Há muitos anos (ano de 1804) nasceu um menino educado, inteligente e muito bom, num país muito longe, chamado França. Seus pais escolheram para ele o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail. É um nome diferente, não é? É um nome francês, de pessoas que falam diferente de nós.
Fonte de Pesquisa: AME/JF – texto com pequenas alterações
Esse menino, Rivail, era muito estudioso. Desde pequenino ele gostava de estudar, de olhar livros, de ler!
Aos dez anos de idade seus pais o mandaram para outro país - a Suíça, para aprimorar os seus estudos, pois lá havia a melhor escola da época. Era a escola da fraternidade, que cuidava para que as crianças e os jovens se tornassem homens responsáveis e úteis à sociedade.
Ele gostava muito de ensinar e por isto foi professor durante muito tempo. Ele era muito esforçado e trabalhador, durante o dia trabalhava e a noite estudava.
Sabem o que ele fazia durante o dia? Ensinava em sua casa, gratuitamente a muitos jovens que não tinham condições de pagar a escola. O professor Rivail, por ter estudado muito, era também médico e falava muitas outras línguas, além da sua, o Francês.
Uns anos depois, se deu um episódio feliz em sua vida. Ele conheceu uma moça de nome Amélie Gabrielle Boudet, com quem se casou. Ela também era professora. Ele e a esposa trabalhavam bastante. Entre outros afazeres, ele escrevia livros de estudo para as escolas. Tornou-se assim, um homem conhecido e respeitado.
Um dia...aconteceu algo muito importante, quando estava com 50 anos de idade, através de um amigo, tomou conhecimento de coisas estranhas que vinham acontecendo na cidade. Dizia o amigo que, em determinada reunião que assistira, os objetos se movimentavam e uma mesa chegara a falar.
É... é isto mesmo, conversando! O professor Rivail, acostumado ao estudo, à pesquisa, achou aquilo muito estranho, mas, depois do amigo insistir muito, decidiu assistir uma das reuniões.
Ali, Rivail viu pela primeira vez o fenômeno das mesas que se movimentavam sozinhas. Objetos diversos como vasos, flores e chapéus se moviam em pleno ar, sem nenhum apoio. O professor ficou a pensar: será que são as pessoas que estão aqui que causam as pancadas? Se não, devia haver uma causa...
E se pôs a pesquisar. Começou a freqüentar, com assiduidade, as reuniões semanais, disposto a descobrir o que havia por detrás daquilo tudo. Logo, descobriu que eram os Espíritos, porque perguntou quem batia e movimentava a mesa e recebeu a resposta:
- Somos os Espíritos.
Sabe como eles conversavam no início? Era através de pancadas na mesa.
Então, os Espíritos informaram que nada mais eram do que as almas dos homens que já haviam deixado o corpo físico.
Vou explicar com detalhes, é assim: quando uma pessoa morre, só o corpo de carne é que acaba, que morre.
Vocês sabem que o Espírito vai para o mundo espiritual, não é? Pois então, quando desencarnamos, o corpo vai ficar na Terra, vai ser enterrado. Mas, nós somos Espíritos e continuamos vivos. Todo mundo é assim.
Então as pessoas que morrem são Espíritos desencarnados, só não têm o corpo de carne.
Pois então... Rival aprendeu a conversar com os Espíritos, com as pessoas que já estavam desencarnadas.
Os Espíritos ensinaram a Rivail muitas coisas e ele codificou, isto é, organizou as informações que recebeu dos Espíritos em livros, para que todas as pessoas pudessem ler.
O professor Rival preferiu assinar os livros espíritas com o nome de Allan Kardec, porque segundo lhe revelara um Espírito, ele tivera este nome em outra existência. Os livros que foram organizados por Allan Kardec, deram origem a Doutrina Espírita e são os seguintes:
• O Livro dos Espíritos
• O Livro dos Médiuns
• O Evangelho segundo o Espiritismo
• O Céu e o Inferno
• A Gênese
• Obras Póstumas (publicada após a desencarnação de Allan Kardec)
Ele escreveu também a Revista Espírita que era publicada mensalmente.
Quando vocês crescerem mais um pouquinho, poderão ler todos estes livros e muitos outros que foram escritos, pesquisados a partir das obras de Allan Kardec. Agora eu vou contar a última coisa linda da vida de Kardec. Quando ele desencarnou, muitos Espíritos, cheios de luz, vieram buscá-lo e, de mãos dadas, levaram Kardec para o mundo espiritual, cantando uma música muito bonita. Tudo ficou cheio de luz, brilhando...