15 - A Filha de Jairo


         Fonte:
         Marcos 5: 21-43/ Mateus 9: 18-26/ Lucas 8: 40-56
         Trigo de Deus - Amélia Rodrigues - cap. 9 (Ela dorme)
         Mensagem do Amor Imortal - Amélia Rodrigues - cap. 2 (Thalita)
         Gênese - cap. XV - As curas de Jesus

         1º momento: integração.
         Música de boas-vindas e prece inicial. Sugestões de músicas, no link Músicas.
         * Música de boas vindas (Plim-plim ou Boa tarde......)
         * A música deve ser uma preparação para a prece. (Fecha a janelinha dos olhos, abra a do coração, deixa Jesus entrar, pois ele é nosso irmão)

         2º momento: história.
         Sob a sombra de uma árvore, uma senhora, com um sorriso sincero e simpático, mas ao mesmo tempo um tom de mistério em sua voz, com os cabelos da cor das cinzas, rodeada por algumas pessoas, narrava uma passagem inesquecível de sua infância. Algo que mudara completamente o rumo da sua vida e de muitas pessoas, daquela e, de tantas épocas vindas depois. Uma mistura de emoção e mistério tomava conta do seu semblante. Por vezes, parecia que, suas palavras eram arrancadas das profundezas das sombras, outras, sua voz se transformava em deliciosa melodia, que prendia a atenção de todos que a ouviam... E assim inicia a história da Filha de Jairo, narrada por ela própria...
         O incomparável poder de penetração do Mestre, permitiam-Lhe o exato conhecimento daquilo que se passava no íntimo das pessoas como das causas que haviam gerado os problemas de que se queixavam. A volumosa massa de pessoas miseráveis, desprezíveis e ociosas que se encontravam por toda parte, era-Lhe a grande paixão. Os mais estranhos acontecimentos se concretizavam com a presença de Jesus. Surdos, cegos, mudos, paralíticos... recuperavam-se ante a Sua determinação.
         Acabara de atender a mulher hemorroíssa e a multidão era volumosa, estava ansiosa por novos e incessantes milagres. Antes dele ninguém jamais se atrevera a adentrar-se pelo misterioso mundo da Morte, de lá arrancando aqueles que haviam sido recolhidos. Mas Ele, sim.
         Ao retornar às praias de Cafarnaum, Jesus e seus discípulos, foram cercados pela multidão que rogava por ajuda. E assim, aproximou-se o chefe da sinagoga, homem honrado que, aflito, caiu sobre os pés de Jesus e pediu-Lhe que ajudasse a sua filhinha que estava enferma, à beira da morte. Jairo conhecia Jesus, sabia do Seu vínculo com Deus, embora os seus compromissos com a religião que representava. A cidade era pequena, todos se conheciam de algum modo, e as notícias de Curas chegavam antes dele.
         Havia, em Jairo, aflição e fé. A multidão se agitava de um lado para outro, afastando assim o Mestre, da presença de Jairo. Logo a frente, todos comentavam um novo acontecimento... Uma mulher hemorroíssa muito conhecida, acabara de se recuperar após tocá-Lo. Em meio as alegrias que estouravam, os conflitos e tumultos cresciam, pois que todos O queriam...
         De repente, Jairo deparou-se novamente com Ele. O Seu olhar transparente penetrou-o. O pai (Jairo), emocionado, retornou à rogativa. Havia ternura e dor na voz quase sumida do pai.
         - Vem à minha casa, Senhor! Minha filhinha de doze anos está à morte.
         Jesus compreendeu-lhe tamanho sofrimento e aceitou acompanhá-lo. Quando já se encontravam à porta da residência, repleta de parentes aflitos e curiosos, uma pessoa informou, em pranto:
         - Está morta; não suportou, não incomodes mais o Mestre.
         Os gritos e lamentos aumentaram, e muitos em solidariedade choravam. O pai, entristecido e agoniado, pediu-Lhe desculpas, e quando ia entregar-se a tristeza e desespero, ouviu uma voz lúcida e melodiosa que afirmou:
         - Não temas; crê somente e ela será salva.
         Os incrédulos, que ouviam Jesus naquele instante, retrucaram:
         - Ela morreu! É tarde!
         Imperturbável, Ele adentrou-se no lar e repetiu:
         - Ela dorme!
         E os incrédulos (os mortos para a verdade), continuaram a rebater:
         - Ela morreu!
         E desejavam-na morta, a fim de sentirem-se triunfantes na sua opinião.
         Jesus mandou que todos os curiosos saíssem e permaneceu com pai, a mãe, Pedro, João e Tiago no quarto onde a jovem dormia. Pálida, fraca, a pequena era a própria morte em sua postura final. Tocando-a com doçura e imprimindo energia com meiguice à voz, o Senhor falou-lhe, tomando-a pela mão:
         - Menina, levanta-te!
         Uma suave cor tomou-lhe a face e o Espírito retornou-lhe ao corpo. Um doce aroma de flores invadiu o quarto, e o hálito da vida espalhou-se no aposento. A menina ergueu-se, sorrindo, enfraquecida.
         - Deem-lhe de comer – ordenou o Amigo. Jesus era o Amigo daqueles que não tinham amigos.
         ... E saiu como um raio de Sol que acabara de inundar de luz a escuridão. Jairo, ao procurar o Mestre para agradecer, já não O encontrou; a multidão esperava-O e seguiu-Lhe.
         No futuro, mais velha e feliz, a filha de Jairo, em Cafarnaum, contava a sua história inesquecível, e procurava definir o indefinível daquela voz que a arrancara das sombras.
         - Talitha, koum! (menina, levanta-te!)
         O episódio envolvendo a menina que dormia é portador de grande significado para todas as criaturas, especialmente para aquelas que estão amortalhadas no sono da indiferença ou da ignorância em torno da realidade existencial.
         Há aquelas que se comprazem no letargo, distantes da responsabilidade, enquanto outras optam pelo sono da negligência para não se darem ao esforço da renovação moral. Dormem milenarmente, e quando se lhes fala sobre a finalidade do despertar, escusam – se, rebelam – se, agridem e não cedem um passo na postura adotada. Estão inconscientes dos objetivos existenciais e preferem permanecer neles. Despertarão, sim, um dia, queiram – no ou não, porquanto é inevitável o fenômeno do crescimento interior na Direção de Deus.
         Outras, que ainda não se deram conta, por ignorância ou estupidez, já percebem que lhes é impossível continuar dormindo, predispõem – se a aguardar a doce – enérgica voz, impondo – lhes:
         - Desperta e anda!

         SUGESTÃO DE COMPARAÇÕES ÀS ATITUDES E EXEMPLOS DAS CRIANÇAS EM RELAÇÃO AO TEMA:
         - Quais as atitudes das crianças que tem Sono de aprender?
         - Você conhece crianças que não quiseram aprender a respeitar a todos igualmente?
         - Conhece crianças que são maldosas e se negam a mudar?
         - Tem algum colega que prefere perder boas amizades a mudar sua maneira de comportar-se?
         - O que é para você, uma pessoa ter preguiça de mudar seus atos?
         - Em quais situações as crianças podem despertar um dia? O que podem fazer diferente para a manutenção do bem comum?

         3º momento: vivências.
         As crianças vão ficar deitadas, uma de cada vez, e vamos incentivá-las a despertar para a vida, para as "verdades da vida", então elas levantam, passam pelo túnel e, ao final, terá um painel com a imagem de Jesus e um sol; elas também ganham uma flor (em gomas) como símbolo da vida nova a florescer.
         Esse painel no fim do túnel deverá ficar escondido e ser uma surpresa para elas. Isso simboliza a vida de verdade, mais íntegra, que Jesus nos oferece.
         Outra sugestão de Vicência: Brincadeira “Hora de despertar”: Ao comando de um despertador todos vão “acordar”- fazer uma ação que vai auxiliar a acordar para a vida.
         Ex: - Dar uma braço no colega do lado.
         - Agradeça o dia com uma linda prece.
         - Fazer o “Abraço a Jesus”.
         - Ler uma frase do Evangelho ( as evangelizadoras entregarão as frases).

         4º momento: momento do evangelho (leitura de um trecho pequeno, uma linha ou parágrafo de O Evangelho segundo o Espiritismo, com música instrumental ao fundo) e prece de encerramento.

                   





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