Família - Liberdade e Limites III

Dependendo do tempo e do envolvimento dos evangelizandos, a aula poderá ser dividida em dois encontros.

         Objetivos da aula: conscientizar os evangelizandos de que devemos viver no grupo familiar, respeitando as individualidades, os direitos de cada pessoa e observando, acima de tudo, a responsabilidade que nos cabe para a alegria e felicidade desse grupo. Que todos somos irmãos, constituindo uma família só, perante o Senhor; mas, até alcançarmos a fraternidade suprema, estagiaremos, através de grupos diversos, de aprendizado em aprendizado, de reencarnação em reencarnação.

         Prece inicial

         Primeiro momento: fazer perguntas relacionadas com o tema da aula, promovendo um diálogo em grupo.

         Clique aqui para ver sugestões de perguntas.

         Segundo momento: exposição dialogada.

         Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. É necessário que os evangelizandos interiorizem a ideia de que poderão fazer muitas coisas, mas existem limites e a liberdade deve ser usada com responsabilidade.

         Entre satisfazer o próprio desejo e pensar no direito do outro, muitos tendem a preferir satisfazer o próprio desejo, ainda que, por vezes, prejudiquem alguém. Porque, afinal, nem sempre o que se deseja é útil e correto socialmente, querem ver?

         - Pode morder e arrancar os cabelos do colega só porque ele pegou seu brinquedo favorito?

         - Pode depredar os patrimônios públicos?

         - Pode jogar objetos pela janela de um prédio, só para ver o que acontece ao chegar lá embaixo?

         - Pode pichar paredes ou muros para mostrar que tenho habilidades para a pintura ou simplesmente porque estou revoltado com o mundo ou com certas pessoas?

         - Pode dirigir depois de tomar bebidas alcoólicas?

         - Pode correr como o vento na nova bicicleta de vinte marchas e nem ao menos reduzir um pouco, ao vislumbrar uma pessoa atravessando a pista?

         - Pode pegar qualquer coisa de outra pessoa e levar para você, simplesmente porque você gostou do objeto?

         - Pode fingir que não percebeu que recebeu troco a mais após efetuar uma compra em algum estabelecimento comercial e não falar nada?

         - Pode agredir a(o) namorada(o) porque o(a) deixou por outro(a)?

         - Pode jogar álcool no mendigo e atear fogo, só de brincadeirinha?

         * O evangelizador poderá pedir para que os evangelizandos digam coisas que muitas vezes gostariam de fazer, mas sabem que não devem ou que seja inconveniente realizar.

         Concluir: só vai responder "não, não pode não!" quem desde pequenino tiver aprendido que muitas coisas podem, e muitas outras não podem e não devem ser feitas, mesmo que tenham muita vontade ou prazer. Seremos felizes e evitaremos muitas dificuldades e tristezas respeitando e tendo algumas regras básicas na vida. Especialmente, se aprendermos desde pequenos, a amar e respeitar o outro e não apenas a nós próprios.

         E, nós, os pais, educadores, evangelizadores, queremos muito ver nossos jovens crescendo no rumo da felicidade. Estamos sempre nos preocupando em orientá-los pelo caminho certo a seguir. O ser humano, ao nascer, não tem ainda uma ética definida. Por isso temos está tarefa fundamental - e espetacular - passar para as novas gerações esses conceitos tão importantes e que conferem ao homem sua humanidade. Então, se estamos todos de acordo, mãos à obra! Vai valer a pena!

         Terceiro momento: colocar em uma caixinha alguns tópicos, para que cada evangelizando tire um, leia e explique com suas palavras aos demais colegas.

         Clique aqui para ver sugestões de tópicos.

         Fonte de pesquisa do segundo e terceiro momento: livro Limites sem Trauma - construindo cidadãos, de Tânia Zagury.

         Quarto momento: entregar para os evangelizandos tiras de papel para que eles escrevam perguntas sobre situações/problemas, relacionadas a sua família, sem que para isso necessitem escrever seus nomes e colocar dentro de uma caixinha. Quando todos tiverem feito suas perguntas (podem fazer quantas quiserem), o evangelizador deverá retirar uma pergunta e pedir para que todos dêem suas opiniões e cheguem a conclusão de qual melhor atitude a ser tomada. Se necessário, o evangelizador pode fazer mais questionamentos ou complementar as respostas. É importante que os evangelizandos participem e se sintam à vontade para conversar a respeito de suas dificuldades. Também é interessante aproveitar a realidade e as dúvidas que surgirem, para que pensem a respeito de suas atitudes e dos seus familiares, auxiliando-os em suas dificuldades.

         Quinto momento: diálogo sobre a "Paz no Lar".

         Como fazer para ter paz no lar? Primeiro, temos que substituir o egoísmo e o orgulho pela compreensão. Cada componente da família tem suas características próprias e precisamos aceitar o jeito de cada um ser e o seu estágio evolutivo. Lembrar que também temos defeitos e manias, que às vezes desagradam os outros. Refletir sobre isso.

         A melhor maneira para resolver algo que achamos que está errado é através do diálogo. Quando certas atitudes nos desagradam, vamos falar sobre o assunto com calma, sem sermos intolerantes. A paz no lar depende de todos. Se algum membro da família não consegue ainda agir com paciência e tolerância, não se preocupe, nem desanime, compreenda. Continue você a ter atitudes pacíficas. Agindo assim, conseguirá ser um exemplo para os outros.

         Fonte: Brincando e Aprendendo o Espiritismo – Vol. 04

         Prece de encerramento

         Sugestão: Terceiro ciclo e Juventude.

         Sugestão de aula enviada pela evangelizadora Sandra Ramos Medeiros, Centro Espírita Fé, Amor e Caridade - Campo Grande/MS.



         

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