tomaria mais cuidado para não derrubar a casa do próximo vizinho, o lobo foi até onde morava Pipo.

         Zoé chegou perto e chamou pelo vizinho. Como sua voz estava fraca e ele espirrava e tossia muito, o lobo imaginou que ninguém tinha conseguido ouvi-lo. Chegou mais perto e, antes que conseguisse bater na porta para pedir ajuda, começou a tossir muito, pois parecia que alguém passava uma peninha em sua garganta. Tossiu alto, muitas vezes e muito forte, para ver se a peninha parava de incomodar. Quando conseguiu parar, notou que a casa do vizinho estava demolida, e que os dois porquinhos corriam de medo dele.

         O lobo ficou muito chateado pelo que aconteceu, mas decidiu ir até a casa do porquinho Lilo, não apenas para que eles lhe ajudassem a trocar o remédio, mas para pedir desculpas e avisar que assim que melhorasse alergia iria ajudar a reconstruir as casas dos dois porquinhos.

         Chegando na casa de Lilo, bateu na porta e esperou. Enquanto esperava, espirrou um pouco e coçou o nariz, que ficou mais vermelho ainda. Como ninguém atendeu, bateu de novo. Depois de algum tempo, apareceu na janela Lilo, que gritou:

         - Vá embora, seu lobo. Esta casa você não vai conseguir derrubar! Estamos seguros aqui, e não seremos seu jantar!

         O lobo explicou então que era apenas um velho lobo doente que precisava de alguém que fosse até a farmácia destrocar o seu remédio da alergia.

         - Por favor, não consigo parar de espirrar e tossir. Meu nariz coça muito e meus olhos estão vermelhos de tanto coçar. Preciso de ajuda! Se eu tiver que ir até a farmácia, ficarei pior.

         Os porquinhos ficaram desconfiados e não abriram a porta. O velho lobo pediu mais uma vez, enquanto tossia e espirrava:

         - Por favor, eu tenho alergia na primavera, preciso do remédio...

         Os porquinhos observaram o lobo por alguns instantes e puderam perceber que ele parecia furioso e espirrava e tossia sem parar.

         Lilo lembrou aos irmãos que não devemos julgar os outros pela aparência.

         Então pensaram bem e resolveram deixar o lobo entrar e ouvir melhor o que ele tinha a dizer.

         O lobo agradeceu e contou que tinha essa alergia na primavera desde criança e que precisava de ajuda, pois não podia ficar sem o remédio.

         Os porquinhos perceberam que o lobo não era mau como pensavam e, apesar do aspecto esquisito, parecia ser muito legal.

         Pipo, então, foi rapidamente até a farmácia e trouxe o remédio certo para Zoé. O lobo tomou o remédio e logo começou a se sentir melhor. Ele agradeceu muito a ajuda, pediu desculpas pelo susto que deu nos porquinhos e prometeu ajudar a reconstruir as casas deles.

         Todos riram muito quando ele contou que seu apelido quando criança era ATCHIM, como o anãozinho da Branca de Neve.

         Lilo serviu suco de frutas para todos e eles se sentaram na biblioteca, longe do pólen das flores, para conversar, começando ali uma grande amizade.

         Os porquinhos sempre contam essa história aos seus filhos para que eles percebam que não devemos julgar alguém pela sua aparência física, pois podemos nos enganar sobre a pessoa e deixar de conhecer um novo amigo.

         Além disso, Juca e Pipo aprenderam que quando temos que fazer algo, é importante fazer com carinho e dedicação, como sua mãe sempre lhes ensinara, pois trabalhos malfeitos podem acabar como as suas casinhas, que tiveram que ser reconstruídas, desta vez com menos preguiça e mais cuidado.

         3º momento: conversando sobre a história.

         * O que vocês acham crianças, será que Juca e Pipo construíram a casa da maneira correta? Não, porque a preguiça e a má-vontade não deixaram. Depois tiveram que refazer; tiveram trabalho dobrado, tiveram que construir tudo novamente.

         * E Lilo? Sua casa demorou para ser construída, mas foi feita com dedicação e capricho. Tinha um bom alicerce e era bem segura.

         * Na história quem era o próximo dos porquinhos? Era o lobo Zoé, antes dos porquinhos conhecerem o lobo Zoé eles acharam que ele era mau, mas eles se enganaram porque o lobo Zoé era muito legal e bondoso ele só tinha uma alergia que quando atacava não deixava ele com uma boa aparência, o importante é o que somos e não o que aparentamos, não é?

         * E os porquinhos ajudaram o lobo Zoé, ajudaram o seu próximo? Sim, eles ajudaram.

         * Eles cumpriram com os ensinamentos de Jesus, de amar o próximo? Sim, eles cumpriram, ajudaram o lobo a comprar o remédio que ele precisava para alergia.

         * De que forma podemos demonstrar amor ao nosso próximo? Respeitando-o, sendo gentil, educado, dizendo palavras de carinho de consolo quando nosso próximo aparenta estar triste, com gestos de carinho como um abraço um beijo... de muitas formas...

         4º momento - vivência: passeio pela sala, as crianças vão passando e no caminho vão encontrando personagens como médico, professor, sorveteiro, cozinheiro, varredor, cabelereiro, e as profes vão conduzindo: Olá cozinheiro! Como esta? Precisa de alguma ajuda? O cozinheiro é o nosso próximo? Vamos dar um abraço no cozinheiro? E assim com os demais personagens.

         5º momento - atividade: pintura de desenho.

         Leitura de um pequeno trecho de O Evangelho segundo o Espiritismo e prece de enceramento – pode-se colocar uma música instrumental de fundo.




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