01. Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Existe um só Deus, nosso Pai, que nos criou e todas as outras coisas que existem no universo, e que, portanto é somente a ele que devemos adorar. Todos os objetos de metal, pedra, madeira, plástico ou qualquer outro material que retratem pessoas, animais ou coisas podem servir de ornamentos, mas jamais para serem por nós venerados, adorados. Não passam de realizações das mãos humanas e se estragam, com o passar do tempo, desaparecendo um dia como tudo que é material. Por ser nosso Pai e Criador, ninguém existindo maior do que Ele, devemos amor profundo a Ele.
Amar a todas as pessoas, respeitando-as e fazendo o Bem.
Amar a si mesmo também, aceitando-se como é e se esforçando para ser uma pessoa melhor, mais evoluída espiritualmente.
02. Não falar o nome de Deus em vão.
Não pronunciar em vão o nome de nosso Pai é utilizá-lo de forma desrespeitosa, jurando em falso, dizendo falsidades e mentiras para o próprio proveito, usando o nome Dele (juro por Deus).
03. Lembrar de santificar o dia de sábado.
Lembrar de dedicar momentos para a oração, para as coisas do Espírito. Como não viveremos para sempre na face da Terra, retornando um dia, mais cedo ou mais tarde, para o Mundo dos Espíritos, recorda-nos o mandamento de zelar pela nossa alma. Assim, orar, ser útil para alguém, mesmo da forma mais singela, são fórmulas que nos aproximam de Deus e nos enriquecem espiritualmente.
O sábado, aqui, é somente uma imagem figurativa. Esse mandamento refere-se também a lei de conservação, pois estabelece a necessidade de repouso, de descanso para o corpo físico. Para os hebreus, no sábado, nem escravos e nem animais trabalhavam: era o seu único dia de descanso.
04. Honrar pai e mãe.
Nossos pais carnais merecem nosso respeito, por nos terem dado a oportunidade da vida na Terra, que é escola de crescimento para nós. Muitas vezes desejaríamos que outros fossem nossos pais, porque nos aborrecemos com as exigências com que nos educam. Às vezes não conseguimos compreender as atitudes deles, ou gostaríamos que eles tivessem mais carinho e atenção para conosco. No entanto, não importa como eles sejam, devemos sempre agradecer-lhes por terem nos aceitado como filhos. Respeito e gratidão também devemos aos que, não sendo nossos pais carnais, nos tomam sob sua tutela, em gesto de desprendimento, doando-se a nós, protegendo e amparando-nos.
05. Não matar.
Deus nos deu a vida, assim como às plantas e aos animais. Por ser criação divina e tudo estar à disposição para nos servir, devemos colaborar com Deus, não destruindo a vida. Assim não devemos mutilar árvores, arrancando-lhes as raízes, não matar pássaros e outros pequenos animais por brincadeira ou simples desejo de se divertir. Matar somente para saciar necessidades, como a da alimentação. Não agredir, não ferir nosso semelhante, nosso amigo, nosso colega, nossos irmãos com atos ou palavras, pois também se matam sentimentos, se fere profundamente com palavras agressivas e grosseiras. Não matar aula ou compromissos desnecessariamente.
06. Não cometer adultério.
Há muitas formas de se cometer adultério. Adulterar uma coisa é falsificá-la. Assim, quando, nas provas da escola, utilizamos o recurso da “cola”, quando alteramos as notas baixas do boletim, para não sermos, de alguma forma, punidos, quando reproduzimos a assinatura de alguém em um documento, estamos realizando atos contrários ao que estabelece a Lei Divina.
Vender uma mercadoria, dizendo que possui determinadas qualidades que não possui (esta erva cura qualquer doença); adicionar água ao leite; apresentar uma mercadoria de qualidade inferior como sendo de primeira qualidade e por ela exigir um preço elevado, são todos atos em desacordo com a Lei Divina.
Este mandamento também se refere à fidelidade, ao respeito que se deve manter diante de um compromisso afetivo assumido por uma pessoa em relação à outra – namorado(a), noivo(a), esposo(a).
07. Não roubar.
Apreciamos tudo que nos pertence e não gostaríamos que alguém se apossasse das coisas que possuímos, sem a nossa permissão. Imaginemos que um brinquedo ou qualquer outro objeto que gostamos muito fosse roubado, como nos sentiríamos? Pensando sempre em como nós nos sentiríamos se fossemos os lesados, não devemos permitir retirar de qualquer lugar o que não nos pertence: a fruta na árvore do vizinho sem sua devida permissão, a borracha, o lápis do colega da escola, uma flor no jardim, um doce no supermercado, um brinquedo dos outros.
08. Não prestar falso testemunho contra o próximo.
As pessoas que gostam de mentir ficam desacreditadas perante os outros quando a verdade vem à tona. Mais lamentável quando esta mentira é dita contra alguém. Não devemos pronunciar qualquer inverdade contra nossos semelhantes nem mesmo contra alguém de quem não gostamos. Devemos nos habituar a viver a verdade, sempre.
09. Não desejar a mulher do próximo.
O objetivo deste mandamento é educar a criatura humana no sentido de respeitar a união conjugal do próximo, garantindo a integridade da família, pela condenação da promiscuidade (mistura desordenada).
Refere-se também ao homem, pois os direitos do homem e da mulher são iguais, logo os deveres também são.
Jesus adverte de modo mais claro, a respeito da responsabilidade espiritual daquele que não sabe manter a pureza dos seus pensamentos: "aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”.
10. Não desejar qualquer coisa que pertença ao próximo.
A inveja é sentimento destruidor. Por onde passa gera a infelicidade. Cada um de nós recebe o que precisa, de acordo com os méritos ou as necessidades de reajuste. Muitas vezes, não temos o que desejamos, por não ser bom para nós, no momento. Portanto, não há motivo para cultivar a inveja. Ademais, temos que convir que muito do que invejamos é conseguido pelos outros com grandes esforços e dedicação, motivação que às vezes não temos.