Judas era, provavelmente, o mais culto e educado dos apóstolos; tinha origem em um grupo social culto, os zelotes. Ele era discreto e equilibrado. Era também calmo e sabia lidar com contabilidade, por isso cuidava do dinheiro do grupo.
(Leia mais sobre Judas no livro Setenta vezes Sete, de Richard Simonetti , editora CEAC – capítulo O discípulo iludido).
Judas, porém, não compreendeu a mensagem de amor do Mestre Jesus. O apóstolo pensava mais em termos políticos e achava que Jesus deveria conquistar o poder terreno, ser rei ou algo assim, a fim de transformar a realidade de sofrimento do povo. Por isso, ele imaginou uma revolução. Pensou que, se Jesus fosse preso, haveria uma reação popular e o seu Mestre seria solto, como um vencedor. Mas Judas se enganou, porque o reino de Jesus não é desse mundo material, terreno.
Após ter vendido o Mestre por trinta moedas (equivalente ao salário de um mês de um trabalhador braçal), Judas se arrependeu e cometeu outro erro: se suicidou. Humberto de Campos, no livro Crônicas de Além-Túmulo, através de psicografia de Chico Xavier, conta sobre o erro e o arrependimento de Judas. O apóstolo, em reencarnações posteriores ao seu encontro com Jesus, foi cristão. E foi perseguido por ser cristão, resgatando seu erro. Em uma outra existência, foi morto na fogueira, tendo sido traído e vendido. Após muitas reencarnações, tendo expiado seus erros, obteve o perdão de sua consciência.
Atualmente, Judas deve estar no Mundo Espiritual, ou reencarnado neste ou em outro Planeta, seguindo sua trajetória evolutiva, como todos nós.