Prece inicial
Primeiro momento: perguntar se gostam da família em que reencarnaram. Lembrar que escolhemos nossa família, que é composta de pessoas que podem nos auxiliar em nossa evolução nesta encarnação. Falar sobre os laços espirituais e os de sangue.
Laços espirituais são os verdadeiros laços de família, podem ser entre pessoas do mesmo sangue ou não. Revelam-se pela simpatia e comunhão de idéias, isto é, pelo afeto, afinidade de interesses e pelo amor que expressam entre si. Na maioria das vezes os Espíritos que encarnam em uma família são ligados por laços de afinidade, tendo assim, além dos laços corporais, os laços espirituais. Quem já desencarnou, continua fazendo parte da nossa família espiritual.
Laços corporais existem entre as pessoas que tem o mesmo sangue, são da família corporal. Devemos nos esforçar para fortalecer os laços de simpatia com os membros de nossa família corporal. Lembrar que nossos pais nos dão o corpo físico e que nosso Espírito (nós) fomos criados por Deus.
É na família que se consolidam e se ampliam os laços de amor, laços esses que já existiam em outras encarnações.
Segundo momento: dividir a turma em duplas. Pedir que cada dupla retire de uma caixinha uma pergunta. As duplas dispõem de 10 minutos para conversar sobre quais as atitudes adequadas e o que as pessoas costumam fazer naquela situação/problema. O evangelizador pode auxiliar na interpretação das perguntas ou fazer perguntas relacionadas ao tema, caso haja dificuldade. Cada dupla, também, deverá dizer qual o sentimento positivo que pode ser usado para melhor resolver a questão/problema. Ex.: perdão, paciência, respeito, amizade, amor.
Veja abaixo as situações/problemas que usamos:
a) Meu pai e minha mãe são separados. Gostaria muito que eles voltassem a viver juntos, mas eles tem outro namorado (a), esposa/marido. O que devo fazer?
b) Minha família é uma bagunça, pois todos brigam o tempo todo. Às vezes tenho vontade de sumir. Será que essa é uma boa atitude?
c) Amo muito meus pais, mas às vezes fico com raiva deles. Devo me sentir culpado?
d) Eu moro com minha mãe e meu padrasto. Não gosto dele, pois acho que ele quer o lugar do meu pai. Porém certa vez minha mãe brigou comigo por causa de uma besteira e ele me defendeu, pois sabia que eu tinha razão.
e) O meu melhor amigo ganhou um tênis lindo. Pedi a minha mãe um tênis igual, mas ela disse que era muito caro e não podia comprar. Fiquei furioso, chorei, briguei e gritei com minha mãe. Mais tarde percebi que ela estava chorando por minha causa. O que poderia ter feito para isso não ocorrer?
f) Meus pais me obrigam a ir na evangelização. Eu gostaria de ficar dormindo em casa, por isso sempre chego no Grupo Espírita de mau humor. Qual a melhor conduta para melhorar a situação?
g) Meus pais adoram interferir nos filmes que assisto e nos jogos que eu gosto de jogar, pois eles não querem que eu assista filmes de terror e jogue games de violência. Eles estão certos?
h) Ontem quebrei um vaso de minha mãe, mas ela não viu e achou que foi o meu irmão, que ficou de castigo por conta do vaso quebrado. O que devo fazer?
i) Às vezes acho minha família um saco! Sempre acho que a família dos meus amigos é melhor. Por que isso acontece?
Veja abaixo as situações/problemas com sugestões de aspectos que podem ser abordados pelos evangelizadores. Lembre-se que, dentro do possível, não devemos deixar as crianças sem respostas. Também é importante aproveitar a realidade e as dúvidas delas para que pensem a respeito de suas atitudes e dos seus familiares, auxiliando-as em sua dificuldades.
a) Meu pai e minha mãe são separados. Gostaria muito que eles voltassem a viver juntos, mas eles tem outro namorado (a), esposa/marido. O que devo fazer?
A melhor coisa é aceitar e respeitar o novo namorado (a), esposa/marido, esforçando-se para terem uma boa convivência. Lembrar que o fato de os pais se separarem não significa que eles não gostem mais (ou que deixaram de gostar) dos filhos. Os pais se separam porque eram infelizes juntos, e é melhor viverem separados, de preferência como amigos, que juntos brigando e com grandes dificuldades de relacionamento.
b) Minha família é uma bagunça, pois todos brigam o tempo todo. Às vezes tenho vontade de sumir. Será que essa é uma boa atitude?
Todas as famílias tem dificuldades, algumas tem mais, outras menos situações conflitantes. Podemos fazer a nossa parte como filhos, tentando não brigar (ou brigar menos). Sumir não resolve, pois estamos na família certa para aprender e evoluir. Se sumirmos, nossos pais vão ficar preocupados e procurando por nós e nos tornaremos mais um problema. Quando formos encontrados “do sumiço” ficaremos de castigo. Com certeza a conversa ou reuniões com os membros da família é a melhor maneira de resolver os conflitos.
c) Amo muito meus pais, mas às vezes fico com raiva deles. Devo me sentir culpado?
Muitas vezes as atitudes de nossos pais despertam em nós sentimentos negativos, como exemplo podemos citar quando eles nos proíbem algo que queremos muito, como ir a uma festa ou ficar toda a noite no computador. Devemos lembrar nessas horas que aquilo que eles decidem é sempre para o nosso bem, porque eles nos amam muito. Por isso devemos nos esforçar para superar esses sentimentos e se a culpa aparecer a melhor coisa a fazer é pedir perdão. Com o tempo vamos perceber que a decisão de nossos pais foi a melhor para nós naquele momento.
d) Eu moro com minha mãe e meu padrastro. Não gosto dele, pois acho que ele quer o lugar do meu pai. Porém certa vez minha mãe brigou comigo por causa de uma besteira e ele me defendeu, pois sabia que eu tinha razão.
O novo namorado (marido) da mãe não vai tirar o lugar do pai na família. É importante demonstrar respeito e amizade por ele, para o bom convívio em família. Quando alguém resolve namorar (morar) com uma pessoa que já tem filhos, é sinal que ela está disposta a aceitar e gostar de toda a família. Problemas vão acontecer, mas com diálogo e boa vontade é possível conviver em paz e harmonia.
e) O meu melhor amigo ganhou um tênis lindo. Pedi a minha mãe um tênis igual, mas ela disse que era muito caro e não podia comprar. Fiquei furioso, chorei, briguei e gritei com minha mãe. Mais tarde percebi que ela estava chorando por minha causa. O que poderia ter feito para isso não ocorrer?
Entender que, às vezes, os pais não podem comprar aquilo que queremos. Se estivesse mesmo precisando de um tênis poderia pedir um modelo mais barato. Compreender que nossos pais trabalham muito para ter dinheiro para comprar as coisas e pagar as contas. E que assim como nossa mesada não chega para comprar tudo o que queremos também o salário deles muitas vezes não é suficiente.
f) Meus pais me obrigam a ir na evangelização. Eu gostaria de ficar dormindo em casa, por isso sempre chego no Grupo Espírita de mau humor. Qual a melhor conduta para melhorar a situação?
O mau humor não vai mudar a situação, só torna mais difícil o convívio. Nossos pais sabem o que é melhor para nós por isso desejam que aprendamos coisas importantes na evangelização. As lições que aprendemos quando jovens na evangelização vão ser úteis quando formos adultos e os problemas surgirem.
g) Meus pais adoram interferir nos filmes que assisto e nos jogos que eu gosto de jogar, pois eles não querem que eu assista filmes de terror e jogue games de violência. Eles estão certos?
Com essas atitudes os pais não querem que os filhos se envolvam em vibrações pesadas, que podem prejudicá-los, pois muitos ficam com medo e perdem o sono depois de assistir a filmes violentos e de terror. Os pais também, muitas vezes, não tem certeza que os filhos já saibam separar a ficção da realidade e temem que cresçam achando que dar tiros e matar seja normal e divertido.
h) Ontem quebrei um vaso de minha mãe, mas ela não viu e achou que foi o meu irmão, que ficou de castigo por conta do vaso quebrado. O que devo fazer?
Contar a verdade, assumir o erro, pedir desculpas pelo ocorrido. Não é justo, nem correto que outra pessoa pague pelos nossos erros.
i) Às vezes acho minha família um saco! Sempre acho que a família dos meus amigos é melhor. Por que isso acontece?
Às vezes as famílias têm problemas de relacionamento. Se os pais proíbem algumas coisas e colocam limites é porque amam seus filhos e querem o melhor para eles. É um erro achar que a família dos amigos nunca tem problemas, pois quando visitamos um amigo podemos não perceber a realidade do convívio naquele lar. Se nos esforçarmos para viver sem brigas e sem reclamações vamos achar nossa família bem mais legal. Escolhemos a família que melhor condições nos oferece de aprendermos aquilo que necessitamos nesta reencarnação.
Terceiro momento: organizar os evangelizandos em círculo. Cada dupla lê a situação que estudou e sugere atitudes/soluções. Ao final da exposição de cada dupla, o evangelizador pode perguntar aos demais evangelizandos se eles gostariam de complementar ou expor uma opinião diferente a respeito do tema. Se necessário, o evangelizador pode fazer mais questionamentos ou complementar a resposta. É importante que as crianças participem e se sintam a vontade para conversar a respeito de suas dificuldades.
Prece de encerramento
Sugestão: terceiro ciclo.