O amor cobre uma multidão de pecados. Frase dita por Pedro, indicando que com boas ações podemos anular o mal que fizemos anteriormente, amenizando as consequências de nossos erros. O bem traz felicidade, diminui o sofrimento.
O bem que anula o mal que fizemos pode ser feito a qualquer pessoa e não necessariamente a quem prejudicamos. Podemos reparar o mal que realizamos no passado fazendo o bem a outra pessoa, e não necessariamente aquela a quem prejudicamos anteriormente. A lei de causa e feito, uma das leis divinas, permite que reparemos o mal fazendo o bem, independente de para quem seja, pois muitas vezes não reencontramos a pessoa que prejudicamos, pois ela mudou de cidade, já desencarnou ou simplesmente não a vemos mais.
Livre-arbítrio é a liberdade de pensar e de agir, construindo seu destino. Sem o livre-arbítrio o homem seria máquina. O livre-arbítrio é parte da bondade de Deus, que permite aos seus filhos evoluírem por seus próprios méritos, pois do contrário, tudo já estaria pré-determinado e seríamos como máquinas pré-programadas.
Livre-arbítrio é instrumento para a felicidade. Podemos escolher ser felizes, realizando boas ações que terão como conseqüência a felicidade, ou escolher o sofrimento, escolhendo o mal, o egoísmo, o orgulho e a vaidade.
O futuro do homem não está nas estrelas, mas sim na sua vontade. Não temos um futuro pré-determinado que pode ser visto em mapas astrológicos, ou em horóscopos. Nosso destino depende de nossas escolhas, de nossa vontade de acertar, do nosso esforço no bem, em progredir espiritualmente.
Sorte não existe, o futuro é resultado de nossas escolhas. Quando escolhemos bem passamos a merecer o bem que nos acontece. Não existe “sorte” ou “azar”, mas sim merecimento, pois o que nos acontece é resultado das escolhas que realizamos. Assim, colhemos o que plantamos, se plantamos amor, colhemos amor, se plantamos ódio ou vingança, receberemos tristeza e dor.
Carma não é uma palavra que faça parte da Doutrina Espírita. Mas ela é utilizada para expressar o conjunto de nossas ações positivas e negativas e suas consequências. A palavra carma não foi usada por Allan Kardec na Codificação Espírita, ela faz parte de algumas religiões orientais, significando as escolhas e o resultado de nossas ações. Quando alguém diz: “Ele é meu carma”, deveria lembrar que estar convivendo com aquela pessoa é uma oportunidade de resgatar débitos e de aprender com o irmão encarnado e com as situações que está vivenciando.
O bem ou o mal que realizamos hoje, pode ter consequências nesta vida ou nas próximas reencarnações. Muitas vezes o resultado de nossas ações não retorna pra nós logo em seguida, levando-nos a pensar que nossas escolhas ou ações não têm consequências. O que ocorre é que a colheita pode vir nesta encarnação, em momento bem posterior ao plantio, ou na próxima encarnação, mas nunca o bem ou o mal que realizamos fica sem retorno.
A fatalidade existe unicamente pelas escolhas que o Espírito realiza ao encarnar, desta ou daquela prova para superar. Mas pode ter suas dificuldades amenizadas pelo bem que realizar. Não nascemos com um destino pré-determinado, mas realizamos escolhas de provas, quando ainda estamos na espiritualidade; essas provas, se bem aproveitadas, nos farão evoluir mais rápido. Podemos citar como exemplo alguém que decide nascer com uma deficiência, a fim de acelerar o seu progresso. A única fatalidade é a morte e que, um dia, todos seremos Espíritos puros. Cada um escreve o seu futuro diariamente, através das escolhas que realiza, e pode escolher o bem, diminuindo o sofrimento por erros do passado.
É trabalhando e lutando, sofrendo e aprendendo, que a alma adquire as experiências necessárias na sua marcha para a perfeição. Evolução é o resultado do esforço no bem. Todos possuímos muitas virtudes a desenvolver, e só através do próprio esforço e determinação em aprender a amar, a perdoar, a ajudar o próximo, a seguir os ensinamentos de Jesus é que progredimos.
A liberdade e a responsabilidade perante as escolhas aumentam com a elevação do ser. Quanto mais evoluído o Espírito, maiores as responsabilidades pelas suas escolhas, pois quem já tem o conhecimento responde de maneira diferente de quem ainda está na ignorância. Os Espíritos que já tem algum progresso moral podem escolher na Espiritualidade (antes de reencarnar) as provas que terão que superar para evoluir.
Muitas doenças, dores e males dessa existência não são consequências das existências passadas, mas das escolhas desta mesma existência. Às vezes achamos que tudo é consequência de escolhas e erros cometidos em existências passadas, mas muitas vezes colhemos agora os resultados das más escolhas nesta existência mesmo, como, por exemplo, um problema na pele por exposição demasiada ao sol sem os devidos cuidados; uma gastrite por má-alimentação ou por excesso de preocupações. É preciso atentar para nossas atitudes nesta existência, fazendo escolhas adequadas a nossa felicidade.