Um whisky para relaxar após um dia de trabalho; uma cerveja para alegrar o encontro com amigos; uma taça de vinho porque faz bem para a saúde; uma champagne para comemorar; um cigarro para tirar a ansiedade; um calmante para dormir bem; um anabolizante para melhorar o desempenho no esporte… Com essas desculpas a sociedade aceita e, o que é pior, estimula o uso de produtos químicos na satisfação dos prazeres e na supressão das dificuldades cotidianas do indivíduo.
Pesquisas recentes demonstram o assustador uso de álcool entre adolescentes e crianças e, o que é mais estarrecedor, os iniciadores e estimuladores são os próprios pais! Um segmento da sociedade, incluindo-se aí intelectuais e políticos, deseja a legalização da maconha, justificando ser esta tão “inofensiva como o whisky”, como se um erro justificasse o outro.
Os malefícios dessas drogas (algumas legalizadas) já são por todos conhecidos: doenças, desajustes, crimes, assassinatos, suicídios, “acidentes”, desestruturações familiares…Para o espírito e perispírito os efeitos deletérios são ainda mais prolongados: persistem após a morte do corpo físico, sendo necessários longos períodos de desintoxicação do corpo espiritual e de tratamento das dependência para o espírito. Mesmo para aqueles que não se consideram “dependentes”, o uso rotineiro destas drogas também produz prejuízos no campo físico e espiritual.
O indivíduo que ainda necessita se “motivar” para alegrar-se, trabalhar ou relaxar demonstra que, como espírito, ainda está muito imaturo, ligado a imperfeições materiais, que necessitam ser trabalhadas urgentemente.
Sem puritanismo ou falsa moralidade, estar limpo significa não precisar de nenhum subterfúgio para o enfrentamento da vida. Com exceção de quando sob indicação médica, não devemos jamais utilizar drogas, porque essa atitude será somente uma fuga dos problemas, um adiamento das soluções que, mais cedo ou mais tarde, deverão ser buscadas.
O objetivo de todos é a busca da perfeição que, com certeza, não será encontrada na ilusão do álcool, do tabaco ou de outras drogas. Se dependentes químicos, busquemos todo o auxílio possível: espiritual, psicológico, medicinal para superar essa dificuldade; se usuários “sociais”, façamos conscientemente a opção de nos mantermos “limpos”, independente do lugar, da pressão social ou do problema a ser superado, não dificultando ou atrasando nossa jornada a caminho da verdadeira felicidade.