Objetivos da aula: levar o evangelizando a entender que o autoconhecimento é indispensável ao progresso do Espírito e que, portanto, devemos examinar a nós mesmos constantemente, para descobrirmos de que modo podemos nos melhorar. Contudo, é necessário cultivar a autoaceitação, que nos fortalece a paciência e nos ajuda a viver em harmonia conosco e com nossos semelhantes. Ajudar os jovens a reconhecerem que eles são seres especiais criados à imagem de Deus e que somos a obra-prima de Deus em aperfeiçoamento, portanto ninguém deve sentir-se inútil ou inferior.
Prece inicial
Primeiro momento: pedir que os evangelizandos definam o que é: Autoconhecimento e Autoaceitação e em seguida fazer uma exposição dialogada.
Autoconhecimento - conhecimento de si mesmo, saber o que gosta e o que não gosta, o que deseja da vida, que coisas são importantes, quais os nossos sentimentos diante de certos acontecimentos (ex.: quando nossos pais nos chamam a atenção, quando alguém não concorda com a nossa opinião, quando recebemos uma notícia triste/alegre, quando somos provocados).
O autoconhecimento não serve, portanto, apenas para percebermos nossos defeitos, mas também para compreendermos nosso verdadeiro valor. E, aprendendo a refletir assim sobre nós mesmos, mais facilmente poderemos refletir sobre o mundo e as pessoas ao nosso redor. Lembrando sempre que a diferença entre o inteligente e o sábio é que este é capaz de analisar por vários ângulos uma mesma questão.
Autoaceitação - reconhecer os erros e acertos, respeitando a si próprio como um Espírito em evolução; não se revoltar ou ficar triste porque ainda não tem as boas atitudes que gostaria; aceitar o próprio corpo físico (cor do cabelo, altura, peso, a mudança da voz, as alterações físicas que acontecem na adolescência). Lembrar que autoaceitação não deve significar acomodação ou revolta, mas uma atitude positiva de conhecer-se e mudar para melhor. Além disso, a autoaceitação fortalece a paciência e a fé, auxiliando-nos a viver em harmonia conosco e com os outros.
Segundo momento: pedir para que os evangelizandos questionem a eles mesmos e respondam: Quem sou eu? (aguardar as definições).
Terceiro momento: relatar A imortalidade d’ alma…
Quarto momento: complementação da resposta da pergunta do segundo momento.
Somos Espíritos imortais e possuímos um corpo físico e um corpo espiritual. Somos partes do imenso Universo de Deus, tanto no sentido material como espiritual; ou seja, somos a união do espírito com a matéria e estamos sujeitos à Lei da Evolução, para que a partir de sucessivas encarnações, cheguemos à plenitude espiritual.
Somos a obra-prima de Deus em aperfeiçoamento, portanto ninguém deve sentir-se inútil ou inferior.
Quinto momento - indagar:
Como fazer para nos autoconhecermos? Ao fim do dia, interrogue a sua consciência e relembre o que fez, perguntando-se a si mesmo se não faltou a algum dever, se não deixou de fazer o bem em alguma ocasião e se ninguém teve motivo para de você se queixar. Analise se você tratou mal alguém e se foi orgulhoso ou egoísta em algum momento. Evite julgar os outros, mas se permita a autoanálise (analisar a si mesmo) – comentários baseados na questão 919 de O Livro dos Espíritos.
Foi sugerido pelos alunos fazer uma relação das coisas boas que fizeram e outra lista do que consideraram desacertos, escrevendo em um caderninho já previamente preparado para isso, para que ficasse mais fácil a posterior análise das falhas, pensar em cada uma separadamente, buscando qual seria a melhor atitude a ser tomada, caso o fato se repetisse. Estas anotações poderão ser feitas diariamente.
Sexto momento: questionar os evangelizandos:
01 – Solicitar que todos pensem a respeito das coisas que gostariam de modificar em seu corpo físico e aqueles que quiserem poderão falar. O que seria? Por quê?
Conversar com os evangelizandos, esclarecendo que devemos nos aceitar como somos, porque Deus nos deu a oportunidade de reencarnarmos novamente e que, portanto isso já é mais do que suficiente para nos tornarmos resignados com o nosso corpo. Lembrar também dos que reencarnam com problemas físicos e que muitos conseguem desempenhar suas atividades do dia-a-dia como qualquer outra pessoa normal e que o mais importante não é como somos por fora e sim como somos por dentro.
02 – Além da nossa aparência, o que mais nos torna diferente dos outros?
As coisas de que gostamos e não gostamos; nossos talentos, nossas virtudes.
03 – Qual a vantagem de ser a única pessoa exatamente igual a você no mundo inteiro?
Sentirmo-nos especiais, que é como nosso Pai nos vê. Somos diferentes porque cada um tem uma caminhada evolutiva individual e única.
04 – Você sempre gosta de você? Justifique sua resposta.
Sétimo momento: exposição dialogada:
Não causa surpresa a tendência de as crianças/jovens avaliarem a si mesmas do mesmo modo que a sociedade o faz. Os que são fisicamente atraentes, atléticos, têm talento intelectual ou aceitação social tendem a sentir-se bem consigo mesmos porque encontram grande acolhida por parte dos que os cercam.
As crianças mais novas geralmente comparam suas habilidades com as dos outros. Os que sempre terminam as atividades por último, os mais tímidos ou os últimos a serem escolhidos para formar um time freqüentemente interiorizarão essas mensagens negativas. “Eu nunca serei bom o suficiente”, pode tornar-se uma disposição mental perigosa e negativa muito cedo na vida.
As crianças mais velhas encontram segurança ao andar em grupos, usar a mesma moda, falar e agir como todos os outros de seu grupo. Mas elas precisam ser desafiadas a expressar a individualidade dada por Deus de maneira criativa e construtiva.
As crianças/jovens precisam entender que os valores na família de Deus são diferentes. Os indivíduos são valorizados como criações únicas de Deus, não importando qual seja a embalagem externa.
Oitavo momento: contar a historia O limão insatisfeito ou Ser diferente.
Nono momento: explicar que vamos falar sobre o que nos faz sentir bem a respeito de nós mesmos e o que nos faz sentir mal.
O evangelizador deverá ler várias declarações em voz alta. Se o que ler fizer os evangelizandos se sentirem bem consigo mesmo, devem dar um sorriso. Se o que for lido fizer os evangelizandos se sentirem mal, devem fazer uma cara de tristeza. Se vocês se sentirem mais ou menos, devem ficar exatamente como estão, ou seja; com aspecto indiferente.
** O Evangelizador deverá questionar as fisionomias **
Ler as declarações abaixo, fazendo uma pausa após cada uma delas para que os evangelizandos possam responder com suas fisionomias e dessa forma o evangelizador observar e fazer questionamentos:
Sugestões:
Alguém diz: Não gostei do seu corte de cabelo.
Você fez um desenho/texto bacana e a professora diz que vai colocá-lo no mural para que todos o vejam.
Você quebrou um copo na cozinha.
Seus pais colocaram você de castigo por dois dias por causa da bagunça no quarto.
Você brigou com seu irmão (ou irmã) ou colega.
Você ganhou uma roupa nova e sente-se o máximo usando-a.
Você recebeu uma carta (um e-mail) de um amigo que mora em outra cidade.
Você começou a aprender a tocar um instrumento musical.
Seu colega jogou um papel de bala no chão.
Você foi o primeiro a ser escolhido quando os times de basquete (vôlei, futebol) foram formados.
Você teve que ir à aula de evangelização apesar de estar com a perna engessada.
Seu pai chamou sua atenção na frente dos seus colegas.
No dia do seu aniversário você ganhou muitos presentes.
Ninguém leva em consideração a sua opinião, só porque você é criança.
Um colega de sala xinga você.
Para finalizar as declarações acima o evangelizador deverá perguntar:
Todos nós nos sentimos bem ou mal sobre as mesmas coisas? (Quase todos nós, mas não exatamente da mesma forma).
O que isso diz sobre nós? (Somos todos diferentes; mas todos temos sentimentos.)
Da lista que eu li, qual declaração fez você sentir-se pior?
Imagine que essa coisa realmente tenha acontecido; isso faria você menos importante para Deus? Ele o amaria menos por isso? Por quê? (Não, Deus nos ama apesar de todos os nossos erros e defeitos).
CONCLUIR QUE: Todos nós possuímos muitas qualidades, mas que também possuímos defeitos que devemos nos esforçar por transformar em virtudes. Muito do que nos faz sentir bem ou mal acontece exteriormente – que tipo de dia tivemos ou qual a nossa aparência. Mas Deus se importa com o que somos por dentro, por isso devemos começar nossa reforma íntima o mais cedo possível, através da superação das imperfeições, transformando-as em virtudes. É uma tarefa individual e um compromisso consigo mesmo, e que ninguém pode fazer pelo outro. Mas à medida que vamos analisando nossos pensamentos e atitudes, com a finalidade de errar menos e evoluir, seremos mais felizes. Por exemplo: quem costuma falar mal dos outros deve aprender a ver os pontos positivos em seus companheiros de jornada; aquele que costuma reclamar, deve se esforçar para agradecer tudo o que tem e reclamar menos; quem costuma mentir, deve se determinar a falar sempre a verdade.
Décimo momento: pedir aos evangelizandos que digam virtudes que eles consideram importantes de serem desenvolvidas por todos. O ajudante da sala deverá ir escrevendo todas as virtudes ditas, no quadro.
**Posteriormente pode-se conversar sobre a importância das virtudes relacionadas no quadro.
Prece de encerramento: É Maravilhoso.
Sugestão: terceiro ciclo.
Sugestão de aula enviada pela evangelizadora Sandra Ramos Medeiros, Centro Espírita Fé, Amor e Caridade - Campo Grande/MS.