Entendamo-nos

“Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros.”             Pedro. (I PEDRO, 4:8.)

Não existem tarefas maiores ou menores. Todas são importantes em significação.

Um homem será respeitado pelas leis que implanta, outro será admirado pelos feitos que realiza. Mas o legislador e o herói não alcançariam a evidência em que se destacam, sem o trabalho humilde do lavrador que semeia o campo e sem o esforço apagado do varredor que contribui para a higiene da via pública.

Não te isoles, pois, no orgulho com que te presumes superior aos demais.

A comunidade é um conjunto de serviço, gerando a riqueza da experiência. E não podemos esquecer que a harmonia dessa máquina viva depende de nós.

Quando pudermos distribuir o estímulo do nosso entendimento e de nossa colaboração com todos, respeitando a importância do nosso trabalho e a excelência do serviço dos outros, renovar-se-á a face da Terra, no rumo da felicidade perfeita.

Para isso, porém, é necessário nos devotemos à assistência recíproca, com ardente amor fraterno…

Amemos a nossa posição na ordem social, por mais singela ou rudimentar, emprestando ao bem, ao progresso e à educação as nossas melhores forças.

Seremos compreendidos na medida de nossa compreensão.

Vejamos nosso próximo, no esforço que despende, e o próximo identificar-nos-á nas tarefas a que nos dedicamos.

Estendamos nossos braços aos seres que nos cercam e eles nos responderão com o melhor que possuem.

O capital mais precioso da vida é o da boa-vontade.

Ponhamo-lo em movimento e a nossa existência estará enriquecida de bênçãos e alegrias, hoje e sempre, onde estivermos.

(Emmanuel/Chico Xavier
Livro “Fonte Viva” – 1956
Questão 122, páginas 277 e 278.
Federação Espírita Brasileira