Em uma noite fria de inverno, dois amigos, Marcos e Antônio, saiam do cinema Cisne. Eles tinham assistido um filme muito legal, que falava sobre como podemos mudar o mundo para melhor, fazendo o bem, sendo caridoso. O nome do filme: A corrente do bem.
Andaram um pouco e viram, deitado na calçada, um homem. Ele estava todo encolhido, vestia pouca roupa e parecia estar doente e com frio.
Marcos, movido por um natural impulso de bondade, retirou o casaco de lã que vestia e foi em direção ao mendigo, com a firme intenção de o cobrir.
Antônio, porém, percebendo o que o amigo iria fazer, o deteve.
- Não faças isso, Marcos! De que adiantaria dar a esse miserável um casaco tão caro? Vamos até sua casa, pegar algumas roupas velhas, que você não usa mais e dar a ele, para aquecê-lo.
Marcos, dono do casaco caro, movido agora por sentimento egoísta, respondeu:
- Sim, tens razão. E tornou a vestir o casaco, indo em direção a sua casa.
Assim que chegaram ao luxuoso apartamento, tomaram um chá quente e reconfortante, em companhia dos pais de Marcos. Conversaram sobre o filme e sobre muitos outros assuntos, esquecendo da agonia do desconhecido tombado sob a calçada gelada.
No dia seguinte, que era um domingo, Marcos despertou por volta de dez horas, e se lembrou do homem que passava frio.
Resolveu, então, retornar ao lugar em que estava o homem, levando algumas peças de roupas e um pouco de café quente com um sanduíche. Quando lá chegou, Marcos se deparou com o desconhecido já morto de frio e de fome, sendo removido pela polícia.