Livre-arbítrio e lei de causa e efeito III


         Prece inicial

         Primeiro momento: perguntar o que os evangelizandos entendem por livre-arbítrio. Escrever a palavra no quadro ou em uma folha, para que visualizem.

         Arbítrio: decisão que depende só da vontade; opinião.

         Livre-arbítrio: poder de decidir livremente. Liberdade de pensar e de agir dos seres humanos.

         O livre-arbítrio é um presente de Deus, que deseja que seus filhos sejam responsáveis por suas decisões e, consequentemente, por sua própria felicidade.

         Sem livre-arbítrio seríamos máquinas, robôs, com destino pré-determinado.

         Segundo momento: utilizar uma bola de tênis ou outra bola pequena. Jogá-la contra uma parede. Também pode ser usado um boneco-vai-vem (daqueles com um imã dentro, que roda e volta).

         Explicar que a bola volta com a mesma intensidade com que foi jogada. É uma lei divina, a lei de causa e efeito. Assim, todas as nossas atitudes, as nossas escolhas têm consequências, e tudo o que fazemos retorna pra nós.

         Incentivar as respostas para as seguintes hipóteses, enquanto joga a bola na parede:

          Se tomarmos muito sol... (esperar que as crianças respondam enquanto a bola retorna da parede)

          Se fumarmos...

          Se usarmos drogas...

          Se formos desonestos...

          Se brigarmos...

          Se obedecermos aos pais...

          Se não desperdiçarmos água...

          Se cuidarmos dos animais...

          Se estudarmos para as provas...

          Se participarmos das aulas de evangelização...

         Terceiro momento: concluir que a escolha acerca dos nossos pensamentos e atitudes é livre, mas a colheita é obrigatória.

         Se plantarmos milho, vamos colher milho, não podemos querer ou esperar colher batatas ou qualquer outro vegetal. Se plantarmos tomates, vamos colher... Explicar que cada um escolhe o que plantar, mas não escolhe o que vai colher.

         Assim também escolhemos estudar (ou não estudar), ser honesto (ou desonesto), beber bebida alcoólica (ou dizer não ao álcool), ser bem-humorado (ou ser mal-humorado). Mas não podemos reclamar da colheita!

         Quarto momento: perguntar se alguém acredita em horóscopo, mapa astral ou destino escrito nas estrelas.

         Contar a seguinte situação: Ana, leu no horóscopo que o dia seria ótimo. Mas logo depois do café da manhã brigou com a irmã; comeu demais no almoço e passou mal; à tarde se distraiu por poucos momentos e perdeu o celular... O dia dela foi ótimo? Por quê?

         Quem decidiu que o dia teria dificuldades? Quem determinou que ela brigaria com a irmã, comeria demais e não prestaria atenção onde largou o celular? A própria Ana.

         Naquele mesmo dia, Bety leu que o seu dia teria muitas dificuldades no amor, no trabalho e na vida pessoal. Mas Bety decidiu que não seria assim... Não brigou com o namorado quando percebeu que ele não estava bem, caprichou no trabalho, permaneceu de bom-humor, prestativa, e o seu dia foi muito bom.

         Não é o horóscopo, nem nossos pais ou amigos que determinam como vai ser o nosso dia. Cada um decide ser alegre ou triste, feliz ou infeliz, todos os dias, através de suas escolhas.

         Quinto momento: utilizar o livro Escola Mágica, dos autores Donaldo Buchweitz e James Misse, editora Ciranda Cultural, lembrando que a vida (a encarnação atual) é uma escola, ilustrando as escolhas que realizamos todos os dias. O livro tem três abas diferentes: uma em branco, outra com desenhos em preto e branco e outra com desenhos coloridos, que podem ser mostradas de diferentes formas, para contar a história desejada ou retratar as situações. No caso de não ter acesso ao livro, o evangelizador pode usar folhas avulsas.

         1 - Podemos ser mal-humorados, briguentos, preguiçosos, desonestos, reclamões, impacientes, querendo tudo com o menor esforço... enquanto fala, o evangelizador mostra as páginas em branco do livro (o evangelizador também pode mostrar apenas páginas em branco, se não tiver o livro).

         2 - Ou podemos levar a vida fazendo o básico, sem esforço, pensando apenas no próprio bem-estar, sem realizar o mal, mas sem fazer o bem... enquanto fala, mostrar a parte do livro com desenhos em preto e branco, ou apenas desenhos em preto e branco – ilustrações de crianças brincando, estudando, em família.

         3 - Ou podemos fazer o nosso melhor, esforçando-nos todos os dias para ser bem-humorados, gratos a Deus pela família, pelas oportunidades de estudar, de aprender na escola da vida, sendo um bom filho, um ótimo aluno, um excelente profissional, fazendo sempre aos outros o que desejamos que nos façam... enquanto fala, o evangelizador deve mostrar a parte colorida do livro ou ilustrações coloridas com crianças brincando, estudando, em família – devem ser as mesmas ilustrações mostradas anteriormente em preto e branco, agora mostradas em cores.

         Sexto momento: técnica da história em partes. Dividir em grupos de quatro integrantes. Cada evangelizando deve escrever uma parte da história e passar para o colega da direita, até que todos tenham escrito na história de todos.


         Primeira parte da história: todos evangelizandos devem escrever na sua folha a identificação do personagem: nome, idade, características físicas, o que gosta, o que não gosta. Concluída esta parte, passar a folha para o colega da direita.


         Segunda parte da história: todos evangelizandos devem escrever o que o personagem fez, utilizando seu livre-arbítrio, podendo ser uma atitude positiva ou negativa. Concluída esta parte, passar a folha para o colega da direita.


         Terceira parte da história: todos evangelizandos devem escrever as consequências da atitude e como o personagem se sentiu – lembrando que todo o bem que realizamos retorna pra nós e o mal que realizamos também retorna pra nós. Concluída esta parte, passar a folha para o colega da direita.


         Quarta parte da história: todos evangelizandos devem escrever uma conclusão da história, se houve uma lição aprendida, se vai repetir a atitude, se houve arrependimento. Concluída esta parte, passar a folha para o colega da direita, que vai receber a história do personagem que criou, concluindo a tarefa.

         Sétimo momento: perguntar se alguém gostaria de ler a sua história. Comentar acerca de livre-arbítrio e lei de causa e efeito. Cada um de nós está escrevendo sua própria história, a partir de suas escolhas, de seus pensamentos, de suas atitudes. As escolhas terão consequências, escolhas baseadas no bem, na caridade, no amor, no perdão trazem alegria e felicidade, e más escolhas produzem tristeza e infelicidade.

         Se tivermos dificuldades, podemos pedir auxílio através da prece, pois nunca estamos sós. Lembrar também que nosso Espírito protetor nos inspira bons conselhos. Mas se errarmos, Deus nos dá novas oportunidades de acertar, de escolher corretamente. Cada nova encarnação é uma oportunidade de escolher como queremos viver e o que aprender nesta vida.

         Oitavo momento: contar a história Um estranho retorno do bem – lembrando que todo o bem que realizarmos retorna pra nós, mais cedo ou mais tarde, nesta ou em outra encarnação.

         Subsídios ao evangelizador: Questões 121 a 127, e 843 a 867 de O Livro dos Espíritos.

         Prece de encerramento

         Evangelizadoras: Claudia e Bruna.

         Sugestão: terceiro ciclo.

         


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