Ficar ou namorar


         Prece inicial

         Primeiro momento: técnica Baile de Máscaras.

          Preparar o ambiente da sala com clima de salão de festas, com música. Pode-se colocar uma música espírita alegre. Não colocar músicas que incentivem a sensualidade.

          Entregar materiais para uma caracterização: roupas de palhaços, figurinos antigos, máscaras alegres, fantasias, lenços, faixas coloridas, cintos. Deixar os evangelizandos livres para criar seu personagem, enquanto ouvem a música. As máscaras poderão ser feitas conforme sugestões expressa no quinto momento.

          Convidá-los para participarem de um baile de máscaras. Se a aula for à noite, pode-se diminuir as luzes do centro, deixando alguma outra fonte de luz, tipo um abajur ou velas. A caracterização do ambiente fica a cargo do responsável pela aula.

          Para que esta técnica seja bem aplicada é preciso boa disposição dos evangelizadores incentivando os evangelizandos a participarem alegremente da atividade. Se for necessário, os jovens podem ser alertados sobre o respeito perante o colega e o local onde se encontram.

          Pedir que os jovens se organizem dois a dois, e dancem ao som da música. No momento em que parar a música, todos devem trocar de par. Quem ficar sem par vai ter que tirar uma foto com pose engraçada. O evangelizador também pode tirar uma foto do grupo logo após a caracterização, pois esse material é riquíssimo para relembrar bons momentos com nossos jovens.

         Segundo momento: organizar o grupo em semicírculo e conversar sobre a relação entre ficar e o baile de máscaras.

          Como eles se sentiram, se se divertiram;

          Se a máscara proporcionou que eles se sentissem mais à vontade;

          Na idade média, quando a corte europeia tinha o hábito de realizar grandes bailes com fantasias e máscaras, era muito comum que as pessoas trocassem de personalidade: princesas que trocavam de lugar com suas criadas para conseguir despistar o rei para que ele não soubesse que ela "estava ficando" com o jovem plebeu... e muitas outras histórias como esta.

          Será que as pessoas teriam coragem de trocar de personalidade sem a utilização de máscaras?

          Qual a época do ano em que as pessoas ainda mantém essa ideia de ilusão dos bailes de máscaras? No carnaval, quando muitos ainda pensam que nessa época eles estão brincando e tem que aproveitar, sem responsabilidade por seus atos, pois é a única época do ano em que eles podem esquecer quem são e brincar...

          Será que podemos esquecer quem somos?

         Terceiro momento: falar sobre responsabilidade perante si e os outros. Sabemos que temos responsabilidades com nosso corpo e com nossas atitudes, mas alguém sabe as consequências que podem trazer um "ficar"?

         1. Podemos deixar alguém apaixonado e sofrendo por não ter nosso afeto. Perguntar se eles conhecem alguém que ficou e depois sofreu por ter se apaixonado por esta pessoa que não lhe retribuiu o afeto. Infelizmente há muitos casos. O evangelizador pode levar casos de reportagens curtas para ler em aula.

         2. A realidade de Espíritos que se aproximam apenas para aproveitar os fluídos físicos, para sugar as energias como vampiros. Lembrar que isso não acontece se a aproximação do casal ocorre através de uma relação verdadeira de amor.

         3. Os próprios cuidados com relação ao corpo, pois quando você “fica” com alguém sem saber direito quem é essa pessoa, também não sabe que hábitos ela tem. Pode pegar alguma doença ou ter uma desagradável surpresa de ficar com alguém que bebeu ou usou drogas, e essas substâncias vão para seu corpo.

         Obs.: através do namoro, podemos conhecer a pessoa com a qual estamos nos relacionando, seus gostos, atitudes e valores, coisa que não acontece quando “ficamos” com alguém, em uma escolha momentânea e sem reflexão.

         Quarto momento: falar a respeito das máscaras de cada um. Exemplificar com: jovens bonzinhos em casa que são ladrões e causam tumultos na rua; jovens que escondem sua tristeza debaixo da cara de uma pessoa feliz ; amigos falsos; jovens que usam drogas para enfrentar as dificuldades ou ter coragem.

          Será que sabemos reconhecer quando usamos máscaras?

          Será que precisamos delas? Por quê?

         Obs.: é importantíssimo que o evangelizador tenha paciência para fazer as perguntas, induzindo a um diálogo fraterno. Não deve dar respostas prontas, mas ensinar a ver as possibilidades para que possam saber escolher a melhor para eles, lembrando que toda escolha tem consequências.

         Quinto momento: pedir que olhem a máscara que usaram para o baile (de papel sulfite). Essa máscara é dupla e podemos destacar e ver as duas partes de que são feitas: um lado de papel laminado prata, para dar efeito de espelho, e o outro com uma frase sobre amor e comportamento.

         Veja abaixo sugestões de frases:

         "Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor."    Vladimir Maiakovski

         "É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado."    Madre Teresa de Calcutá

         "Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção."    Antoine de Saint-Exupéry

         "Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós".    Jesus

         "Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas me convém".    Paulo de Tarso

         Sexto momento: sugerir que eles levem para casa a máscara para refletir durante a semana acerca da frase.

         Prece de encerramento.

         Sugestão enviada por Aline Baños, evangelizadora da juventude do Centro Espírita Caminheiros da Fraternidade, São Paulo - SP.



         

[Dinâmicas]    |    [Imprimir]