Difícil imaginar a divulgação da mensagem do Mestre Jesus sem a existência dos Evangelhos, e a propagação e o estudo da Doutrina Espírita sem as obras codificadas por Kardec.
O livro espírita auxilia na reforma íntima (tão necessária a todos) à medida que esclarece e consola. É também fundamental para as atividades de qualquer Centro Espírita: auxilia nas palestras públicas, na evangelização infantojuvenil, no atendimento fraterno, e presta esclarecimentos acerca de práticas espíritas como o passe, a prece, o Evangelho no lar.
Cabe lembrar, porém, que nem tudo que é mediúnico ou leva o rótulo espírita deve ser assim considerado. Há muitos livros “espíritas” com falta de conteúdo doutrinário adequado, meias-verdades, ideias confusas ou equivocadas. Para ser considerada espírita, a publicação deve estar de acordo com as obras básicas, codificadas por Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
O leitor iniciante na Doutrina Espírita, além de participar de um Grupo de Estudo Sistematizado (ESDE), deve dar prioridade às Obras Básicas, aos médiuns consagrados como Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Raul Teixeira, Yvonne Pereira, além dos estudiosos renomados da Doutrina: Leon Denis, Hermínio Miranda, Gabriel Dellane, Herculano Pires, entre outros.
Toda literatura espírita deve estar baseada na ética e no respeito aos leitores e aos autores. Ela não deve ter apenas o intuito comercial, mas sim ser coerente com os princípios espíritas, ajudando a divulgar, compreender e vivenciar o Espiritismo. Uma boa história pode (e deve) ter uma mensagem edificante e doutrinariamente correta.
É preferível que haja menos livros à disposição dos leitores, porém que os disponíveis nas prateleiras tenham passado pelo crivo doutrinário a fim de que edifiquem, ao invés de confundir ou desinstruir, provocando um deserviço ao leitor e à Doutrina.
Estejamos atentos, selecionando aquilo que lemos. Afinal, o tempo tem valor imensurável, e um livro espírita de muito conteúdo não precisa ser imenso ou difícil de ler. O importante é que ele seja doutrinariamente correto e torne o ato de ler uma agradável e edificante experiência.
Claudia Schmidt