Sim, muitos de nós até imploramos para nascer, porque quando estamos na espiritualidade, temos uma maior consciência de que reencarnar é uma oportunidade importantíssima de evoluir espiritual e moralmente e de contribuir para a felicidade de nossos semelhantes.
Assim, cada encarnação é fruto da necessidade e merecimento individual. Tudo começa no Mundo Espiritual, antes de nossa reencarnação, quando planejamos a constituição de nossa família, aceitamos expiar erros passados e escolhemos nossas provas.
São, então, delineados o corpo físico que melhor se adapta a nossa proposta, nossos vínculos familiares, a data da união do espírito ao corpo material, bem como o gênero e a época do desencarne. Desse modo, a família em que reencarnamos, as condições sociais, econômicas e de saúde são parte do projeto reencarnatório de cada um.
Esses fatores, aliados ao esquecimento do que foi vivenciado em outras encarnações, às virtudes já conquistadas, ao livre-arbítrio e à superação das influências negativas do meio, bem como à utilização das positivas, são oportunidades de auto-superação que Deus dá a cada filho seu, sucessivas vezes, através das encarnações. A forma de agir e reagir perante a doença, a solidão, o desemprego, as desilusões, as dificuldades e as facilidades cotidianas é que vão determinar o futuro desta e das próximas reencarnações.
Cada encarnação terrena pode ser encarada como uma escola, um hospital ou um cárcere. Uma escola de aprendizado das virtudes eternas, como o amor, o perdão, a bondade e a caridade; um hospital para a cura das mazelas da alma; ou uma prisão, se o espírito se apegar ao materialismo, às lamentações e ao imediatismo e não aproveitar a oportunidade de crescer espiritualmente que lhe é dada. Cada um faz a sua escolha.