Divaldo Pereira Franco


          As informações a respeito da vida e obra de Divaldo Pereira Franco, em sua maioria, foram retiradas no ano de 2006, dos livros abaixo, os quais sugerimos a leitura.
          Divaldo Franco, a história de um humanista, autor Jason de Camargo, editora AGE Ltda.
          O semeador de estrelas, autora Suely Caldas Schubert, Livraria Espírita Alvorada Editora.


          Divaldo Pereira Franco nasceu em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, no estado da Bahia. Hoje (2006) tem 79 anos de idade.

          Seus pais, Francisco e Ana, tiveram 13 filhos. Era uma família numerosa, simples e unida. Seus pais, desde muito pequeno, lhe ensinaram sobre respeito, honestidade, amor a Deus e ao próximo.

          Divaldo cresceu e brincava no pátio e nos arredores de sua casa como qualquer criança da sua idade. Era normalmente muito alegre e jovial.

          Quando criança, a amizade sincera de um pequeno Espírito alegrou ainda mais os seus dias. Era o índio Jaguaraçu, que quer dizer: "Onça Grande". Ele vinha brincar com Divaldo no quintal de sua casa todos os dias. O índio aparentava ter uns cinco anos. Os dois amiguinhos brincavam sem perceber as horas passarem. Subiam em árvores, corriam pelo quintal, armavam lindos presépios na época de Natal. Colhiam musgos e folhagens para enfeitar as lapinhas, como eram chamados os presépios.

           Desde muito cedo começou a trabalhar para ajudar no sustento da família. Seu pai trabalhava num açougue e Di (como era chamado pelos seus familiares), ia junto auxiliar a retalhar a carne e transportar caixas, entre outras tarefas. Mais tarde trabalhou em um armazém. Na juventude, dedicou-se ao serviço, à escola, à igreja. Sua família era católica e ele desejava ser padre.

          Quando tinha um pouco mais de 4 anos teve uma percepção mediúnica (visão). Ele viu vó Maria, que era mãe de sua mãe. A mãe de Divaldo não tinha conhecido a mãe que morreu após o parto. Uma tia de Divaldo ajudou a identificar o espírito que ele visualizou.

          Foi mais ou menos nesta idade que começou a receber a “visita de um Espírito amigo" durante uma crise de asma. Esse espírito se revelou apenas quando Divaldo tinha 27 anos: era Joanna de Ângelis. Este espírito dedicado e muito evoluído (anjo da guarda) nunca mais o abandonou. É sua amiga de momentos difíceis, educadora, e muitas vezes enérgica quando necessário. Joanna de Ângelis é a mentora espiritual de Divaldo nesta encarnação.

          Divaldo é vidente, médium vidente (perguntar se sabem o que significa). As visões dele são tão nítidas que já chegou a confundir desencarnados com encarnados. A primeira pessoa que falou que ele tinha uma missão que lhe foi confiada por Deus, foi seu primo Theobaldo, que também tinha mediunidade e recebia mensagens e as transmitia por psicofonia - ouve os espíritos, (perguntar se sabem o que significa) até em línguas estrangeiras, sendo que o menino tinha apenas o curso primário.

          Divaldo perdeu um irmão quando tinha 14 anos (José) e isto o perturbou muito. Uma médium foi visitá-lo porque Divaldo estava paralítico. A médium disse que era por influência de seu irmão desencarnado, e ele perguntou como ela sabia, ao que ela respondeu que estava enxergando o menino desencarnado. Com isso ele ficou mais tranqüilo porque viu que não era o único que via espíritos. A partir daí, Divaldo começou a freqüentar um grupo espírita e seu irmão José se comunicou através dele durante uma reunião mediúnica.

          Divaldo sempre recorria à prece nos momentos em que sentia medo diante das aparições. Ele sempre cofiou muito em Deus. Imaginem uma criança com mediunidade sem entender bem o que está acontecendo. E nem tudo que ele via era bonito.

          Aos 18 anos de idade, Divaldo leu O Livro dos Espíritos pela primeira vez (ele já leu este livro 50 vezes) e começou a estudar as obras mediúnicas e nunca mais parou. Através da mediunidade Divaldo já auxiliou muitas famílias, promovendo o reencontro entre entes queridos que estão em desespero pela separação, isto é, pela morte física de algum familiar. Divaldo é um intermediário de Deus para acalmar os corações angustiados.

          Também aos 18 anos, em 1945, Divaldo mudou-se para Salvador, tendo sido aprovado no concurso para o IPASE (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado), onde ingressou em 05 de novembro de 1945. Porém, ele via desencarnados como via os encarnados e, às vezes, ele atendia e conversava com espíritos que só ele enxergava. Isso começou a prejudicá-lo porque seus colegas, sem entenderem o que acontecia, começaram a achar que Divaldo não estava bem, pois conversava “sozinho”. Uma colega, entendendo o que se passava com ele, passou a ajudá-lo e conforme combinaram, quando Divaldo via alguém no balcão, olhava para a colega, se ela fizesse que SIM com a cabeça, ele ia atender a pessoa, se ela fizesse NÃO com a cabeça, ele não ia até o balcão, porque só ele estava vendo e era um desencarnado.

          A primeira vez que Divaldo psicografou uma mensagem (perguntar se sabem o que é psicografar) ele tinha apenas 22 anos. Ele sentiu uma forte dor no braço direito quando estava na casa de um amigo, que o aconselhou a pegar uma caneta e fazer uma prece. Desde então, Divaldo psicografa todos os dias em horários estabelecidos e sempre sob supervisão de sua mentora espiritual: Joanna de Ângelis.

          Em, 1964, Joanna de Ângelis selecionou várias mensagens de sua autoria e enfeixou-as no livro "Messe de Amor", que se tornou o primeiro livro psicografado por Divaldo.

          Até o ano de 2006, Divaldo já psicografou mais de 180 livros de diversos autores e com temas variados. Desses livros, 91 foram traduzidos para 13 línguas. Treze livros foram traduzidos para o braile. E muitos foram recebidos em xeroglossia (língua estrangeira que ele nunca estudou).

          Os direitos autorais vão para as atividades assistenciais do Centro Espírita Caminho da Redenção que Divaldo fundou em Salvador, quando tinha apenas 20 anos. A Principal delas é a Mansão do Caminho - uma construção de três pisos, por onde já passaram mais de 30 mil crianças que ele chama de filhos, onde diariamente três mil crianças recebem além da educação formal - desde o jardim de infância até o ensino básico - a educação moral, pois Divaldo sabe que é indispensável para a felicidade do homem.

          Divaldo realizou a primeira palestra com 20 anos de idade em uma Casa Espírita na cidade de Aracajú. Nunca mais parou: já foram mais de 10 mil em 700 cidades do Brasil e mais de 300 cidades do exterior, inclusive ele já esteve em 52 países de todos os continentes. Falou em várias universidades do Brasil e do Exterior, sempre pregando o Evangelho que nos ensina o AMOR.

          Divaldo Pereira Franco recebeu, ao todo, 590 homenagens, sendo 148 delas oriundas de 64 cidades do Exterior, de 20 países, e 442 do Brasil, de 139 cidades, homenagens essas procedentes de instituições culturais, políticas, universidades, associações beneficentes, núcleos espiritualistas, espíritas etc.

          Das condecorações recebidas no Exterior, destacam-se o título Doctor Honoris Causa em Humanidades, pela Universidade de Montreal, Canadá; Medaille de Reconnaisance Franco-Americaine-Classe Especial, do Instituto Humaniste de Paris; Medalha Câmara Municipal de Leiria, Portugal; Medalha da cidade de Lobito, oferecida pelo Poder Público de Angola, África; Doctor in Parapsicology pela Cyberan University, em Illinois, EUA.

          No Brasil, mais de 80 títulos de cidadania honorária, concedidos pelos Poderes Públicos Municipais e Estaduais, sendo 16 deles de Capitais Federais.

          Concedida por Decreto do Exmo. Sr. Presidente da República às personalidades que se destacaram em âmbito nacional no trabalho em favor do próximo, recebeu o Diploma de Ordem do Mérito Militar, distinção federal.

          Divaldo talvez seja o maior tribuno espírita, pois já esteve em 46 países de quatro continentes (Américas, Europa, África e Ásia) divulgando o ideal espírita: aquele Consolador que Jesus nos prometera (Jô, 14). Falou e foi entrevistado em mais de uma centena de emissoras de rádio e TV, no Brasil e no exterior, falou no Congresso Nacional, em câmaras municipais e estaduais, em Universidades (já esteve na Sorbonne, Paris), em teatros, em Lions Clubes e Rotarys Clubes, etc.

          Homenageado e reconhecido pelo mundo, o que mais alegra Divaldo é poder servir a Deus.