Todos já reencarnamos inúmeras vezes até chegarmos ao estágio atual. E cada nova etapa no plano material é de suma importância, pois é oportunidade valiosa de colocarmos em prática o que aprendemos na dimensão espiritual e em outras vidas.
Todos já nos perguntamos, quais foram nossos erros, que tipo de vida tínhamos nas encarnações pretéritas. Se analisarmos com atenção nossas tendências e aptidões no campo moral e espiritual desta encarnação, teremos uma idéia do que já experienciamos. Procuramos, em cada nova vida, provas análogas às que sucumbimos em outras oportunidades. Nossas expiações e provas são oportunidades de evolução, pois solidificam e apressam o aprendizado. Lembremos, porém, que muitas das nossas dificuldades e aflições têm causa nesta vida atual, não em outras.
As simpatias e animosidades sem motivo aparente que temos em relação a determinada pessoa podem ser fruto de experiências difíceis em outra vida. Sem a lembrança do passado comum é mais fácil conviver e resgatar os erros, aprendendo a amar. Não sabendo quem nos prejudicou, ou quem magoamos, evitamos a revolta, a vergonha por nossas atitudes, o orgulho. Isso sem considerar que temos, muitas vezes, a tendência a achar que sempre fomos as vítimas, nunca os algozes.
Lembrarmos do passado traria perturbações às relações sociais e dificultaria nossa evolução nesta encarnação, pois isso incluiria saber do passado de muitos espíritos atualmente ligados a nós. Como o passado não pode ser mudado, essas recordações trariam mais dificuldades do que benefícios, porque todos somos espíritos ainda imperfeitos.Assim, o esquecimento do passado é uma benção de Deus.
Tão importante é essa lei divina, a fim de nos preservar e nos dar novas oportunidades a cada retorno ao mundo material, que, quando desencarnamos, nossas lembranças de outras vidas não são reestabelecidas de imediato. Elas estão gravadas em nosso perispírito, e a medida que vamos nos desligando do mundo material, vão se tornando mais claras e melhor compreendidas.
A Terapia de Vidas Passadas, bastante difundida atualmente, não deve ser procurada por curiosidade. Ela é uma terapia alternativa para casos específicos, como fobias graves e deve ser realizada por profissionais médicos e psicólogos, exaustivamente preparados para essa tarefa. E não é aconselhável sua utilização nos Centros Espíritas, local de esclarecimento, auxílio e consolo espiritual, a fim de não desviar o Espiritismo do propósito de educar moralmente o homem.