Lei de causa e efeito (subsídios)



         A cada um segundo as suas obras - Mateus cap. 16 v. 27. Nessa sentença de Jesus estão sintetizadas todas as leis que regem as questões ético-morais.

         Mas de que maneira essa justiça se estabelece?
         Lei de causa e efeito

         Que mecanismo coordena essa distribuição, com justiça?
         Primeiro é importante lembrar que a justiça dos homens está calcada na legislação humana, com base em códigos legais criados pelos próprios homens. Quando há um litígio qualquer, um grupo de pessoas especializadas nesses códigos analisa o processo, julga e define as penalidades aplicáveis ao réu. A duração das penas também é estabelecida pelo juiz. Então podemos concluir que a justiça dos homens se alicerça no arbítrio, segundo a visão dos magistrados.
         Mas com a justiça divina é diferente.
         As consequências dos atos se dão de forma direta e natural, sem intermediários. Em caso de uma falta qualquer, a penalidade se estabelece de maneira natural, e cessa também naturalmente, com o arrependimento efetivo e a reparação da falta. Importante destacar que na justiça divina não há dois pesos e duas medidas. As leis são imutáveis e imparciais, e não podem ser burladas.
         Um exemplo talvez torne mais fácil o entendimento. Se alguém resolve beber uma dose considerável de veneno, as consequências logo surgirão no organismo, de maneira direta e natural.
         Não é preciso que alguém julgue o ato e decida o que vai acontecer com o organismo do indivíduo. Simplesmente o resultado aparece.
         Castigo? Não. Consequência natural derivada do seu ato, da sua livre escolha. Os efeitos produzidos no corpo físico não fazem distinção entre o pobre ou o rico, o religioso ou o ateu, a criança ou o adulto. As leis divinas não contemplam exceções, nem concessões. São justas e equânimes. E essas consequências duram tanto quanto a causa que as produziu.
         Uma vez passado o efeito do veneno, resta consertar o estrago e seguir em frente. Por isso a necessidade da reparação. Nesse caso devemos considerar que a lei da reencarnação se torna uma necessidade, para que cada um receba conforme suas obras, segundo a justiça divina.
         Se a pessoa bebe veneno e morre, as consequências do seu ato a seguirão no mundo espiritual, pois ela sai do corpo, mas não sai da vida.

         Efeitos dos nossos atos no corpo físico.
         Por vezes, é necessário renascer num novo corpo marcado pelos estragos que o veneno produziu.
         Por nossos atos acabamos não somente afetando no corpo físico, mas o Espirito. Por isso necessitamos da reencarnação. Ao reencarnarmos as imperfeições deixadas no Espirito, acabam passando para o corpo físico.
         Ex.: Irmã de Divaldo Franco, Nair – Suicidou-se pela ingestão de cianureto e mercúrio, após saber que o marido a traia. Reencarnou tempos depois em situação de extrema pobreza. Ainda criança, sua mãe, a leva até a mansão do caminho onde encontra-se com Divaldo. Contava um ano e meio de vida, mas aparentava menos devido as suas condições de saúde, pois alimentava-se com papelão. Com o aparelho digestivo comprometido. Labio leporino bifocal... Castigo? Certamente não. Consequência direta e natural. No campo moral a justiça divina se dá da mesma maneira, distribuindo a cada um segundo suas obras, sem intermediários.

         Mas como conhecer essas leis?
         Ouvindo a própria consciência, que é onde se encontra esse código divino. Não é outro o motivo que leva a pessoa corrupta, injusta, violenta, hipócrita, a tentar anestesiar a consciência usando drogas, embriagando-se para aplacar o clamor que vem da sua intimidade. Uma vez mais podemos considerar que Jesus realmente é o maior de todos os sábios. Numa sentença sintética ele ensinou tudo o que precisamos saber para conquistar a nossa felicidade. Sim, porque se as consequências dos nossos atos são diretas e naturais, podemos promover, desde agora, consequências felizes para logo mais. E se hoje sofremos as consequências de atos infelizes já praticados, basta colher os resultados, sem se queixar da sorte, e agir com uma conduta ético-moral condizente com o resultado que desejamos obter logo mais.

         Você já ouviu falar em suicida inconsciente?
         É aquele que não respeita seus limites, aquele que desrespeita e agride sua saúde, dentre outras coisas, com os excessos do fumo, da comida, do álcool e dos tóxicos em geral.
         Ex.: André Luiz conta seu sofrimento, após sua desencarnação, através da mediunidade de Chico Xavier, no livro "NOSSO LAR", ao ser chamado de suicida por companheiros da zona umbralina. Até que Clarêncio, o mensageiro da luz, o resgatou após 8 anos e explicou que ele era mesmo um suicida. Que todo seu aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas. E a sífilis (consequência de algumas leviandades) devorou energias essenciais para sua recuperação corporal.
         Em “Memórias de um suicida” de Yvone Pereira, numa leitura extremamente elucidativa, a Espiritualidade descreve fatos e situações complexas vividas pelos suicidas, ainda nos informa sobre aparelhamentos incríveis existentes no mundo astral de que se serve a Espiritualidade a serviço do amor e da misericórdia de Deus, do qual destacamos um trecho: .... “o próprio traumatismo que este tipo de desencarne acarreta leva-o a lugares afins, que corresponderão a seu estado vibratório e mental, até que seja naturalmente “desanimalizado’, isto é, que se desfaça dos fluidos vitais de que são impregnados todos os corpos matérias. Embora temporária essa estadia no Umbral é dolorosa e complexa, variando de acordo com os atos praticados, o gênero de morte a que se entregou. Alguns aí ficam por poucas horas, outros levarão meses ou anos.

         Pense nisso!
         Nas leis divinas não existem penas eternas. As consequências infelizes duram tanto quanto a causa que as produziu. Assim, como depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.
         Dessa forma, se você deseja um futuro mais feliz, busque ajustar seus atos a sua consciência, que é sempre um guia infalível onde estão escritas as leis de Deus. E, se em algum momento surgir a dúvida de como agir corretamente: faça aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem, e não haverá equívoco.

         Material retirado da internet
         Fontes: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em A Gênese, de Allan Kardec, item 32, cap. I.
         Nosso Lar - André Luiz
Memórias de um suicida” de Yvone Pereira



         

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