Júlio era um menino muito esperto. Tinha dez anos e era o filho mais velho de Dona Neuza, que tinha mais dois filhos menores.
O menino sempre ajudava a mãe e cuidava dos irmãos enquanto ela trabalhava como doméstica na residência de uma família. Júlio também fazia as compras para a casa, no armazém.
Um dia, Dona Neuza chamou o filho e lhe disse:
- Júlio, gostaria que você levasse este pote de doces de figos em calda, que fiz até a casa da tia Maricota. Hoje é o aniversário dela e eu não poderei ir até lá.
- Está certo, mãe, disse o menino.
A mãe recomendou:
- Vá com cuidado, e dê um abraço na Tia Maricota por mim.
O menino, que era acostumado a longas caminhadas, saiu assobiando.
Caminhou bastante e resolveu sentar embaixo de uma árvore para descansar um pouco. Foi quando sentiu o cheiro gostoso do doce de figos, e pensou:
Bem que eu podia provar um.
Foi o que fez, comeu um figo. Estava tão gostoso!... Comeu outro, e mais outro, e... fechou ligeiro o pote e pensou: “Eu não devia ter feito isso!”
Continuou caminhando em direção à casa da Tia Maricota.
Encontrou outra sombra e parou. Novamente o cheiro do doce de figos... Não resistiu. Abriu novamente o pote e comeu... comeu todos os figos. Só sobrou a calda.
Muito encabulado com o que fez, ele continuou caminhando até a casa da Tia Maricota. Chegando cumprimentou a tia pelo aniversário e lhe entregou o pote que agora só tinha a calda do doce de figos.
Voltou para casa preocupado com o que fizera.
Ao chegar, a mãe lhe perguntou pela tia. Ele respondeu que ela gostara do presente.
A mãe de Júlio, notando-o diferente, interrogou-lhe:
- O que aconteceu? Você está bem?
- Nada, mãe. Só estou sentindo dor de barriga!... respondeu Júlio.
Nos dias que se seguiram, Júlio lembrou algumas vezes de Tia Maricota e do pote de figos. Em seguida lembrava, também, da enorme dor de barriga que teve por ter comido todos aqueles figos de uma só vez.
Na semana seguinte, no domingo à tarde, tia Maricota veio visitar a família de Júlio e aproveitou para agradecer o presente que D. Neuza lhe enviara. Disse ela:
A calda que você me mandou estava deliciosa.
- A calda?!... Mas e os figos não estavam bons? Inquiriu a mãe de Júlio. Neste momento, Júlio ...
Obs.: neste momento o evangelizador deverá concluir a história com os evangelizandos, perguntando o que eles acham que o Julio fez ou deveria ter feito. Levando-os a concluírem que dizer a verdade é uma atitude inteligente e sempre a melhor opção.